Conversa entre Isabelle Arthuis e Helmut Batista
Ducha
Conversa entre Ducha e Helmut Batista
Arte para não ser vista
EXPOSIÇÃO “ARTE PARA NÃO SER VISTA” 15 DEZEMBRO 2020
“Arte para não ser vista” é uma exposição de Ducha e Isabelle Arthuis, que mostram trabalhos
resultantes de suas residências com o CAPACETE.
Isabelle Arthuis apresenta uma nova obra, fruto de uma longa pesquisa no Parque do
Flamengo e de seu desejo de ressaltar o objeto de concreto “Teatro para brincar” como um
trabalho artístico que, no futuro próximo, será revisitado, reformado e reativado.
Ducha apresenta um modelo sustentável de barco a vela, o primeiro passo do que pode vir a
ser um veículo para transporte de longa distância de pessoas e de produtos orgânicos. Este
novo projeto está acompanhado de trabalhos mais antigos e registros das ações, viagens e
colaborações, muitas das quais aconteceram nas últimas duas décadas, com histórias
relatadas por aqueles que estavam presentes nas ações com o Ducha.
O novo filme “Apocalypso” (2020) de Mariana Bley com Ducha, estreia online no dia da
abertura. “Apocalypso” propõe a ideia visionária de inverter o processo colonizatório
promovendo um fair trade daqui para Europa.
A exposição é a primeira instância da revisão histórica do CAPACETE, no marco da parceria
MAM/CAPACETE, que junta artistas que participaram da residência nos últimos vinte e três
anos, numa constelação que inclui ex-residentes brasileiros e estrangeiros.
A exibição é concebida como uma coreografia: a ideia é colocar algo em movimento, em
colaboração com outros – o modo com que o CAPACETE tem trabalhado ao longo dos anos.
O público está convidado para fazer suas próprias leituras dos trabalhos e das conexões que
existam entre os artistas. O título da exposição vem de um comentário recente feito pelo
artista Jarbas Lopes sobre o trabalho do Ducha.
Por motivos de segurança sanitária, a exposição abre de modo virtual. A visita presencial
será anunciada em breve, inclusive com uma conversa entre Thiago Fernandes e Ducha.
Cureografia: Helmut Batista com Tanja Baudoin
HIPERLINKS
• “Apocalypso” (2020), filme de Mariana Bley com Ducha:
• Canal do MAM-Rio no YouTube, com
o Conversa entre Isabelle Arthuis e Helmut Batista
o Conversa entre Ducha e Helmut Batista
o Conversa entre Tanja Baudoin e Helmut Batista
• Isabelle Arthuis, “O Parque do Flamengo e Teatro para brincar”
• “Uma conversa entre cureógrafos: Helmut Batista e Tanja Baudoin”
• Thiago Fernandes, “Clandestinidade e performatividade da imagem no “Cristo Vermelho” de Ducha”
Parceria MAM | CAPACETE
O Museu de Arte Moderna do Rio e o programa de residências e intercâmbio artístico-cultural CAPACETE deram início a uma parceria institucional em março de 2020, quando começou a ser desenvolvido o projeto de transferência de parte das atividades do CAPACETE para o museu. Inicialmente pensado para acontecer no espaço físico do museu, em sua sede no Parque do Flamengo, o projeto teve de sofrer adaptações para poder ser iniciado em espaços virtuais enquanto durar a quarentena decorrente da pandemia do Covid-19. A parceria entre o CAPACETE e o MAM é alavancada pelo patrocínio do Grupo PetraGold ao MAM.
A parceria faz parte de projeto mais amplo do MAM de restituir à educação um papel central na instituição, desde cedo definida como um museu-escola. A meta é reabrir o Bloco Escola, o pavilhão dedicado ao ensino e à prática artística, que foi o primeiro edifício a ser construído na sede definitiva do museu.
O objetivo da parceria MAM | CAPACETE é desenvolver residências artísticas, fomentar pesquisas, intercâmbios internacionais e realizar programação pública de diálogos e outras atividades no espaço do museu. A parceria está prevista para durar dois anos.
“A parceria MAM | CAPACETE traz a oportunidade de abertura do museu para uma nova interação com projetos culturais de grande relevância no cenário nacional e internacional”, diz o diretor-executivo do MAM, Fabio Szwarcwald. “O MAM está apoiando os processos que sustentam a teoria-prática da arte, buscando a reflexão. O MAM se permite ser uma instituição mais orgânica, mais conectada com a sociedade”.
Criado em 1998 pelo artista plástico Helmut Batista, na cidade do Rio de Janeiro, o CAPACETE é o mais antigo e o mais estruturado programa de residência e intercâmbio artístico-cultural no Brasil. Com sede no bairro da Glória, vizinho ao centro do Rio, o CAPACETE faz apresentações públicas em diversos modelos, formação para profissionais (Escola CAPACETE) e para crianças (Pequeno Laboratório), cursos abertos, cozinha experimental, biblioteca, acervo e publicações. Mais de 450 profissionais de diversos países já passaram pelo programa.
“O CAPACETE tem realmente uma tradição e uma confiança internacional muito grande e muitas parcerias internacionais que podem ajudar a alavancar um programa específico dentro do MAM. Eu acho que o Fabio Szwarcwald soube entender isso e quer juntar forças para fazer um programa maior”, diz Helmut Batista. “A gente sempre considerou que a atuação do CAPACETE deveria ser na sua região. O MAM fica no nosso raio de ação. O Bloco Escola foi o carro-chefe da sua época -deu na Escola de Artes Visuais do Parque Lage-, está ali hibernando e agora vai passar por uma transformação”, diz Helmut. “O convite veio muito a calhar no processo que o próprio CAPACETE vinha passando: uma fase de transformação, com a Camilla Rocha Campos na direção, o CAPACETE se tornando cada vez menos a minha pessoa. Este é um processo desejado, provocado e incentivado.”
“Apesar da longevidade, o CAPACETE é um programa pequeno, que atua em um campo muito restrito. A visibilidade que o MAM pode dar para o CAPACETE também é incrível, vamos poder nos inserir mais no contexto brasileiro. Os programas que a gente desenhou para o MAM são basicamente o que a gente sempre fez: residências no formato de seminários”, conta Helmut.
“Temos em torno de 20 a 25 residentes anuais vindos de diferentes países; oferecemos programas de 3, 6 e 12 meses de duração”, conta Camilla Rocha Campos, diretora artística do CAPACETE. “Nosso programa de 1 ano é a espinha dorsal das nossas atividades. Atuamos como um centro de pensamento onde acontecem seminários, falas públicas, workshops, visitas personalizadas, viagens de estudo e projetos experimentais de arte. A parceria MAM | CAPACETE será para nós um exercício de coabitação e respeito entre um organismo histórico brasileiro e um espaço (histórico) independente. O CAPACETE traz o diálogo sobre novas estratégias de como criar parcerias que atuam com estruturas menos burocráticas, comunitárias, e visa apoiar pesquisas e práticas artísticas que dialogam criticamente e para além do sistema mainstream da arte”.
Através de atividades contínuas, o CAPACETE tem como missão constituir situações e desenvolver estratégias que forneçam alternativas concretas e reais ao movediço campo da arte. As atualizações e os programas de residência já realizados foram desenhados para refletir o caráter interdisciplinar das práticas éticas-estéticas contemporâneas e promover esforços que articulam o mundo teórico com apresentações artísticas em diversos formatos e dinâmicas, e para diferentes públicos.
Equipe MAM | CAPACETE
Fabio Szwarcwald, Lucimara Letelier, Helmut Batista, Camilla Rocha Campos, Luis Marcelo Mendes, Fernanda Lopes e Márion Strecker.
Chás de verão >> Nacional Trovoa
Chá de Verão — Críticas Coletivas ///
Os Chás de Verão Trovoa estão de volta, dessa vez no espaço do Capacete e com um formato direcionado para conversas dedicadas a olharmos criticamente para os trabalhos umas das outras, afim de que possamos juntas evoluir em nossas poéticas e linguagens. A proposta é que a troca é a construção de discurso sobre nossas pesquisas seja confortável para todas e construída de maneira coletiva. Dessa forma, convidamos todas as artistas racializadas que se sintam a vontade para trazer um trabalho (original, impresso, ou em formato digital) para conversamos sobre nossa arte sem interferências brancas ou masculinas ✨ enquanto beliscamos e nos refrescamos ???
“A ideia da Nacional Trovoa teve seu início em março de 2019 com quatro artistas, mulheres racializadas, cada uma delas refletindo sobre a presença de seus corpos no mundo. São mulheres negras, não-brancas, todas envolvidas com a construção da arte. Elas vêm de uma movimentação que chama a atenção para a falta de visibilidade, espaço, remuneração, ou seja, para o contexto da mulher racializada artista.
A discussão cresceu e resultou em um coletivo como espaço de trocas possíveis, como diz a carta-manifesto do projeto: “Somos um grupo de artistas e curadoras que se reuniu com a intenção de fazer uma mostra nacional de artes visuais produzidas por mulheres negras e não-brancas. Percebemos a necessidade de falar e mostrar nossa pluralidade de linguagens, discursos, pesquisas e mídias produzidas por nós enquanto mulheres racializadas”.
(Texto por Keyna Eleison, curadora independente e integrante do Nacional Trovoa, publicado em http://amlatina.contemporaryand.com/pt/editorial/projeto-trovoa/)
Fotografias por Loli Brito. @ondadouro
apoio: @sui
Nómadamente / Recorrido
Nómadamente / Recorrido
Graciela De Oliveira + Cinthia Mendonça
Em Julho de 2010 Graciela De Oliveira foi convidada para a residência Desenho organizada por CEIA em Belo Horizonte. Ali entrevistou artistas brasileros para desenhar-lhes sua primeira casa. Uma dessas entrevistas foi um encontro particular. Cinthia Mendonça se apresentou dizendo que nao tinha uma casa de infância para desenhar. Após um silêncio pensativo, comentou na entrevista sobre a existência da “casa mitológica” mencionada inumeraveis vezes por seu pai, porém tampouco era possível desenha-la porque ela nao a conhecia. Sem pensar muito decidiram viajar para Perdoes -uns 200 km ao sul de BH- para cononher e desenhar aquela casa. Localizada em zona rural, a casa mitológica da familia Mendonça, foi a casa onde cresceu Joaquim, pai de Cinthia, o menor de seis irmaos. A fazenda foi vendida em 1979, quando Joaquim estava terminando de formar-se como técnico agrícola. Esse ano se casou com Madalena e juntos emprenderam um êxodo laboral por varias localidades do Brasil, enquanto criaram seus três filhos. A casa e a produçao agrícola estavam abandonadas no momento da visita.
Dez anos depois Cinthia e Graciela se reencontraram na residencia de Silo – Arte e Latitude Rural, na Serrinha do Alambari, e juntas emprenderam uma viagem por várias zonas rurais –desde Perdoes até Macaé- para visitar a atualidade de cada uma das “casas transitorias” –un total de 13- em que Cinthia viveu com seus pais até os 19 anos. Ela nomeou a viagem de Recorrido.
Agradecidas pelo convite para apresentar esse projeto no Capacete, elas se propoem compartilhar sobre essa viagem e as outras etapas por las quais o proyecto Nómadamente transitou: em Cabana (Córdoba, 2010) onde começou com o nome Ejercicios nidales; continuou em Comalapa (altiplano guatemalteco, 2015); em Tolhuim (Ushuaia, 2015); em Buenos Aires (2019) e recentemente com Recorrido (BR, 2020).
Serpent Rain – uma conversa sobre tempo e os elementos
Denise Ferreira da Silva – Os escritos acadêmicos e a prática artística da Dra. Denise Ferreira da Silva abordam as questões éticas do presente global e visam as dimensões metafísicas e onto-epistemológicas do pensamento moderno. É professora e diretora do Instituto de Justiça Social (GRSJ) da Universidade de British Columbia, professora adjunta de Belas Artes da Universidade Monash (Melbourne, Austrália) e professora visitante de direito na Universidade Birkbeck de Londres. É autora de Toward a Global Idea of Race e co-editora de Race, Empire and The Crisis of the Subprime (com Paula Chakravartty). Seu trabalho relacionado à arte inclui textos para publicações vinculadas às Bienais de Liverpool e São Paulo 2016, Veneza 2017 e Documenta 14, além de colaborações como a peça O Retorno do Camponês Desaparecido, com Ros Martin, os filmes Serpent Rain (2016) e 4Waters-Deep Implicancy (2018), com Arjuna Neuman; e eventos (apresentações, palestras e sessões privadas) e textos relacionados à Poethical Readings e ao Sensing Salon, com Valentina Desideri.
Anormal de bolso – Programa CAPACETE #3
O festival ANORMAL de feminismos, sexualidades dissidentes e pós-pornografia baseado no México terá sua versão de bolso apresentada no Capacete. Mini Anormal conta com uma seleção de trabalhos #nãobranco #nãohumano. Organizada pela residente Daniel Sepulveda a mostra nesse contexto tem também como motivação apoiar a residência das artistas Walla Capelobo, Bianca Kalutor, Mylenar, Nelson Silva e Ventura Profana no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica nos meses de outubro e novembro de 2019.
*** @anormalfestival
*** @capacete_capacete
A metáfora do labirinto e a ilusão da história – Programa CAPACETE # 2
A conversa com o intelectual negro, liderança de matriz africana e guerrilheiro Ailton Benedito de Souza, pretende questionar o divorcio entre as lógicas não-hegemônicas e a noção de história, assim como a separação entre a percepção de luta social e a disputa pelo imaginário simbólico. Mediado pela curadora, pesquisadora e performer Ana Beatriz Almeida, a conversa transita pela biografia do próprio Alabode, suas produções e intersecções a partir das lógicas de matriz africana.
**Ailton Benedito de Sousa Alabode do Ile Agboula. Militante negro filiado ao PCB a partir de 1961. Fundador do IPCN- INSTITUTO DE PESQUISA DAS CULTURAS NEGRAS. Jornalista provisionado com registro cassado após as prisões durante o período da ditadura civil militar. Preso nas seguintes ocasiões a partir de 1968: ilha das cobras/ ilha das flores/centro armamento da marinha/dops. Jubilado no 5″ano do Curso de Bacharelado em Direito/ UniB (antecessora da UERJ) em 1968 em função da lei ditatorial. Bacharel em letras: português- inglês (1976) Universidade Souza Marques/
Bacharel Engenharia civil 1989/ Universidade Veiga de Almeida
Peças de teatro disponíveis no Kindle/ Amazon
Livros
1. O drama Brasil contos 1973
2. Poluição alienação e ideologia
3. Na mira de uma esquerda ambidestra-ensaio autobiografico
4. A sociedade no mercado ensaio em torno do pensamento de Karl Polanyi.
**Ana Beatriz Almeida é curadora convidada da Bienal de Glasgow de 2020, mestranda em História e Estética da arte pelo MAC-USP e doutoranda pela King’s College (UK). Colaboradora da plataforma 01.01.Entre o final de 2018 e início de 2019 ministrou workshops em instituições europeias e africanas sobre sua pesquisa em novas ferramentas de crítica de arte contemporânea a partir de ritos de morte africanos e afrodescendentes (ANO INSTITUTE- Accra/Gana, Zinsou- Cotonou/Benin, Tate Modern-Londres/Inglaterra, CCA- Glasgow/Escócia, KM Institute for Contemporary Art- Berlin/Alemanha). Tal pesquisa teve base nos 4 anos de pesquisa de campo imersiva que a performer e pesquisadora realizou pela UNESCO nas tradições corporais negras das comunidades do Baba Egun e da Irmandade da Boa Morte. Enquanto artista ela finaliza este ano a performance de longa duração GUNGA, cujo inicio se deu em 2009, cujos episódios foram Banzo (performance in Afrocariocas- Amsterdan/HL.2009), Banzo-Middle Passage (video instalação , XV Bienal do Recôncavo, BA /BR. 2011) , Kalunga (instalação , CCSP- Centro Cultural São Paulo, SP/BR. 2016), Sobre o Sacrificio Ritual (performance in Itau Cultural, SP/BR. 2018) e Can Serrat Summer Residency ( Can Serrat, Barcelona/ES. 2018).
****nossa cozinha estará funcionando!
****evento em português com tradução sussurada para o inglês
As Ilusões do cuidado
“Você não vai conseguir enganar todas as pessoas o tempo todo. Os delírios do cuidado.”
Lecture Performance de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung
Lembra-se daquele dito: Bem-intencionado não é necessariamente bem feito? Na sua apresentação performática, Bonaventure vai mexer com racionalidades de cuidado e de filantropia no discurso contemporâneo, atravessando assuntos como controle de natalidade, feminismo negro e o “complexo curatorial”, como produção de conhecimento. Impulsionado pelo desejo de se tornar indigesto pela economia contemporânea, Bonaventure esboça as possibilidades de criar zonas temporariamente autônomas de um quilombolismo curatorial onde “o cuidado não é apenas uma figura de linguagem, não apenas uma metáfora ou analogia, mas uma tarefa. ”
Bonaventure é curador, crítico de arte e biotecnologista. Ele nasceu em 1977 em Yaoundé, nos Camarões e vive em Berlim desde 1997. Em 2009 ele fundou o Savvy Contemporary, um espaço de arte contemporânea em Berlim e atou como curador em vários contextos internacionais, da Documenta em Kassel até a Bienal em Veneza, passando pela Bienal em Dakar. Atualmente é diretor artístico do Rencontre de la Photographie – Bamako Biennale 2019, além de diretor artístico da Sonsbeek 2020. Recebeu também a primeira bolsa de estudos da Residência Curatorial da OCAD University International. Bonaventure está no Brasil pesquisando sobre Abdias Nascimento no IPEAFRO.
Depois da sua apresentação, ele e Keyna Eleison irão bater um papo, junto com o público presente. Keyna é curadora e mestre em História da Arte. Ela desenvolve exposições e meios de estruturação de trabalhos de arte e artistas.
O evento vai inaugurar o início do Programa Capacete 2019 // 2020 que, sob a direção artística de Camilla Rocha Campos, tem dentre suas principais motivações desenvolver pedagogias, construções e vivências a partir de um olhar que revisa e suspeita das ideias já estabelecidas de mundo. Capacete é um espaço de arte e pesquisa aberto ao público, que promove o pensamento contemporâneo através de residências de pesquisa, oficinas, workshops, seminários e palestras semanais.
***O evento será em inglês com tradução da lecture performance para o português através de uma projeção. O bate papo acontecerá em inglês com cuidado coletivo para traduções espontâneas em pequenos grupos.
Maneiras de trabalho #3
Imagem: Sofia Caesar, ‘Worker leaves the factory (conditions for the work)’, 2017. Photo: Sol Archer
A próxima conversa de ‘Maneiras de trabalho‘ acontecerá com os convidados Sofia Caesar e o grupo Tempo Livre, na quinta-feira dia 30 de agosto às 19h no Capacete (Rua Benjamin Constant 131, Glória).
Esta terceira sessão irá desviar um pouco do formato habitual, emparelhando a artista Sofia Caesar com o grupo Tempo Livre, para discutir as formas de trabalho de Sofia e do grupo, bem como o interesse comum entre todos nós nas condições de trabalho e outras formas de pensar o trabalho.
Sofia Caesar é artista e busca linguagens geradas entre o corpo em movimento e seus sistemas de controle.
Tempo Livre é uma plataforma de pesquisas e grupo de estudos voltado para a compreensão da relação ambígua entre trabalho e tempo livre no capitalismo contemporâneo – entre precarização e autonomia, entre sujeição e aposta na liberdade. Com Bettina Mattar, Ciro Oiticica, Lori Regattieri, Maikel da Silveira, Pedro Mendes, Rafael Rosa, Ricardo Gomes, Tatiana Oliveira, Tatiana Roque, Vítor Mussa.
‘Maneiras de trabalho’ é uma série de diálogos entre artistas de gerações diferentes, que trata da questão de como artistas moldam suas metodologias artísticas em relação ao seu ambiente e ao momento histórico em que vivem. Em cada sessão dois artistas são convidados para falar sobre suas práticas. Eles conversarão sobre suas relações com tempo, com espaço de trabalho, com ajustes financeiros e com colaboradores e instituições de arte da cidade. Curadoria de Tanja Baudoin.
Maneiras de Trabalho
* foto: Rolé dos Favelados, visita guiada na zona portuária
A próxima conversa de ‘Maneiras de trabalho’ acontecerá com os convidados Cosme Felippsen O Favelado e Thelma Vilas Boas, na quarta-feira dia 4 de julho às 19h no Capacete.
Cosme Felippsen O Favelado é cria da primeira favela, Morro da Providência, e criador do Rolé dos Favelados.
Thelma Vilas Boas é artista e propositora do projeto Lanchonete<>Lanchonete, uma ocupação cultural e comunitária no Bar Delas na Gamboa.
Juntamente com Tanja Baudoin, eles discutirão seu modo de trabalhar em relação à prática de cada um de criar experiências críticas que questionam os desenvolvimentos da cidade e as formas de viver e trabalhar no território da zona portuária do Rio.
‘Maneiras de trabalho’ é uma série de diálogos entre artistas de gerações diferentes, que trata da questão de como artistas moldam suas metodologias artísticas em relação ao seu ambiente e ao momento histórico em que vivem. Em cada sessão dois artistas são convidados para falar sobre suas práticas. Eles conversarão sobre suas relações com tempo, com espaço de trabalho, com ajustes financeiros e com colaboradores e instituições de arte da cidade.
Sistema Lento – parque na praça
Dominó é uma grande e democrática celebração da imagem contemporânea no
Flamengo, Catete, Glória e Centro, bairros históricos e que nos últimos anos vêm se
firmando como uma espécie de corredor cultural e artístico, tal a crescente presença
de fotógrafos, produtoras,companhias de teatro e ateliês na região.
Para dar início ao movimento, no próximo dia 23 de junho , sábado, teremos a
participação: Jacarandá, Instituto Pipa, Vila Aymoré, Capacete, Ateliê Oriente, Oi
Futuro, Museu da República ,MAM e Marina da Glória.
A proposta é ser uma ocupação colaborativa com, preferencialmente, a participação
de pessoas da área, moradores ou aqueles que frequentem o local por motivo de
trabalho ou lazer.
O CAPACETE participará com o projeto “Sistema Lento”
Este trabalho surge da vivência a artista russa Asia Komarova no ano de 2015 na
residência Capacete se estende na temporalidade, ganhando desta forma um carácter
híbrido e flexível, resultando no nome de ‘Sistema Lento’. O Capacete encontra-se na
rua Benjamin Constant no 131, no bairro da Glória, Rio de Janeiro. Uma rua sem saída
que tem uma vida ativa, onde seus moradores interagem nesse ambiente vivo de uma
pequena cidade do interior.
Os moradores da Benjamin Constant, conversam nas calçadas, escutam juntos
chorinho todas as quartas-feiras e produzem manifestações espontâneas que são
comuns por todos os lados. Apesar de tanto encontro a rua não possui uma área
exclusiva de coexistência para as crianças locais, um espaço de convivência segura,
motora, lúdica e feliz.
Em 2015, nasceu no Capacete o "Pequeno Laboratório", uma proposta para crianças
de 5 a 10 anos criada por Adeline Lépine (programadora cultural francesa) e Caroline
Valansi (artista brasileira), ex-residentes do Capacete. O "Pequeno Laboratório"
nasceu da constatação de que poucas atividades manuais e artísticas são oferecidas
no Rio de Janeiro para crianças, fora dos horários das escolas, e que, quando existem,
são muito caras. O "Pequeno Laboratório", portanto é o desejo de que crianças
tenham acesso a trabalhos criativos e educação artística, proposta por profissionais da
arte por um custo razoável, abrindo práticas à outras formas de aprendizado, outros
espaços sociais e criativos no dia-a-dia.
Em parceria Asia, Adeline, Caroline e Camilla Rocha Campos (artista brasileira e
também ex-residente do Capacete), percebendo essa carência tanto na rua como na
região começaram a apresentar para as crianças, pequenas reflexões e percepções
sobre a cidade e a rua em que vivemos. A documentação fotográfica adjacente tem
como objetivo apresentar as primeiras experimentações que tivemos com o grupo do
‘Pequeno Laboratório’ relacionados com a cidade e a dinâmica entre crianças e espaço
público, e como eles nos levaram a projetar ‘Sistema Lento’, a partir do que foi feito
pelas crianças na rua.
As crianças foram convidadas a começar com um exercício performativo ocupando um
espaço público na área entre a rua Benjamim Constant e rua do Fialho. As artistas
perguntaram a elas: O que é uma cidade? Como defini-la? Como é a arquitetura?
Como são as ruas? O que é legal em viver na cidade? O que eles gostariam de mudar
na cidade? O que seria uma cidade ideal? Como seriam seus caminhos? Seus edifícios?
A partir desses traçados e experiências, as artistas decidiram utilizar o espaço da rua
para a última oficina, em uma área específica, onde os moradores já conseguiram
mudar um estacionamento de carro para um átrio de cimento e poucas árvores. Após
a experiência desse encontro e de 3 anos de colaboração com inúmeras pessoas e
instituições será inaugurado dia 23 de junho, no contexto do evento DOMINÓ no
bairro da Glória, o parquinho público imaginado pelas crianças. O 'Sistema Lento'
celebra as doações coletivas que materializaram o parque e que formaram o
amálgama de possibilidades onde só o corpo da criança pode passar e entender.
31. Cinema KUIR
Quarta-feira , dia 11 de Abril, o Cinema KUIR faz mais uma sessão no Capacete.
Dessa vez junto de Pêdra Costa, atualmente artista residente do Capacete. O foco de sua pesquisa é o Conhecimento Invisível que tem desenvolvido experimentalmente, baseando-se em estratégias anti-coloniais, pedagogias do auto-cuidado e epistemologias não-cartesianas.
Exibiremos os seguintes curta-metragens, seguidos de uma conversa coletiva:
CUCETA – A Cultura Queer de Solange Tô Aberta (13’01”, 2010, Salvador)
Direção: Cláudio Manoel
Bad or Red (5’25”, 2016, Berlim)
Direção: Pêdra Costa
El desertor (7’28”, 2014, La Paz)
Direção: María Galindo (Mujeres Creando), do vídeo “13 horas de Rebellión”
STA! (6’6”, 2017, Viena)
Direção: Pêdra Costa
A revolução é o meu pau mole (1’53”, 2012, Rio de Janeiro)
Direção: Pêdra Costa
Sem título (3’56”, 2010, Natal)
Registro de performance de Pêdra Costa
Verarschung (3’51”, 2013, Berlim)
Vídeo arte de Pêdra Costa
LICK ME (9’9”, 2014, Berlim)
Registro de performance de Pêdra Costa
Pêdra Costa é performer e antropóloga visual. Atualmente estuda na Academia de Belas Artes de Viena e trabalha com artistas queer internacionalmente. Seu trabalho passa pela estética do pós-pornô e por uma investigação anti-colonial.
O que significa fazer uma escola (de arte)?
A grande coisa sobre as escolas de arte é que todos os estereótipos que elas carregam
são verdadeiros. O vagabundo preguiçoso, a hipersensibilidade, o psicobabble
obscuro: tudo isso é verdade. E essa é a melhor parte. Os últimos traços do estilo de
vida do artista foram pervertidos por nossa sociedade capitalista tardia, que
naturalizou seu vocabulário de desempenho e realização pessoal, esvaziando seu
significado. A escola de arte ainda pode ser um lugar para resistir aos valores
dominantes, e tudo isso é indiscutível? É sobre isso que gostaríamos conversar
publicamente em colaboração com Residência Artística Internacional CAPACETE e
com a Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
François Piron é crítico de arte e curador. Ele administra o programa de pós-
graduação na escola de arte de Lyon (França), residência de artistas dentro de uma
academia de arte. Ele irá compartilhar experiências com os cinco artistas residentes
deste ano: Sophie T. Lvoff (EUA), Irene Melix (Alemanha), Lou Masduraud e
Geórgia René-Worms (França) e Maha Yammine (Líbano).
Telepresença vídeo – Dibu – OjO
Streaming Performance: VIDEO-DIBU-OJO
VALENTINA DURAN, FABIAN FLORES, JO VARELA, RODRIGO GARCIA, FABIOLA CERDA, VJ PIXEL, DANIEL OYARZUN, BRAULIO GATICA, CLAUDIO RIVERA-SEGUEL, ANIBAL ZAPATA
CAPACETE / RIO DE JANEIRO
O Capacete tem o prazer de convidá-lo para a performance de telepresença que será realizada
pelo coletivo de criativos chilenos na quarta-feira 16, de agosto, às 19:00 hrs.
Endereço: Rua Benjamin Constant, 131 – Gloria
BRASIL / CHILE 16 – 08 – 17
CAPACETE / ArTeK
(ESPAÑOL)
Streaming Performance: VIDEO-DIBU-OJO
VALENTINA DURAN, FABIAN FLORES, JO VARELA, RODRIGO GARCIA, FABIOLA CERDA, VJ PIXEL, DANIEL OYARZUN, BRAULIO GATICA, CLAUDIO RIVERA-SEGUEL, ANIBAL ZAPATA
CAPACETE / RIO DE JANEIRO
Capacete, tiene el agrado de invitar a usted al performance de telepresencia que se realizará
por parte del colectivo de creativos chilenos el día Miércoles 16 de Agosto a las 19:00 hrs.
Dirección: Rua Benjamin Constant, 131 – Gloria
BRASIL / CHILE 16 – 08 – 17
CAPACETE / ArTeK
PROGRAMA CONTINUADO
o CAPACETE Rio lança seu PROGRAMA CONTINUADO para 2017.
um programa para a pausa, para os sentidos aliados a produções em arte/e/tangentes que miram na raíz da imaginação além da cena.
o programa contempla como método encontros continuados que pe(n)sam situações e bibliografias invisibilizadas pelo processo colonial.
em um contexto artístico no qual o Sul é apontado como estado de espírito se faz necessário problematizar também o corpo que o carrega oferecendo possibilidades para a invenção dessa força de vida.
PROGRAMA CONTINUADO é proposto e desenvolvido por/com Asia Komarova, Jorge Menna Barreto, Joe Bugila, Daniela Seixas, João Vicente, Camilla Rocha Campos, Cíntia Guedes, Marie Hømer Westh, Gil & Moti, Marssares, Max Hinderer, Safira Moreira e Inaê Moreira, Jorge Soledar, Elisa de Magalhães, Feira Fio Dental, Tuanny Medeiros, Marta Lopes, André Emídio, Luix Gomes, Daniel Santos, dentre outrxs.
Caetano Carvalho e Jonas Lund
Quarta-feira dia 14 de dezembro
O que nos cerca
por Caetano Carvalho e Jonas Lund
Jonas Lund é um artista sueco que cria pinturas, escultura, fotografia, sites e performances que incorporam dados de seus estudos de tendências e comportamento do mundo da arte. Ele ganhou um mestrado em Piet Zwart Institute, Rotterdam (2013) e um BFA na Gerrit Rietveld Academy, Amsterdam (2009). Fez exposições individuais na Whitechapel Art Gallery, Londres (2016), Steve Turner, Los Angeles (2016, 2015, 2014); Växjö Konsthall Suécia (2016), Boetzelaer | Nispen, Amsterdão (2014); Showroom MAMA, Rotterdam (2013); E teve o trabalho incluído em exposições numerosas do grupo including em Eyebeam, New York; New Museum, Nova Iorque, XPO Gallery, Paris; Van Abbemuseum, Eindhoven, Witte De With, Roterdão, De Hallen, Haarlem eo Moving Museum, em Istambul. Seu trabalho foi escrito sobre em Artforum, Kunstforum, Metrópole M, Artslant, Rhizome, Huffington Post, Furtherfield e Wired.
CV
Solo Shows (selection)
2016 Your Logo Here, Steve Turner, LA, US
2016 Versus, Växjö Konsthall, Växjö, SE
2016 Fair Warning, Whitechapel Art Gallery, London
2016 MiArt with Steve Turner LA, Milano, IT
2015 Legacy of the Void, Boetzelaer|Nispen, Amsterdam, NL
2015 Contemporary Gallery, New Shelter Plan, Copenhagen, DK
2015 Strings Attached, Steve Turner, LA, US
2014 Studio Practice, Boetzelaer|Nispen, Amsterdam, NL
2014 Flip City, Steve Turner Contemporary, Los Angeles, US
2013 The Fear Of Missing Out, Showroom Mama, Rotterdam, NL
2013 Curate This, Galerie van Gelder, Amsterdam, NL
2012 Public Access Me, First Look, New Museum, New York
2012 1,164,041 Or How I Failed In Getting The Guinness World Book Of
Record Of Most Comments On A Facebook Post, W139, Amsterdam, NL
O Jardim Secreto por Oliver Bulas
Final de semana do dia 10 e 11 de dezembro de 2016
O artista Oliver Bulas os convida à todos para participarem de um workshop, que será realizado durante um final de semana, num maravilhoso sítio em Lídice. Lá vocês terão a oportunidade de explorar as características biológicas e geológicas ambientais de Mata Atlântica.
Inscrições: http://www.wcw-gallery.com/jardimsecreto.html
Open Call Club
Open Call Club
Galeria Cavalo, Rio de Janeiro
December 1st, 2016 – January 21st, 2017
Artistas participantes:
Cleiton Almeida (1998 BR), Amanda Andersen (1981 BR), Fabiano Araruna
(1987 BR), Tatiane Araujo (1984 BR), Felipe Barsuglia (1989 BR),
Ingrid Bittar (1989 BR), Louise Botkay (2016), Paolo Brambilla (1990
IT), Julie Brasil (1965 BR), Arthur José Carneiro (1938, BR), Marina
Caverzan (1981 BR), Beatriz Cazal (1967 BR), Carolina Costa (1989 BR),
Antonio Da Silva (1948 BR), Polliana Dalla Barba (1988 BR), Kadija de
Paula (1980 BR), Vita Evangelista (1985 BR), Tito Faria (1991 BR),
Felipe Fernandes (1983 BR), Claudia Figueredo (2016 BR), Mario
Grisolli (1963 BR), Mariana Kaufman (1982 BR), Viviane Laprovita &
Vladimir Ventura (BR), Letícia Lopes (1988 BR), Mirela Luz (1974 BR),
Luisa Marques (1985 BR), Darks Miranda (1909 BR), Eden Mitsenmacher
(1987 FR), Ana Marta Moura (1978 BR), Bruno Neves (1991 BR), André
Niemeyer (1969 BR), Gabriela Noujaim (1983 BR), Angela Od (1973 BR),
Martin Ogolter (1969 AT), Mahyrah Paes (1990 BR), Cláudia Porto (1975
BR), Eduarda Ribeiro (1981 BR), Pilar Rocha Rodrigues (2016 BR), Euro
S.R. (1947 BR), Gustavo Romeiro (1985 BR), Allan Sieber (1972 BR),
Juliana Tobar Leitão (1979 BR), Chico Togni (1981 BR), Natali
Tubenchlak (1975 BR), Rafael Uzai (1985 BR), Pedro Vasconcellos (1980
BR), Juliana Wähner (1979 BR)
Cavalo e Jonas Lund estão felizes em apresentar Open Call Club, uma exposição coletiva que faz parte da exposição ‘The Unique Institutional Critique Pop-Up Boutique’. Open Call Club é composto por 44 artistas que têm conexão com o Rio de Janeiro e que responderam a uma chamada aberta para participar da exposição Open Call Club.
The Unique Institutional Critique Pop-Up Boutique é uma exposição que assume a posição de criar uma loja no interior da galeria, abordando campos como a autenticidade, originalidade, a força e influência de um mercado de arte para a produção artística. Cada trabalho no show também será oferecido para venda através de uma loja online relacionada à exposição. Dentro desse contexto, a exposição Open Call Club irá criar um show dentro do show, uma exposição para questionar os méritos de sua exposição matriz, uma exposição que vai estender suas posições no seu limite lógico. O que é originalidade? O que é uma edição única? Qual é o valor de escassez? Como artistas podem subverter um mundo da arte e mercado onipresentes? Devem os artistas abraçar, desmistificar ou criticar o mundo da arte e rede de mercado em que operam? Até onde pode um artista distanciar-se das instituições do sistema para criar e controlar o valor que estamos todos relativamente inscritos?
Todos os artistas do show foram selecionados através de uma chamada aberta, que usou um algoritmo para determinar quais artistas seriam incluídos no show. O algoritmo inverteu o viés típico de todas as galerias do Rio de Janeiro – em que, como exemplo, artistas masculinos estão fortemente super-representados, o algoritmo Open Call Club favoreceu os artistas de sexo feminino ou não definido. Todos os detalhes pessoais, bem como a proposta foram levados em consideração, para fazer a última lista de artistas que agora faz parte do show.
O resultado é uma exposição de grupo muito atípica que se estende por toda a parte em muitas práticas artísticas diferentes, desde pinturas, desenhos, fotografia, vídeo, instalações, esculturas e performances. Open Call Club mostra obras de artistas que merecem uma plataforma para expressar suas idéias e desejos.
PLETORA por Hôtel Beau Rivage & Paula Dykstra
Quarta-feira, dia 30 novembro
As 20h
PLETORA
Wi-Fi, Filmes & mais
Na rua Benjamin Constant, em frente do 131
“Pode ser um corpo com uma história, um corpo como história, uma história que está viajando e que chega em lugares diferentes. Um corpo usado, um corpo abusado, um corpo cego, um corpo destruído. Um corpo que resiste, que tá ali ainda…”
Lia Rodrigues
PLETORA nasce do desejo de apresentar imagens em movimento fora dos espaços normalmente dedicados à sua apresentação e de trabalhar apenas com filmes disponíveis na internet.
Um esboço proposto por Hôtel Beau Rivage & Paula Dykstra
Com as mãos criadoras da Julia Retz e Soledad Leon
Arquivos de Resistência
Quarta 16 Novembro, das 19h as 22h
Quinta 17 Novembro, das 17h as 21h
Sexta 18 Novembro, das 17h as 21h
Arquivos de Resistência é um programa de três dias que junta artistas, ativistas, e o público para discutir estratégias narrativas de movimentos sociais e conscientização política.
O programa é acompanhado por três artistas convidados que trabalham com arquivos fotográficos e materiais históricos de resistência anticolonial e não-normativa para criar ferramentas para as lutas atuais.
O foco central do programa é abrir diálogos sobre diferentes narrativas de luta e estabelecer pontos de conexão e aliança entre diversar comunidades.
O programa será moderado por soJin Chun e Ian Erickson-Kery
PROGRAMAÇÃO
Quarta-feira (19h-21h):
Para ver: exibição de filmes de Joyce Wieland (apresentados por Lauren Howes, diretora executiva do CFMDC, Canadá), Cecilia Estalles (Argentina), Marton Robinson (Costa Rica), e o coletivo Araya-Carrión (Chile), seguida de conversa entre Howes e os artistas convidados. Os filmes de Wieland são feitos a partir de arquivos dos anos 30 aos anos 70. Wieland se intitulava “ativista cultural” e ficou renomada por obras que tratavam da identidade nacional canadense desde uma perspectiva feminista em um ambiente artístico dominado por homens.
Para comer: Kadija de Paula & Chico Togni vão arquivar um alimento dentro do outro em um processo de engastração vegana, inspirado no clássico turducken canadense.
Para beber: as revolucionárias cervejas artesanais da Tito Bier diretamente de São Paulo!
Quinta-feira (17h-21h):
Apresentação do trabalho do coletivo chileno Araya-Carrión, seguida por uma atividade proposta pelos próprios artistas, em um método de leitura e ativação do espaço urbano e histórico.
Sexta-feira (17h-21h):
Apresentação do trabalho de Marton Robinson, seguida por uma conversa aberta e uma atividade coletiva proposta pelo artista.
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Araya-Carrión são os artistas chilenos, Jaime Araya Miranda e Manuel Carrión Lira. No contexto deste programa, apresentarão seu projeto em Neptume, uma comunidade no sul do Chile onde colecionaram arquivos materiais e fotográficas em colaboração com os moradores. Seu arquivo inclui amostras de uma montanha de serragem de 80 anos, coletada em uma serraria na cidade, que serve como testemunho material dos processos de transformação levados a comunidade através das várias formas de colonização.
Cecilia Estalles é artista e fotógrafa. Seu trabalho foca predominantemente em práticas coletivas e ativistas, particularmente na documentação de movimentos queer e feminista. Ela é criadora do Arquivo de Memória de Mulheres Trans, para o qual ela coleta e digitaliza fotografias de mulheres trans em Buenos Aires da década de 70 até os anos 2000, muitas delas assassinadas pela polícia. Apesar da aprovação da lei de identidade de gênero na Argentina em 2012, mulheres trans continuam enfrentando várias formas de discriminação.
CFMDC é, desde 1967, um líder na distribuição de filmes independentes de artistas para telas em toda parte. O distribuidor conta com 3850 títulos no catálogo, incluindo entre os mais respeitados e originais obras de arte fílmicas. Distribui todo gênero de filme independente, feito por mais de 1000 membros. CFMDC é recurso crítico para curadores, programadores, instituições de ensino, festivais, museus, e emissores pelo mundo inteiro.
Martón Robinson é descendente segunda-geração de imigrantes jamaicanos na Costa Rica. Cresceu em San José, onde a história da luta é evidente hoje na herança e identidade afro-latina. Sua obra narra essa historia e enfrenta o carácter problemático das representações dos afrodescendentes na cultura popular através de vídeo, instalação, e gravura.
Respira Conspira
RESPIRA CONSPIRA
␣␣␣␣␣␣ tudo que ␣␣␣␣␣␣␣ ␣␣␣␣␣␣␣␣ - Paulo Leminski
Conspirar: do latim conspirare: agir em harmonia, conspirar, equivalente a con + expirar;; respirar: respirar junto Conspirar frequentemente tem uma conotação negativa;; um jogo estratégico sombrio, uma aliança para um golpe ␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣ sentidos, para ser mais atento aos sinais e pensamentos do outro;; vozes baixas que respiram o mesmo ar. RESPIRA CONSPIRA é uma ␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣ iniciada por Camilla Rocha Campos e Thora Dolven Balke que visa ␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣ que orientam corpos quanto seus contextos sociais, com o intuito de buscar outros movimentos possíveis a partir de uma situação dada. Essa pesquisa aberta será apresentada ao longo de 7 dias, entre os dias 7 e 14 de
novembro de 2016 no CAPACETE. Todos os eventos são gratuito e terão tradução sussurrada entre português e inglês.
Segunda & Terça das 17:00 às 20:00 Workshop com Humberto Velez (PA/UK) Participativo – um workshop sobre projetos de arte públicos e participativos desenvolvido para Respira Conspira no Capacete. O workshop visa examinar as possibilidades de colaborações e coletividades, porquê e como artistas trabalham com grupos e comunidades;; quais seus interesses comuns, suas necessidades e como são …
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Quarta 9/11 das 19:30 às 22:30 h Falatório com residentes Capacete 2016 Começando com a conspiração que se instaura na residência Capacete, essa conversa com os residentes do Programa de 2016 irá considerar questões, movimentos, outras conspirações e experiências que se manifestaram ao longo de 8 meses de convivência, fora e dentro da residência.
Niqui Tapume O artista Marssares (BR) irá construir uma nova estrutura física para Capacete,
Cozinhando Respira Conspira A auto-revolucionária e chef residente do Capacete Kadija de Paula (BR) irá nutrir xs participantes do Respira Conspira junto a outrxs chefs convidadxs ao longo dos encontros.
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Quinta 10/11 das 15:00 ás 17:00 h Falatório com Ella (BR) e convidadx surpresa (?) Ella é um coletivo de mulheres artistas-pesquisadoras. Ella é uma experiência de criação de um Medium para ativações de pensamentos e ações de trabalho de arte. O coletivo se formou a partir do encontro entre mulheres artistas, estudantes e pesquisadoras da Escola de Belas Artes da UFRJ no desejo de desconstruir as hierarquias tradicionais do ensino de arte na universidade e explorar territórios de arte na cidade.
das 17:30 às 20:00 h Conversa restaurativa com Dominic Barter (BR/UK) Dominic Barter trabalha com inovações sociais baseadas no diálogo, empatia e parceria. Em meados dos anos 90 ele desenvolveu os Círculos Restaurativos, uma prática baseada no empoderamento comunitário para dinâmicas…
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Sexta 11/11 das 17:00 às 19:00 Leitura grupal com Ian Ericksson-Kery (US) Ian é escritor, pesquisador e tradutor com foco na interseção entre arte e ativismo político. Ele organiza grupos de leitura com certa frequência no Rio de Janeiro, envolvendo traduções e enunciações coletivas. Um dos postulados desses encontros é estabelecer tempo para articular desejos coletivamente tendo em vista o individualismo recorrente que privatiza o presente e o futuro. Para Respira Conspira ele ira propor um texto para ser lido e discutido juntx.
das 19:15 ás 22:30 Som conversa com Marssares (BR), Lilian Zaremba (BR), Caetano (BR), Gaby Hartel (DE), Thora Dolven Balke (NO), Leandro Nerefuh (BR) e Daniel Sant’Anna (BR) Nessa conversa os participantes trabalham com sons e música de variadas formas;; como artistas, curadores, professores, pesquisadores, produtores e escritores, por exemplo. Eles irão trazer sons, barulhos, gravações e…
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Sábado 12/11 das 17:00 às 19:00
␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣ participantes irao coletivamente apresentar e falar sobre suas impressões ao longo do workshop.
das 19:00 às 22:30 Respira o corpo conspira com Trine Falch (NO), Michelle Mattiuzzi (BR), Camilla Rocha Campos (BR) e Tali Serruya (AR/FR) Momento em que o corpo é o condutor de ações entre pessoas presentes como uma reação a noção de conspiração - criação de outros movimentos baseados em situações e histórias recorrentes trazendo variadas perspectivas de entendimento e expressão. Trine Falch␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣ Respira Conspira junto às pessoas presentes. Michelle Mattiuzzi é uma artista que usa seu próprio corpo para tornar visível narrativas histórica e atuais. Através de contribuição de pessoas Camilla Rocha Campos irá fazer bolhas e construir um contexto carregado de humor e crítica. Tali Serruya irá apresentar um exercício entorno da reação físico e emocional através do contágio que tendem a se espalhar entre grupos e pessoas.
Caminhada de mulheres com Julia Retz (BR) e Aurelia Defrance (FR) As caminhadas de mulheres são convites para criar um momento … para se reunir, para guiar e ser guiado em uma deriva coletiva ␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣ … para entender o tecido urbano de que fazemos parte ␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣␣ … para encontrar a potência dentro da coletividade
Performando Oposições
Dia 26 de Outubro as 19h
Um pessoal do Les Laboratoires d’Aubevilliers de Paris, da Casa do Povo de São Paulo, e do Capacete, dão início ao projeto Performando Oposições, que começa dia 26 mesmo e continua até dia 29, com uma programação extensa e conjunto com vários colaboradores. Veja o programa anexo:
Performance de Andrea Fraser – terça-feira 18 outubro
Dia 18 de Outubro – terça-feira, as 19hs
no auditório da EAV Parque Lage
O Capacete, em colaboração com a Escola de Artes Visuais do Parque Lage apresenta um performance-palestra da artista norte-americana Andrea Fraser, na próxima terça feira 18 de outubro, no auditório da EAV Parque Lage, às 19 horas.
Em inglês, sem tradução
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Andrea Fraser, nascida em Billings, Montana, em 1965, é professora titular de novos gêneros na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).
Seu trabalho utiliza vídeo e performance, com uma perspectiva engajada na crítica institucional. Fazendo uma análise crítica das instituições que se envolvem na venda, exibição, e comércio de sua própria produção, os projetos de Andrea Fraser desvendam as políticas, economias e narrativas que legitimam o trabalho de arte, incluindo as hierarquias e os mecanismos de exclusão do circuito. Apesar da seriedade dos assuntos tratados, o resultado se apresenta frequentemente de forma humorística, satírica, e até mesmo ridícula.
Intensa ativista, Fraser foi uma das fundadoras do grupo feminista de performance The V-Girls (1986-1996), participou da iniciativa Parasite (1997-1998) e da galeria cooperativa Orchard (2005-2008).
Suas instalações têm sido mostradas em bienais e museus do mundo inteiro, tais como a Bienal de São Paulo, a Bienal de Veneza, a Tate Modern, o Whitney Museum, o New Museum, o MoMA, a Dia Art Foundation, a Kunsthalle de Bern e o Centre Pompidou, para citar os mais proeminentes. No início de este ano o Museu d’Art Contemporani de Barcelona organizou a maior retrospectiva de seu trabalho até hoje (em cartaz atualmente no MUAC da Cidade do México).
Apoiada em conceitos extraídos da Psicanálise, Fraser é autora de importantes ensaios publicados na Artforum, Art in America, October, Texte zur Kunst, Critical Quarterly e Documents, entre outras revistas.
Artist’s Film – premiere
Wednesday, 5 October,
19h to 22h
Ficha técnica
Sinopse
FILME DE ARTISTA é um documentário que aborda a obra de alguns dos mais significativos artistas brasileiros da atualidade (Nelson Felix, Laura Lima, Ricardo Basbaum, Virginia de Medeiros e o Grupo EmpreZa), tendo como perspectiva principal uma reflexão sobre o estatuto que o objeto assume na arte contemporânea. Filmado entre novembro de 2013 e abril de 2015, o documentário dá um panorama bastante instigante da produção brasileira no campo das artes visuais.
Um filme de Roberto Corrêa dos Santos, Renato Rezende e Cláudio Oliveira
Direção: Cláudio Oliveira e Renato Rezende
Roteiro: Cláudio Oliveira e Renato Rezende
Elenco: Nelson Felix, Laura Lima, Ricardo Basbaum, Virginia de Medeiros e Grupo EmpreZa
Direção de Produção: Stefania Fernandes
Produção Executiva: Stefania Fernandes e Juliana de Moraes
Direção de Fotografia: Bernard Lessa
Som direto: Caio César Loures, Caíque Mello e Paulo Anomal
Edição: Bernard Lessa
Correção de cor e finalização de imagem: Denis Augusto
Trilha sonora: Armando Lôbo
Edição de som e mixagem: Thiago Piccinini
Ano de produção: 2016
Gênero: Documentário
Cor: Colorido
Duração: 120 minutos
Formato de captação: Digital
Formato de exibição: Digital
Janela: 16:9
País de origem: Brasil
Confraria do Mungunzá – Materializações na canjica de Cosme e Damião
Quarta, 28 de Setembro,
19:00h – 22:00h
Aparições captadas pelo olfato, paladar e radiofrequências
Um comida cósmica uma comida constelação uma comida transe uma comida projeção uma comida pra Cosme e Damião uma comida pra agradecer e pra oferecer e pra entregar a tese Cine Fantasma.
Bruxas
Kadija – panelas
Thelma – fogo
Bel – tambores
Trabalho de entrega da tese Cine Fantasma:
Fantasmagorias, circuitos eletrônicos e digitais, sistemas híbridos
de Paola Barreto Leblanc
(PPGAV-UFRJ)
Tecnomagia e Tecnoxamanismo – lançamento de livros
Quarta, dia 21 de Setembro 2016, das 19h as 22h
Oriundos de uma tradição de antropofagia, digitofagia, midia tática, cultura digital, esses livros mostram um panorama de ações e pensamentos que questionam a fronteira entre ciência e magia, entre o místico e a tecnologia, e traduzem a efervescência de encontros e festivais como o submidialogia, tecnoxamanismo e tecnomagia.
Se de fato houve uma contracultura proliferante no país, nas primeiras décadas deste milênio, ela estará fermentando nessas páginas.
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E nos caldeirões: Gastroxamanismo e Tecnobar com Kadija de Paula & Wallace Masuko
* TECNOMAGIA – Organizaçao Adriano Belisario – NUVEM – Hacklab Rural Ed. Imotirô
* TECNOXAMANISMO – Organizaçao Fabiane M. Borges – REDE TECNOXAMANISMO – Ed. Invisiveis Produçoes.
site: http://tecnoxamanismo.wordpress.com
livro tecnoxamanismo para download: –https://issuu.com/invisiveisproducoes/docs/tcnxmnsm_ebook_resolution_1/1
livro tecnomagia para download: https://archive.org/details/tecnomagia
FRU-TAL VEGE-TAL MUSI-CAL
Dia 14 de Setembro as 19:30
Essa quarta,
traga suas leguminosas, frutas, vegetais, soros e bebidas para cozinhar,
bater, comer, beber, deglutir, sugar, chupar, mastigar.
<< O fogão no centro da arena e todos em volta >>
traga seus instrumentos e análogos que não requerem energia elétrica, de
sopro, vento, percussão, canto e resonância para a bateção.
Das 19h as 22h comida e som feito por todos e qualquer um.
Entrada livre com uma contribuição de vegetais, frutas, grãos, bebida, tudo para o caldeirão
A cargo dos residentes Capacete 2016
Silvia Federici e George Caffentzis in Capacete
Quarta-feira dia 31 de Agosto s 19:30
Silvia Federici e George Caffentzis:
It is an honour and a great pleasure to welcome Silvia Federici and George Caffentzis to Capacete, as part of their first visit to Brazil. Silvia Federici and George Caffentzis are two of the most important political thinkers today. Their activism and political thinking has its roots within the Marxist, feminist and autonomous movement and since the 1960’s, they have been part of hugely influential groups such as Wages For Housework and Midnight Notes. Together they have been deeply engaged with struggles related to feminism, domestic labour, the commons, debt and the anti-nuclear movement.
It is no secret that we are going through a critical time in the history of Brazil; the genocide on the indigenous is continuing, the violence against women and their reproductive rights are worsening and the environment is suffering; all part of the capitalist crisis we are living through. This calls for reflection and action. We have invited Silvia and George to share their experiences and ideas for a way to approach these struggles. We hope to create a meeting that will inspire and hopefully create new thoughts and links between groups and individuals.
Bios:
Silvia Federici is a professor emeritus at Hofstra University (NY) and has worked as a teacher in Nigeria. Federici is co-founder of the International Feminist Collective (1972) and the Committee for Academic Freedom in Africa (1990). She is the author ofRevolution at Point Zero (2012) and Caliban and the Witch: Women, the Body, and Primitive Accumulation (2004).
George Caffentzis is a founding member of the Midnight Notes Collective. Caffentzis has written several books, among them are A Thousand Flowers: Social Struggles Against Structural Adjustment in African Universities (2010), Auroras of the Zapatistas: Local and Global Struggles in the Fourth World War (2012) and In Letters of Blood and Fire: Work, Machines, and Value (2013).
Note: the talk will be held in English.
Link to a lecture by Silvia Federici: Women, Reproduction and the Construction of Common
https://www.youtube.com/watch?v=zBBbVpbmRP0
Link to a collection of texts by George Caffentzis:
https://libcom.org/tags/george-caffentzis
With support from: Revista DR, the Department of Philosophy / PUC-RJ and Goethe-Institut São Paulo
Ferias: 21/07 ao 24/08
Estamos fechados durante o periodo de
Ferias: 21/07 ao 24/08
Conversa sobre hospitalidade com The Search Party and Transburger
Quarta-feira, dia 20 de julho às 19h30 – the search Party + Transburger + Bar de amanhã
Para este último evento do semestre apresentamos o filme “the search Party”, da artista dinamarquesa Anna Bak, produzido durante sua residência no Capacete este ano. O filme é composto por fragmentos visuais de diferentes lugares que Bak visitou nos últimos 5 meses. O voice over é de conversas entre os participantes do Capacete, feitas a partir de entrevistas individuais sobre viagens, migrações, observações, experiências e trabalhos em diferentes lugares, e sobre estar em uma residência artística.
A partir deste filme se propõem uma conversa para pensar o tema da hospitalidade, desde o ponto de vista ético-individual da pessoa ao invés do tradicional foco político-institucional do espaço.
Este framework proposto por Marcia Ferran, em “Entre fronteiras impingidas e cidades afet(u)adas: hospitalidade” publicado em 2008, em “Livro para ler: 10 anos de Capacete” será usado como ponto de partida para pensar a relevância das residências artísticas frente às migrações e imigrações contemporâneas em uma conversa mediada pela artista-digestora Kadija de Paula.
Para esta conversa, foram convidamos alguns artistas, pesquisadores e gestores de residências artísticas no Rio de Janeiro. Já estão confirmadas as presenças de Bruno Vianna da Nuvem: Estação Rural de Arte e Tecnologia, Nadam Guerra da Residência Artística Terra UNA, Virginia Muller da Casa Rio, Eduardo Bonito da Casa Comum e ComPosições Políticas, e da pesquisadora Márcia Ferran.
Para comer: Transburguers, um projeto de intervenção artística que relaciona impacto ambiental e hábitos alimentares. Esta proposta de Jorge Menna Barreto, Joelson Bugila, Kadija de Paula e Van Holanda, provoca os participantes a se engajarem em uma escultura ambiental. Em outras palavras, aquilo que comermos – ou deixamos de comer – transformará a paisagem e o mundo no qual vivemos.
Os Transburgers desta quarta serão preparados por Kadija de Paula e Van Holanda as 17:30hrs em uma coreografia culinária de automação gestual dirigida por Tali Serruya e David La Sala como parte do seminário Sandwich Generation – uma pesquisa artística sobre vida e trabalho – organizada pela artista e residente Tali Serruya entre os dias 18 e 21 de julho no Capacete.
Para beber: Oliver Bulas vai agitar, ritmicamente, um menu selecionado de coquetéis refrescantes do Bar de Amanhã.
Laura Taves
Quarta-feira dia 13as 19:30
Laura Taves é artista, arquiteta e urbanista. Vive e trabalha na cidade do Rio de Janeiro, onde desenvolve projetos nos quais, através da arte e da educação procuram discutir e atuar na cidade e em suas fronteiras sociais, culturais e urbanas. Trabalha atualmente como gerente de Relações Comunitárias do Museu do Amanhã, atuando diretamente com os moradores da região portuária do Rio.
Em 2003 fundou a AZULEJARIA – um coletivo de artistas, artesãs e educadoras, que une a tradição da azulejaria com a produção contemporânea na criação de painéis artísticos e intervenções urbanas. Os projetos são produzidos de forma coletiva e participativa. Para isso, a Azulejaria desenvolve atividades de educação e arte para crianças, jovens e adultos, na sua maioria em parceira, há 10 anos, com a ONG Redes de Desenvolvimento da Maré, coordenando oficinas de azulejaria e ações de intervenção urbana, política, artística e coletivas.
No CAPACETE irá apresentar o projeto das Placas de Rua da Maré, um projeto que é fruto de uma ação coletiva de mais de 10 anos, e ainda encontra-se em processo de desenvolvimento. Esse foi um dos 15 projetos selecionados para representar o pavilhão brasileiro da atual Bienal de Arquitetura de Veneza, na mostra JUNTOS, cujo ‘projeto busca evidenciar histórias de pessoas que lutam e alcançam mudanças na passividade institucional das grandes cidades do País, conquistando arquitetura em processos lentos cujo vagar não é problema, mas um apontamento de soluções ao esfacelamento político do planejamento do território.’
E também, como parte desse processo, apresentará o mais recente projeto realizado na Nova Holanda, Maré. Correspondências Cariocas – o Rio em 450 azulejos, foi um projeto realizado através do Programa de Fomento à Cultura Carioca, para a celebração do aniversário da cidade. Maior do que previsto, o painel artístico revestiu uma casa inteira do bairro, com desenhos e textos de 50 crianças e jovens moradores locais, e sua visão do que é a cidade do Rio de Janeiro hoje.
Falke Pisano
Quarta-feira dia 6 as 19:30
Falke Pisano
It might or it might not be the right moment, but my talk will be about disintegration.
Falke Pisano lives and works in Sao Paulo and Amsterdam. Her installations, sculptures, drawings, diagrams and speech-performances often reflect on, and bring into question, the institutions and structures that shape the social political and narrative space within which individuals negotiate their relation to, and engagement with, the world.
In the publication ‘’Figures of Speech’’ (designed and co-edited by Will Holder, published by JRP- Ringier, Christoph Keller Editions, 2010) Pisano brought together her work focusing on the act of speech in relation to different forms of agency in artistic production.
The artist second cycle of works (2011-) “The Body in Crisis” looks into continuous and repetitive occurrences of moments where the body is thrown into a state of crisis through violent shifts in the conditions of life, and the formal possibilities of representing this body in art.
Her latest work “The value in mathematics” (2015-2016) addresses the relation between culture and mathematics, questioning the universality of mathematical discourse and the implications of a heterogeneous approach to mathematics. It constitutes a first part of a new research cycle on the development of the sciences in modernity and the way its institutions have contributed to a restricted and exclusive idea of knowledge.
Pisano’s latest solo exhibitions include Badischer Kunstverein, Karlsruhe (2016), CAC Synagogue de Delme, Delme (2016), REDCAT, Los Angeles (2015), Praxes, Berlin (Jan.-Jun. 2014), ar/ge Kunst, Bolzano (with Archive Books, 2014), The Showroom, London (2013), Ellen de Bruijne Projects (Amsterdam, 2007, 2011, 2015) Hollybush Gardens (London, 2009, 2012, 2015), De Vleeshal (Middelburg, 2012). She participated in major groups shows such as the Sidney Biennial (2016), Istanbul Biennial (2013), Venice Biennial (2009) and Manifesta (2008). She performed at Museo Reina Sofia (2012), the 5th Berlin Biennale (2008) and Lisson Gallery, London (2007). In 2013 she won the Prix de Rome, the most important Prize for artists under 40 in the Netherlands.
A Monstra Errática
Quarta 29 Junho – 19h
A Ferida Colonial Ainda Dói é um projeto de performance iniciado em Veneza (ITA) no ano de 2015 durante a Residência Nomádica Transnational Dialogues. A primeira performance foi realizada no dia 11 de Outubro de 2015, véspera do Dia da Dor Colonial, e consistia na re-inscrição de algumas fronteiras geopoliticamente dominantes (EUA, U.E., BRICS, Israel) com meu sangue sobre um mapa-mundi. Na ocasião, estava em jogo a materialidade do meu próprio corpo racializado em seus trânsitos políticos pelo território europeu. Me interessava, ali, evidenciar uma crítica às fronteiras (especialmente àquelas situadas em territórios geopolíticamente dominantes) como instituições que atualizam o registro da colonialidade no presente imediato do mundo chamado “pós-colonial”.
Para esta nova ocasião, no Rio de Janeiro, proponho repetir o programa realizado em Veneza em concomitância com um falatório por meio do qual algumas das questões que informam a ação e a visualidade da performance possam também encontrar um dizer. Parto da frase “Não existe o pós-colonial” para produzir, a um só tempo, um discurso crítico das narrativas contemporâneas acerca dos corpos, vidas e sensibilidades situadas nas ex-colônias, uma reflexão sobre as interseções possíveis entre performance e decolonialidade e sobre os limites da politização da arte no contexto narrativo do pós-tudo, e uma ficcionalização distópica do assim chamado “mundo pós-colonial” com vistas às histórias reais de populações precarizadas neste início de século.
Regina Tchelly: Favela Orgânica e Ingrid Hapke: Polifonias Marginais
Quarta-feira dia 22 as 19:30
Regina Tchelly apresenta o projeto Favela Orgânica, uma iniciativa pioneira que teve origem nas comunidades da Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Surgiu em setembro de 2011, com apenas R$140,00, com os objetivos de modificar a relação das pessoas com os alimentos, evitar o desperdício, cuidar do ambiente e mostrar que é possível acabar com a fome.
Ingrid Hapke lança o livro Polifonias marginais (2015) e falará sobre o processo de criação e o conteúdo deste livro de entrevistas que ela co-organizou com Lucía Tennina, Érica Peçanha do Nascimento e Mário Medeiros da Silva. Polifonias marginais surge do encontro de estudiosos de diferentes percursos, motivações e países que se debruçaram sobre as chamadas literaturas negra, marginal e periférica, e agora expõem as entrevistas feitas em seus trabalhos individuais para além das páginas de suas teses.
Um livro que apresenta múltiplos discursos. Escritores, rappers, poetas, organizadores de saraus e donos de bares onde acontecem recitais literários conversam, direta ou indiretamente, segundo temas distribuídos em quatro capítulos.
Ingrid Hapke mora em Berlim e fez o seu doutorado em Letras sobre a literatura marginal/ periférica na Universidade de Hamburgo. Se considera artista “con-textual”, como analísa e trabalha (com) textos e contextos. Atualmente está mostrando (com Wouter Osterholt) a exposição Paraíso Ocupado sobre a primeira urbanização da Barra da Tijuca, no Studio-X Rio.
Na cozinha: Asia Komarova e Martha Pedalino, ofereceram receitas ancestrais feitas com produtos ecológicos cultivados nas vizinhanças do Rio de Janeiro
DUB Janta e NOIS E Juice
Quarta 15 Junho
as 19h
Ecos, ruídos e dub sobre pratos a mesa. Comemos juntos numa mesa em rotatividade, noise para comer. Afastados do chão e fechados entre paredes o corpo quer tentar estar nessa experência-sem-progresso. Nessa quarta: bar, arena, sala de jantar e noise para sentantes. Uma proposta do composé Marssares + Caetano Macumba + Libidiunga Cardoso + Kadja de Paula + Camilla Rocha Campos.
Arte-veículo: intervenções artísticas na mídia de massa brasileira
QUARTA 8 JUNHO 2016 – 19hs
Arte-veículo propõe uma reflexão sobre o uso da imprensa como esfera pública para a arte. Em tempos de desmonte dos veículos de comunicação, e consequentemente, de diminuição das iniciativas experimentais dentro deles, se objetivou reunir relatos e documentos que sejam capazes de deflagrar o reencontro das gerações presentes com diversos modos de ocupação midiática.
Entre o advento da televisão, que chega ao Brasil em 1950 –no mesmo ímpeto de cosmopolitização que resultaria na abertura da Bienal de São Paulo, no ano seguinte–, e a popularização da internet, que dá acesso a uma discussão sobre “mídia tática” no país, no fim dos anos 1990, são inúmeros os casos de ocupação dos espaços de jornais, revistas, emissoras de radio e TV pelos artistas, para fins de deturpação de suas linguagens e problematizacão das narrativas que constróem para o status quo.
Das colunas de Flávio de Carvalho no Diário de São Paulo à reforma gráfica do Jornal do Brasil por Amílcar de Castro e Reynaldo Jardim; da arte-classificada da Equipe Bruscky Santiago às Inserções em Jornais de Cildo Meireles; da video-dança de Analívia Cordeiro ao quadro de entrevistas de Glauber Rocha dentro do Programa Abertura, tão inspirador para produtoras como TV Tudo, Olhar Eletrônico e TV Viva; da atuação anárquica de Geraldo Anhaia de Mello na rádio e na TV aos semanários de Lenora de Barros e Luiz Baravelli; dos fakes de Yuri Firmeza como “artista invasor” à invasão real da militância de coletivos como Frente 3 de fevereiro e Contrafilé na cobertura esportiva e de vida urbana.
Longe de esgotar um mapeamento completo desses casos nas diferentes regiões do país, mas, antes disso, tentanto estabelecer casos paradigmáticos e articular suas leituras a dados de contextos que extrapolam os limites entre arte, imprensa e sociedade, o livro contém um levantamento documental e cinco ensaios inéditos, baseados em recortes de tempo que as intervenções e suas estratégias em comum sugerem.
Fala seguida de conversa com Ana Maria Maia (autora), Giseli Vasconcelos (mídia tática brasil) e Antonio Manuel (artista)
FUTUROS SEQUESTRADOS VS. ANTI-SEQUESTRO DOS SONHOS – Conclusão
FUTUROS SEQUESTRADOS VS. ANTI-SEQUESTRO DOS SONHOS – Conclusão
Quarta 1 Junho 2016
a partir das 19h
** cada pessoa deve trazer 2kgs de sal grosso **
Compartilhando o processo de trabalho feito durante um processo de imersão no Capacete, que foi do dia 24 de maio a 02 de junho/2016
Como criar tratamentos clínicos e estéticos atuais que ajudem a enfrentar a lama tóxica, o imaginário carbônico, as enchentes e as secas do clima e do pensamento? Pensamos na engenharia do futuro: a geo-engenharia e a engenharia do corpo. No devir criador para fugir do modelo fracassado de civilização e sua rota apocalíptica. Na urgência da metareciclagem no campo das ficções. E na produção de cosmogonias livres.
Quizemos criar dispositivos de resistência ao sequestro do futuro, assim como fortalecer o imaginário e os sonhos, com as funções de potencializar o universo onírico de seus participantes, mixá-lo, tirá-lo de qualquer autoria, devolvê-lo para o campo da experiência, afim de torná-lo um processo coletivo de produção de ficções e imaginários.
Como é impossível finalizar um processo desse tipo, optamos por compartilhá-lo em seu atual estágio, afim de ampliar o campo de experiência dos participantes, ao abri-lo para o público. É uma cerimônia de finalização do curso, mas não do processo, que esperamos que seja continuado.
Organiz: Fabiane M. Borges e Leandro Nerefuh
Equipe: Giseli vasconcelos (production), Marcelo Marssares (sound), Paola Barreto (espectrons), Peter Pál Pelbárt (consulting) and Rafael Frazão (imgs).
Participantes construtores do processo (anti-sequestro): Franciele Castilho, Julia Lameiras, Mariana Kaufman, Raisa Inocêncio, Sue Nhamandu, Oliver Bulas, Mariana Marques, Anna Costa E Silva, Luisa Marques, Thelma Vilas Boas, Cecilia Cavalieri, Rodrigo Krul, Patricia Chiavazzoli, Kadija de Paula, Caetano EhMaacumba, Ian Erickson-Kery, Aurélia Defrance, SoJin Chun, Julia Retz, Camilla Rocha Campos
Gringo…
Dia 18 Maio 2016, 19h
Gringo…
com Tobi Maier, Helion Povoa Neto e Dra. Roberta Ladeira
Em 2013, o Brasil abrigou cerca de 940 mil imigrantes permanentes. Menos de 0,4% da população migrante do planeta. O número de 940 mil pode ser impressionante, no entanto, se considerarmos que o Brasil é o quinto pais mais populoso do mundo, com 200 milhões de habitantes, percebemos que o Brasil não é tão atrativo como se costuma ser repetido. Um país que recebeu imigrantes historicamente tem hoje uma legislação redigida durante ditadura militar, em 1980, que é muito pouco favorável à qualquer tipo imigração. Então como a situação atual da imigração é diferente da do passado? Como a lei brasileira os considera hoje e como a situação atual da imigração é diferente da do passado.
Nesta mesa conversamos sobre a situação dos imigrantes no Brasil e sobre questões praticas-legais de estrangeiros no Brasil, e suas implicações no campo da cultura, da arte e da economia local. É uma tentativa de entender porque a imigração ao Brasil se complicou tanto, porque é tão difícil de ganhar um status de visto permanente aqui e porque o Brasil se fechou tanto para imigração de pessoas que não vem do Mercosul. Qual é o cenário disso mudar possivelmente ou não? Como o Brasil se relaciona com o panorama das migrações internacionais no mundo hoje?
Mesa de conversa com
Helion Povoa Neto, NIEM – Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios, UFRJ, Rio de Janeiro
Tobi Maier, curador e critico de arte, São Paulo
Dra. Roberta Silva Araujo Ladeira, Cesnik, Quintino e Salinas Advogados, Rio de Janeiro
Gilda Mantilla & Raimond Chaves
Dia 11 de Maio 2016, as 19h
Gilda Mantilla e Raimond Chaves
Gilda Mantilla e Raimond Chaves vão falar sobre sua participação na recente Bienal de Veneza 2015, em que foi inaugurado o Pavilhão Peruana com a instalação Ruínas Fuera del Lugar (Misplaced Ruins), que toca no mérito de representação nacional, enquanto lida com problemas derivados da tradução de contextos culturais. Os artistas também falarão sobre as vicissitudes do processo que involve a inserção do país em dinâmicas inerentes a exposições internacionais de grande porte, numa época em que forças de mercado coexistem com o declínio ou a mere ausência de políticas culturais.
GILDA MANTILLA (1967, Los Angeles, EUA)
RAIMOND CHAVES (1963, Bogotá, Colombia)
Mantilla e Chaves moram no Perú e trabalham juntos desde 2001
O trabalho de Mantilla e Chaves é baseado em questionamentos sobre a natureza das imagens e suas possibilidades de serem reprocessadas e recontextualizadas, e se cruza com questões de natureza política, social e cultural ligadas ao contexto Latino Americano, como mostra o projeto Dibujando América (2005–2009) ou Un Afán Incómodo (2010-2012). Eles também desenvolveram Hagueando-Periódico con patas (2002-2004), Mobile Workshops (2004), ou Cabinete de Curiosidades (2006-2015), entre outros projetos que se propõem como exercícios coletivos de experiências que ampliam uma arena pública.
DE 2003 a 2008, Mantilla e Chaves foram membros do Espacio La Culpable, e co-fundadores do Comitê 1ro de Maio, em Lima. Em 2015, eles representaram o Parú na 56a Bienal de Veneza.
Marina Fokidis
Marina Fokidis (Greece)
Sexta, as 19h
Dia 6 de Maio 2016
A fala será em lingua inglesa
Marina Fokidis is the head of the artistic office in Athens for Documenta 14. She will be talking about the artistic scene in Athens and the “Kunsthalle Athena” as an independent institution which emerged within the crisis
http://www.art-agenda.com/reviews/spaces%E2%80%94kunsthalle-athena-2010%E2%80%932015/
www.kusnthalleathena.org
She will also present her magazine “south as a state of mind” which was relaunched by the Documenta 14: southasastateofmind.com
Na cozinha as residentes Camilla Rocha Campos e Thora Dolven Balke vão reinterpretar a ideia de simpósio como um encontro que considera em primeira instância a importância de beber, para então comer, a fim de estimular uma boa conversa, novos pensamentos e inesperados resultados.
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MARINA FOKIDIS
head of the artistic office in Athens in Documenta 14
Founding director of Kunsthalle Athena and South as a State of Mind magazine.
Fernanda Nogueira
MEMÓRIA EM DISPUTA / ARTES OBSCENAS EM FOCO
Quarta-feira dia 27 de abril as 19:30
Fer Nogueira falará sobre o processo de pesquisa de arquivos artísticos que resistem
ao esquecimento e sobre as memórias políticas eliminadas pelas perspectivas
normativas que dominam as narrativas hegemônicas da história da arte. Estarão em
foco o movimento do poema/processo, a rede de arte postal e o Movimento de Arte
Pornô no Brasil nas décadas de 60-70-80.
Fernanda Nogueira (São Paulo) é crítico literário, pesquisadora e historiadora.
Desde 2008 integra a Red Conceptualismos del Sur. É mestre em Teoria Literária e
Literatura Comparada pela USP e em Estudos de Museu e Teoria Crítica pelo programa
de Estudos Independentes do MACBA (Barcelona). Atualmente desenvolve sua pesquisa de
doutorado em Filosofia, Estudos Culturais e Prática Artística na Academia de Belas
Artes de Viena.
Pedro Cesarino
Quarta-feira dia 20 de abril as 19:30
Pedro de Niemeyer Cesarino
Heterotopias corporais contemporâneas”.
Pedro de Niemeyer Cesarino é professor do Departamento de Antropologia da FFLCH/USP.
É autor de Oniska, poética do xamanismo na Amazônia (Perspectiva, 2011) e Quando
a terra deixou de falar – cantos da mitologia marubo (Editora 34, 2013), entre outras publicações.
Aleta Valente
Quarta-feira dia 13 de abril as 19:30
Aleta Valente
Aleta Valente, 1986 – Vive mas não trabalha na cidade do Rio de janeiro.
Badass Single Mother Supermodel and Visual Artist
Desinformada pela Escola de Belas Artes pela UFRJ, já foi vista fumando baseados pelos jardins do MAM, bebendo caipirinhas no quintal do CAPACETE além de ter nadado nua incontáveis vezes na piscina da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Coordenadora da BANGU 1 ART RESIDENCY – residência artística que se propõe a pensar sobre a criminalização a pobreza entre outras mil mazelas.
Atualmente pesquisa representações de gênero em mídias sociais através de uma performance cotidiana onde constrói e desconstrói a imagem de si mesma tocando em questões como: Atuto-representação, sexualidade, pós-periferia e processos de auto-legitimação.
Julien Bismuth
Quarta-feira dia 6 de abril as 19:30
” VER/ LER”
Julien Bismuth will be discussing different forms of interaction and spectatorship in some of his recent work. Focusing on the difference between text and image, Bismuth will engage with the complexities of working in and between different mediums.
Julien Bismuth
French artist Julien Bismuth (*1973, lives in New York and Paris) works at the interface of visual art and literature. Bismuth’s approach combines words with objects, photographs and film material, integrating them within collages, installations, performances, and video works. Bismuth also founded an independent publishing house Devonian Press together with Jean-Pascal Flavien in 2005. He has recently published three books with Motto in Berlin. His work has been shown in venues including the Tate Modern, Kunsthalle Wien, Schirn Kunsthalle Frankfurt, CRAC Alsace, Bloomberg Space London, ICA Philadelphia, the Palais de Tokyo, and the IAC in Villeurbanne, Emanuel Layr Galerie in Vienna, Simone Subal in New York, and The Box in Los Angeles.
Max Hinderer
Quarta-feira dia 30 de março as 19:30
Max Jorge Hinderer Cruz
What is ideology? And what is the critique of ideology? Does ideology always come before our talking? Does it necessarily determine our thoughts? Does it determine who we love and with whom we fight? Is it only in our heads, or does it also have to do with our feelings, with our bodies, with our desires, and the psychoactive substances we consume? Starting from some 1960s philosophical discourses the course will try to understand what the so-called “aesthetic turn” of post-marxist ideology critique is all about, and talking about sex and drugs and rock’n’roll, we will articulate aesthetic and artistic practices with concepts such as “micropolitics” and “microphysics of power” in order to understand the forms and forces that govern our everyday lives.
Max Jorge Hinderer Cruz is a German-Bolivian writer and editor based in São Paulo. Together with Suely Rolnik, Pedro Cesarino and Amilcar Packer he is coordinator of P.A.C.A. (Program for Autonomous Cultural Action). He was curator of the exhibition and publication project “Principio Potosí / The Potosí Principle”, presented at Museo Reina Sofia Madrid, Haus der Kulturen der Welt Berlin, and Museo Nacional de Arte and MUSEF in La Paz in 2010 and 2011; he’s the author of the book “Hélio Oiticica and Neville D’Almeida: Cosmococa” published by Afterall/MIT Press in 2013 and Capacete Entretenimentos and Editora Azougue, Rio de Janeiro in 2014.
Mabe Bethônico
Quarta-feira dia 23 de março as 19:30
Mabe Bethônico
BR 122 – Notícias de viagens à caatinga
“Conheci o arquivo fotográfico do geólogo Aubert de la Rüe no Museu de Etnografia de Genebra enquanto buscava imagens dos Alpes suíços, e encontrei fotografias de paisagens do sertão nordestino. Trabalhando com sua coleção de documentos descobri traços de sua viagem ao sertão e seu bestseller, “Brésil Aride: La vie dans la caatinga”, desconhecido no Brasil. Decidi traduzi-lo para português e o volume, aumentado com uma reflexão sobre tradução e fotografias inéditas do autor, foi publicado pela Editora Capacete. O livro me levou a conhecer uma parte do percurso descrito, num projeto de residência. Visitando lugares por onde de la Rüe esteve nos anos 50 descobre-se um nordeste que não mais corresponde à imagem de miséria, mesmo em longa seca. Acabei me interessando por radiestesia, misticismo e relatos ufológicos ligados às importantes reservas minerais da região.” Mabe Bethônico
Queer Vegan Manifesto
Quinta-feira dia 17 de dezembro as 19:30
Queer Vegan Manifesto
Program:
Open doors : 17:30
Reading group starting 18:00
Restaurant opens at 20:00
Musical intervention 21:00
chef: Mari Pitkanen
drinks: Bar de Amanha x Felix Luna & Oliver Bulas
musical intervention: Bruno Guinle and Lucas Sargentelli
The night should offer the possibility for small groups to have a talk on the theme discussing it through the reading of the text written by Rasmus Rahbek Simonsen:
http://www.academia.edu/1999206/A_Queer_Vegan_Manifesto
With the contribution of:
Jorge Menna Barreto
Asia Komarova
Kimi Yamagata
Chris Pinho
Giseli Vasconcelos
Holmes Wilson
Michiel de Roo
Kadija de Paula
Joen Vendel
Christoph Keller
visuals: Holmes Wilson
Ser e vir a ser
Ser e vir a Ser:
O filme explora o conceito e a opção de não escolarização dos filhos, a confiança de deixá-los descobrir livremente o que realmente lhes motiva.
A cineasta viaja entre os EUA, Alemanha (onde é ilegal não ir à escola), França e Reino Unido para conhecer famílias que estão vivenciando ou tenham vivenciado esta experiência. Este filme é uma busca pela verdade sobre o desejo inato de aprender. Duração: 99 minutos.
A diretora:
Nascida em Paris, Clara Bellar é atriz, cantora, cenógrafa, realizadora e produtora. Ela começou sua carreira como atriz com Eric Rohmer, que a descobriu em cena em Bela Adormecida, e com quem ela filmou Les rendez vous de Paris.
Ela também atuou no filme Inteligência artificial, A.I., de Steven Spielberg, e em Dominion, a Prequel to the Exorcist, de Paul Schrader, e em filmes independentes como Kill the Poor, Romance and Rejection, This Space between Us, Sleepy Time Gal, e, na França, Oranges amères e Le pharmacien de garde.
Ela gravou dois discos no Brasil, Meu coração brasileiro e Meu coração francês, com arranjos de Dori Caymmi e participações de Chico Buarque, Ivan Lins, João Bosco e Milton Nascimento.
Depois de estudar cinema na New York Film Academy, Clara Bellar escreveu, produziu e realizou o curta-metragem Watermelon Man. O filme participou de vários festivais norte-americanos: M.A.L.I Women’s Film & Performance Arts Festival; International Family Film Festival; Kids First; Carolina Film Festival; Buffalo Niagara Film Festival.
Ela escreveu, produziu e realizou em seguida o documentário Ser e vir a ser, filmado na França, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos durante dois anos.
Saiba mais em: https://sereviraser.wordpress.
Christoph Keller
Quinta-feira dia 3 de dezembro as 19:30
ANARCHEOLOGY
Palestra de Christop Keller
Christoph Keller (b. 1967 in Fribourg) studied mathematics and physics in Fribourg, Berlin and Santiago, and holds a humanities degree from HdK Berlin, where he was a student of Katharina Sieverding. He later continued his artistic training at Media-Art Academy in Cologne. His key projects include Cloudbuster-Projects (since 2003), which re-enact Wilhelm Reich’s experiments aimed at influencing the weather through orgone energy. In Encyclopaedia Cinematographica (2001) and Archives as Objects as Monuments (2000), Keller focuses on the archaeology of scientific film and the impossibility of objective documentation. More recently, in the video installations Interpreters (2008) and Verbal/Nonverbal (2010), he has explored themes related to language, communication, and altered states of consciousness. His works have been exhibited at the Biennale de Lyon (2011), the Museum für Kunst und Gewerbe, Hamburg (2010), the Bienal del Fin del Mundo, Argentina (2009), the Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2009), and the Musée des Abattoirs, Toulouse (2009); his recent solo shows include “Observatorium” at the Kunstverein Braunschweig (2008) and “Æther” (2011) at the Centre Georges Pompidou in Paris, in which he interweaves his artistic practice with curating in an institutional context.
Sistema lento
Sexta-feira dia 27 de novembro das 17 até 20 horas
Sistema Lento
uma proposição para conversar e experimentar juntos e talvez… inventar um playground!
Asia Komarova, Adeline Lépine, Caroline Valansi
com contributos de Camilla Rocha Campos e Betânia Furtado
+ Joen e Paola na pipoquera !
Desde março deste ano, estamos vivendo e convivendo na rua Benjamin Constant na Glória. Uma rua sem saída que tem uma vida ativa, onde seus moradores interagem nesse ambiente vivo de uma pequena cidade do interior. Uma característica interessante dessa rua é a amizade dos moradores, que conversam nas calçadas, produzem chorinho nas 4ª feiras e manifestações espontâneas são comuns por todos os lados, mas apesar de tanto, ela não possui uma área exclusiva de coexistência para crianças locais, um espaço de convivência segura e motora, lúdica e feliz.
Percebendo essa carência tanto na rua como na região, nós do Pequeno Laboratório, começamos a apresentar para as crianças que participam do workshop, pequenas reflexões e percepções sobre a cidade e a rua que vivemos. Perguntas como o que é uma cidade? Como é a arquitetura e as ruas do nosso bairro? Como podemos viver felizes na nossa cidade? Quais são os problemas da nossa cidade? Estas entre outras, foram questionamentos que estimularam os pequenos a pensarem e discutirem sobre o ambiente a sua volta, seu corpo e a cidade.
Como parte do exercício de pensar a cidade, as crianças criaram desenhos e produziram imagens de como seria a “nossa” cidade perfeita e como construiríamos ela. A partir desses traçados, decidimos traduzi-lós no espaço da rua. Numa área específica, onde os moradores já conseguiram mudar de estacionamento de carro para uma átrio de cimento e poucas árvores. Já manifestando a necessidade de um espaço de convivência entre os moradores.
Durante a semana, coletamos caixas de papelão. No espaço escolhido espalhamos as caixas e pedimos para as crianças criarem algo que faltasse naquele lugar. Intuitivamente cada criança foi dominado o espaço e percebendo o que desejava. Uns queriam escorregar numa rampa e criar um tobogã, enquanto outras começaram a construir uma casa com passagens secretas e labirintos. Formando uma amalgama de possibilidades onde só o corpo da criança pode passar e entender.
Com esse experimento, resolvemos transformar esse desejo em realidade. Projetamos a partir do que foi feito pelas crianças o projeto Sistema Lento.
Sistema lento porque queremos colocar suas experiências, desejos, ideias, depoimentos e ter o tempo por isso ; um processo ao longo do tempo para discutir, experimentar, e criar juntos com as crianças
Programa:
Sexta 27 de Novembro das 17 até 20
Ladeira da rua Benjamin Constant [ escada da rua do Fialho ]
Workshop com crianças e o seus pais com questões como : Quais são os espaços para brincar ?
Durante o workshop os brinquedos serão distribuídos e as crianças podrão montar o seu playground. Entretanto os pais farão parte de Laboratório de Observações. O workshop será iniciado com uma atividade proposta em perguntas para crianças do artista francês Robert Filliou na sua obra “Sculpture Gouvernementale” interpretada com o jogo de Vovô Robert
Mais informações
Pequeno Laboratorio : https://
Betânia Furtado : https://vimeo.com/becafurtado
Asia Komarova : www.asiakomarova.com
Adeline Lépine e a Maquina de Aprender Performances : http://lamachineaperformer-
Camilla Rocha Campos : http://www.escavador.com/
Caroline Valansi : http://carolinevalansi.com.br/
Andrew de Freitas
Quinta-feira dia 19 de novembero as 19:30
Andrew de Freitas
O projeto vai começar pontualmente as 19:30 no CAPACETE. O event é móvel e as projeções acontecerão em diferentes localidades. Chegue na hora para power gazer part do event como um todo – quem chegar depois das 20:30 vai ter sue user o telephone para localizar a festa (números serão revelados no dia).
[100 minutes total video, in English and French with Portuguese subtitles.]
TEASER: https://www.youtube.com/watch?v=6vXPyx3KLdc
Collaboratively produced between Canada, Germany, Brazil, YouTube, Portugal, Morocco, and the United States of America, The Bends is an attempt to scuba dive from sense to meaning and back again. The piece has been in development since 2014, initially as a Virtual Reality experience. This event will be a public premier of the film component – 11 non-sequential chapters, using video as a means of navigating the numerous, various, simultaneous layers of everyday perception and feeling.
The Bends is a celebratory open wound produced by Andrew de Freitas. This event will also feature a collaboration with Lucas Sargentelli in the form of an interactive audio experiment.
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Andrew de Freitas do Nova Zelândia é participante do programa do CAPACETE 2015
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Leituras sugeridas
Pasolini, ‘ab-joi’ in“Cinéastes de notre temps – Pasolini l’enragé” (1966) – [From 44m07s] –https://vimeo.com/141251167
amanda baggs – “in my language” – https://www.youtube.com/watch?v=JnylM1hI2jc
“Locomotory stereotypy in two captive red foxes” – https://www.youtube.com/watch?v=gAtLZL06z94
The Undersea World of Jacques Cousteau – “Secrets of the Sunken Caves” –https://www.youtube.com/watch?v=hM9pa5JQmz0
jessica cerretani – “Extrasensory perceptions” – https://hms.harvard.edu/news/harvard-medicine/extra-sensory-perceptions
Wikipedia – “decompression sickness” – https://en.wikipedia.org/wiki/Decompression_sickness
Dieter Roelstraete
Sexta-feira de 13 de novembro as 19:30
DIETER ROELSTRAETE é membro do time curatorial convocado por Adam Szymczyk para organizer a Documenta 14, program ado para abrir em Athenas na primavera de 2017. De 2012 a 2015 els foi o Manilow Senior Curator at the Museum of Contemporary Art Chicago, e de 2004 a 2011 els era o curator no Antwerp museum of contemporary art M HKA, once els organizou A Rua: Rio de Janeiro & the Spirit of the Street, entre outras exposições. Ele é treinado como filósofo e tem escrito sobre arte contemporanea e assuntos filosóficos relacionados as artes em diferentes publicações.
Leituras sugeridas
Rosa Melo & Cabelo apresentam Brasil Visual
Quinta-feira, 12 de novembro as 19h30
Rosa Melo e Cabelo nos apresentam BRASIL VISUAL, uma série de documentários inédita sobre o universo das artes visuais brasileira, idealizada e dirigido pela produtora pernambucana. São oito episódios, de 26 minutos cada um, apresentado pelo artista performático e multimídia Cabelo, em linguagem acessível e dinâmica, abrangendo o universo das artes visuais brasileira e seus expoentes de diversas gerações, em suas mais variadas expressões artísticas. A série conta com uma trilha sonora original do Chelpa Ferro, e vinhetas de abertura, encerramento e passagem criadas por Lia Letícia com colaboração de Fernando Peres. Com a presença de Jarbas Lopes, Marcos Cardoso, Paulo Paes exibiremos o EPISÓDIO 6: A ARTESANIA NA PRODUÇÃO CONTEMPORÂNEA que discute as relações entre artesania e arte e como a artesania está presente na produção artística brasileira a partir de entrevistas com artistas, críticos e curadores de diversas regiões do Brasil. A Série Brasil Visual é exibido pela TV Brasil/EBC todos sábado, às 00h (do sábado para o domingo). Alguns episódios estão disponíveis online em: http://tvbrasil.ebc.com.br/brasilvisual
CRONOGRAMA DE EXIBIÇÃO
Episódio 1 – Arte Política: 10/10 – 00h
Episódio 2 – Arte Correio: 17/10 – 00h
Episódio 3 – Homem, Arte e Meio Ambiente: 24/10 – 00h
Episódio 4 – Performance: 31/10 – 00h
Episódio 5 – Intervenção Urbana: 7/11 – 00h
Episódio 6 – Artesania na Arte Contemporânea: 14/11 – 00h
Episódio 7 – Videoarte no Brasil: 21/11 – 00h
Episódio 8 – Formas Híbridas da Videoarte: 28/11 – 00h
Julien Bismuth
Quinta-feira dia 5 de novembro as 19:30
Receitas
Por Julien Bismuth
Participação no fogão: Daniel Steegman Mangaré (paelha) e Jorge Menna Barreto (sorvetes)
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French artist Julien Bismuth (*1973, lives in New York and Paris) works at the interface of visual art and literature. Most of his oeuvre builds on texts found or penned by the artist. Bismuth’s approach combines words with objects, photographs and film material, integrating them within collages, installations, performances, and video works. Bismuth also founded an independent publishing house Devonian Press together with Jean-Pascal Flavien in 2005. He has recently published three books with Motto in Berlin. His work has been shown in venues including the Tate Modern, Kunsthalle Wien, Schirn Kunsthalle Frankfurt, CRAC Alsace, Bloomberg Space London, ICA Philadelphia, the Palais de Tokyo, and the IAC in Villeurbanne.
Excavating the Anthropocene in Amazonia: Archaeology and Climate Science as Politics
Sexta-feira dia 30 e sábado dia 31 de outubro – Seminario com projeções (em ingles)
Excavating the Anthropocene in Amazonia: Archaeology and Climate Science as Politics
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Sexta-feira dia 30 (em ingles)
14:00: Archaeologia como ciência política, palestra de Eduardo Neves (Museu de Arqueologia e Etnologia da USP)
Eduardo Goes Neves is Professor of archaeology at the Museum of Archaeology and Etnology at the University of São Paulo, and a leading researcher working in Amazonia. He co-curated the exhibition and catalogue Unknown Amazon: Culture in Nature in Ancient Brazil, British Museum, 2001.
17:30hs: Forensis in Amazonia (presentation/discussion with Eduardo Neves, Eduardo Cadava, Eyal Weizman, Paulo Tavares, Armin Linke, Princeton Students and Capacete)
19:30: Projeção do filme Serras da Desordem (2006) de Andrea Tonacci,
Teremos comida e bebida oferecida a preços módicos
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Sábado dia 31 (em ingles)
14:00: Amazonia in the Earth System: Impacts of climate change in Amazonia, palestra por Paulo Artaxo (climate scientist, University of São Paulo, UN-IPCC)
Paulo Artaxo is Professor of Environmental Physics at the University of São Paulo (Brazil). He is a member of the IPCC Working group, and has participated in several major international research efforts, such as IGBP, IGAC, CACGP, IPCC, WMO and others. He has received several awards, among them the title of Doctorate of Philosophy Honoris Causa of the University of Stockholm, Sweden.
19:30: Projeção do filme Corumbiara (2009) de Vincent Carelli
Teremos comida e bebida oferecida a preços módicos
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leituras sugeridas
Eduardo Neves, What is Marginal? Archaeology as political science in ancient Amazonia
Michael Heckenberger and Eduardo Neves, Amazonian Archaeology, http://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev-anthro-091908-164310
C. Roosevelt, The Amazon and the Anthropocene: 13,000 years of human influence in a tropical rainforest, http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2213305414000241
Paulo Artaxo, The Amazon Basin in Transition, http://www.mara-stream.org/wp-content/uploads/2015/09/NATURE_2012-The-Amazon-Basin-in-Transition.pdf
Paulo Artaxao, Air quality and human health improvements from reductions in deforestation-related fire in Brazil
Déborah Danowski and Eduardo Viveiros de Castro, Is there any world to come?, http://supercommunity.e-flux.com/authors/deborah-danowski/
Marison de la Cadena, Uncomming Nature, http://supercommunity.e-flux.com/authors/marisol-de-la-cadena/
Laura Burocco
Quinta-feira 29 de outubro às 19:30
Laura Burocco: The Creative Control: Rio & Joburg
Conversa pública com a pesquisadora Laura Burocco, num encontro regado a cozinha sul-Africana preparado por Refilwe Nkomo e Kasia Anna
Laura Burocco investiga a criatividade como um dispositivo de controle nas cidades do Rio de Janeiro e de Johannesburg, consideradas duas novas cidades criativas no Sul Global. Através de dois projetos de revitalização urbana (Porto Maravilha e Maboneng), a pesquisadora analisa a homogeneização dos espaços e a neutralização da experiência urbana que esta sendo promovida neles. Além das formas que a espetacularização da cidade pode se tornar uma forma de bio poder exercitado sobre as vidas das pessoas que habitam estes espaços.
O projeto de doutorado tem origem em dois estudos anteriores: “Do Porto Maravilha as Olimpíadas 2016: analise do olhar ao Porto do Rio de Janeiro” (2008) UERJ Rio de Janeiro (pós em Sociologia Urbana)| “People’s Place in the World Class City: the case of Braamfontein’s Inner City Regeneration Project” (2013) WITS Johannesburg (dissertação em Planejamento Urbano). A Trilogia da Gentrificação: Joburg | Milano | Rio de Janeiro, é um projeto de pesquisa acadêmica e de prática artística apresentada em diferentes etapas: a primeira em Braamopoly, Room Gallery, Johannesburg 2013; a segunda etapa (em andamento): Isola Art Center, Milano 2015; e a terceira etapa (em pensamento) a ser realizada no Rio de Janeiro.
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Laura Burocco (1974) é pesquisadora em Políticas Urbanas e Desenvolvimento. É formada em Direito pela Universidade de Milão, possui especialização em Políticas Internacionais e Desenvolvimento pela Universidade de Roma, pós-graduação em Sociologia Urbana pela Universidade Estadual de Rio de Janeiro UERJ e um MBE Master in Housing – Building Environment pela Witwatersrand University de Johannesburg WITS. Entre 2004 e 2011 coordenou no Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE um projeto de cooperação internacional voltado ao reforço de participação comunitaria com foco especial nas temáticas de gênero e direito à moradia. Entre 2012 e 2014, residiu em Johannesburg atuando no IBSA Working Group in Human Settlements do South African Cities Network – Sacities, programa financiado pelo Banco Mundial e City Alliance. Està desenvolvendo um projeto entre Sul Africa, Italia e Brasil “Trilogia da Gentrificação”, que começou em 2013 com a exposição individual “Braamopoly” realizada na Room Art Gallery de Johannesburg. Atualmente é doutoranda pela ECO/UFRJ, aonde integra o LabTec. Sua área de pesquisa: desenvolvimento urbano, criatividade e vigilância, açoes coletivas e cidadania insurgente, intervenções políticas em arte publica.
//English Version//
The PHD project investigates and attempts to understand creativity as a control device in the cities of Rio de Janeiro (Brazil) and Johannesburg (South Africa), considered two new creative cities in the Global South. Through two projects of urban revitalization [Porto Maravilha (Rio) and Maboneng (Joburg)] it analyzes the homogenization of spaces and the neutralization of the urban experience that is propagated through such spaces. Finally the researcher interrogates the ways that spectacularization of and in the city can become a form of bio-power exercised over the lives of the people who inhabit these spaces.
The project originates from two previous studies: “From the Porto Maravilha Olympics 2016: An Analytical Look at the Port of Rio de Janeiro” (2008) UERJ Rio de Janeiro-Post in Urban Sociology | “People’s Place in the World Class City: The Case of Braamfontein’s Inner City Regeneration Project” (2013) WITS Johannesburg Master in Urban Planning
The project is part of an academic research and artistic practice called Trilogy of Gentrification: Joburg | Milano | Rio de Janeiro. First step: Braamopoly, Room Gallery, Johannesburg 2013; Second stage (in progress): Isola Art Center, Milano 2015; Third stage (in thought): Rio de Janeiro
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Laura Burocco (1974) is a researcher in Urban Policy and Development. She graduated in Law from the University of Milan, with a specialization in International Policy and Development at the University of Rome, postgraduate studies in Urban Sociology at the State University of Rio de Janeiro UERJ and an MBE Master in Housing – Building Environment by Witwatersrand University in Johannesburg WITS . Between 2004 and 2011 she coordinated at the Brazilian Institute of Social and Economic Analyses – IBASE an international cooperation project aimed at strengthening communal participation with a special focus on gender and housing rights. Between 2012 and 2014, she resided in Johannesburg acting in the IBSA Working Group in Human Settlements of the South African Cities Network – Sacities, program financed by the World Bank and City Alliance. She is currently developing a project between South Africa, Italy and Brazil “Gentrification Trilogy” which began in 2013 with the solo exhibition “Braamopoly” held in Room Art Gallery in Johannesburg. She is currently a doctoral student by the ECO / UFRJ, which forms part of the LabTech. Her areas of research: urban development, creativity and surveillance, collective actions and insurgent citizenship, political interventions in public art.
Thierry Raspail
Quinta-feira dia 22 de outubro as 19:30
Fala: Thierry Raspail
Na comida: Tatsyua Hida
Art historian, Thierry Raspail starts his career of Conservator at the Musée of Grenoble. After numerous trips to West Africa, he also conceptualises the museography of the Musée National of Bamako (Mali).
Since its creation in 1984, he is the Director of the Musée d’art contemporain of Lyon. During this period, he determines a museographic project built on the principle of a collection of moments composed by generic art pièces, monumental ones, most of the time. He is the curator or co-curator of many exhibitions: Robert Morris, Joseph Kosuth, Louise Bourgeois, Andy Warhol, Keith Haring, Cai Guo Qiang, Ben, Pascale Marthine Tayou, Jan Fabre. With Hans-Ulrich Obrist and Gunnar Kvaran, he had been recently curator of Indian Highway and Imagine Brazil. He is preparing the rétrospective in France of Yoko Ono for Mars 2016.
In 1991, he creates the Biennale d’Art Contemporain of Lyon of which he is the Artistic Director. After being the co-curator of the first three éditions, he invites many international curators who are working with a word-theme. After, Après Harald Szeemann, Jean-Hubert Martin, Hans Ulrich Obrist, Hou Hanru, Victoria Noorthoorn, Gunnar B. Kvaran, Ralph Rugoff, Director of the Hayward Gallery of London is the invited curator in 2015. The 13th edition of the Biennale d’Art Contemporain of Lyon, currently presented in France is titled, La vie moderne.
He will present his work as a director and curator in the contemporary art field in France and its Relationship with the international network.
Jean-Pascal Flavien
Quinta-feira dia 15 de outubro as 19:30
Jean-Pascal Flavien
Vai falar sobre a “casa” de modo geral e em particular sobre “statement house (temporary title)” de Londres e “folding house” de Monaco.
Jean-Pascal Flavien nasceu na França 1971. Ele vive e trabalha em Berlin. O trabalho do Flavien mistura arquitetura experimental com outran mídias. Seu trabalho foi apresentado, entre outras, na Galerie Catherine Bastide, Brussels; Galerie Esther Schipper, Berlin; Galerie Giti Nourbakhsch, Berlin; South London Gallery, London, Centre d’Art Contemporain du Parc Saint Léger (Fr); Kunstverein Langenhagen (De); Capacete, Rio de Janeiro; Musée d’Art Contemporain de Rochechouart (Fr), e em em exposições de grupo como, Kunsthaus Bregenz, MUSAC Leon (Sp); Witte de With, Rotterdam; Tate Modern, London; Villa Arson, Nice; Palais de Tokyo, Paris.
Flavien completou 5 casas até o momento, “viewer”, 2007 Rio de Janeiro; “no drama house”, Berlin 2009; “two persons house”, São Paulo, 2010; “breathing house”, 2012 France; e “statement house” (titulo temporary) 2015 em Londres.
Jean-Pascal Flavien é representado pela Galerie Catherine Bastide, Bruxellas, e Galerie Esther Schipper, Berlin. Ele está neste momento construindo o “folding house” no Nouveau Musée de Monaco para 2015.
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Leituras sugeridas:
Henri Michaux, Le nuit remue
Jean-Pascal Flavien nasceu na França em 1971; vive e trabalha em Berlim e Rio de Janeiro. Recentes exposições individuais: Catherine Bastide, Bruxelas (2002, 2005, 2008), Museu do índio Rio de Janeiro (2003), Hussenot Gallery, Paris (2003), Museum of Rochechouart (2007),: e exposições coletivas na Esther Shipper Gallery, Berlin (2004), Lyon Biennial (2007), Freidrich Petzel, New York (2008), Art Focus, Jerusalem (2008).
Peter Pal Pelbart
Quinta-feira dia 8 de outubro as 19:30
Peter Pal Pelbart
Palestra: Linhas de errância
bio do Deligny
Conhecido na França como pedagogo, Fernand Deligny (1913–1996) preferia ser chamado “poeta e etólogo”. Durante mais de cinquenta anos trabalhou na isolada região francesa das Cevanas, num centro de acolhimento informal de crianças que não se adaptavam à sociedade: crianças delinquentes, psicóticas, autistas ou, nas palavras do pensador, simplesmente “crianças à parte”. Deligny preferia o termo “etólogo” à educador pois o utilizava como imagem para a sua forma de atuar, buscando, a todo momento, novas maneiras de dar a essas crianças uma oportunidade de sobreviverem em uma sociedade excludente e normativa. Seu método questionava a centralidade da linguagem, a educação formal e o emprego caricatural das teorias freudianas. Repudiava qualquer tipo de encarceramento, preferindo a criação de circunstâncias e de espaços para trocas e encontros. Para dar voz àqueles que são carentes de linguagem e comunicação verbal, Deligny inventou um sistema de transcrição que considerava uma das suas principais contribuições, espécie de cartografia sobre papel na qual registrava os percursos “espontâneos” da criança autista, seus hábitos, gestos e percepções, livres de qualquer desejo de representação. É desse fora da linguagem cotidiana, numa espécie de linguagem do infinitivo, sem sujeito, que o autor francês rompeu com os paradigmas de sua época e criou uma antropologia alternativa, política, a qual inventou incessantemente formas inéditas de viver junto. Por esse e por tantos outros motivos é que sua obra desperta um interesse crescente, não só em clínicos e educadores, mas também em literatos, artistas e filósofos
A prática da escrita foi uma constante na vida de Deligny e o laboratório permanente de sua atuação como educador. Escreveu mais de uma centena de ensaios, artigos, scripts e contos que se somam a fotografias, desenhos, mapas e filmes, entre os quais Ce gamim, là (1976) e Le moindre geste (1971). Em 2007, Sandra Alvarez de Toledo reuniu e publicou num volume imponente parte significativa da produção textual do pensador (Ouvres, Paris: L’Archanéen, 1850 pps.).
sobre o livro O aracniano, a ser lançado
Como existir aos olhos daqueles que não nos olham?
A partir de sua experiência singular no cuidado de crianças autistas, o poeta e pedagogo francês Fernand Deligny tateia outros modos de vida: abertos a circunstâncias, repletos de entrecruzamentos, trocas e encontros — um viver em rede, como numa espécie de teia de aranha. Não à toa, Deligny deixou sua marca na obra de Gilles Deleuze e Félix Guattari, sobretudo no conceito de rizoma. Ao longo dos 15 ensaios desta coletânea — organizada por Sandra de Toledo e com posfácio do filósofo Bertrand Ogilvie — é possível vislumbrar a radicalidade de seu pensamento, tanto através de sua escrita poética, aforística e aguda; quanto através de suas cartografias — um dispositivo astucioso para desbancar a primazia da linguagem. É nessa abordagem não invasiva, sem interpretação nem “interpelação”, numa distância deliberada em relação à psicanálise, que Deligny percorre o espaço-tempo silencioso no qual habitam crianças que não falam, que vibram diante do brilho da água e que agarram as abelhas pelas asas, sem machucá-las.
Peter Pál Pelbart é professor titular de filosofia na PUC-SP. Escreveu principalmente sobre loucura, tempo, subjetividade e biopolítica. Publicou O Tempo não-reconciliado (Perspectiva), Vida Capital (Iluminuras) e mais recentemente, O avesso do niilismo: cartografias do esgotamento (n-1 edições), entre outros. Traduziu várias obras de Gilles Deleuze. É membro da Cia Teatral Ueinzz, e coeditor da n-1 edições.
Bik van der Pol
Quinta-feira dia 1 de outubro as 19:30
Bik van der Pol
We will talk about Turning a blind eye, a programme of public workshops, events, lectures and walks during the 31st Biennale of Sao Paulo (2014) that explores different notions of the `unseen´ (the non-visible and the non-existent), and the ways in which we look at things or choose what we look at. Departing from recent events in Brazil and worldwide, the program seeked to investigate the idea of ‘publicness’ and the tensions that arise from increasing exploitation of urban and natural space.
Turning a blind eye emphasized on the temporary visibility, the ‘visible bundling’ of learning practice as the production of future capital, united in a temporary structure that not only accommodates these dynamics but also renders them visible, both as an image literally reflecting the energy going on as well as on the value of participation; a space where learning, leisure, hanging out and around and focused experiences are anticipated in continuous change. The spaces of the school were loosely ‘marked’ by a continuously transforming theatrical and performative element, a full size live-scoreboard that functions as display and stage set, animated live by activators follows the developments of the Biennale and invited the publics to become participants.Bik Van der Pol invited several universities and organisations, such as PUC, Escola da Cidade, Parque Augusta, and others, as well as the students of the School of Missing Studies to engage with the program.
Above, aside and intertwined, they will, through a few examples of their work, unfold how site-sensivity and learning is related to their artistic practice.
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Reading suggestions
http://www.amielandmelburn.
Bruno Latour, Agency at the time of the Anthropocene
http://www.bruno-latour.fr/
Bernd Scherer, The Monsters
On the concept of history, Walter Benjamin
Toward a Lexicon of Usership
A Lexicon as a Tool. Download from: http://museumarteutil.net/tools/
Bik Van der Pol work collectively since 1995. They live and work in Rotterdam (NL) Through their practice they aim to articulate and understand how art can produce a public sphere, and to create space for speculation and imagination. This includes forms of mediation through which publicness is not only defined but also created. Their working method is based on co-operation and research methods of how to activate situations as to create a platform for various kinds of communicative activities.
Bik Van der Pol’s mode of working consists of setting up the conditions for encounter, where they develop a process of working that allow for continuous reconfigurations of places, histories and publics. Their practice is collaborative where dialogue is used as a mode of transfer, understood in its etymological meaning of “a speech across or between two or more people, out of which may emerge new understandings” or “passing through”1. In fact, they consider the element of “passing through” as vital. It is temporal, implying action and the development of new forms of discourse. Their collaborative practice is both instigator and result of this method.
Recent shows and projects include:
The Power Plant, Toronto (Can); PAMM (Perez Art Museum) Miami, Jakarta Biennale, Mauritius Pavillion, Venice Bienal; Future Light, MAK, Vienna; Decolonized Skies, ADNPlatform, Barcelona (2015); Public art project, Ternitz (Austria), 31st Sao Paulo Bienale, Sao Paulo; Museum of Arte Util, Van Abbe Museum, Eindhoven; The Crime Was Almost Perfect*, Witte de With Centre for Contemporary Art, Rotterdam, Apex Art ,Decolonised Skies, NYC, CAFA Art Museum, The Missing Stories, Beijng, The Part In The Story, Witte de With Centre for Contemporary Art, Rotterdam, The Crime was almost Perfect, PAC Padiglione d’Arte Contemporanea. Milano (it) (2014); 25 years City Collections, Museum Boymans van Beuningen Rotterdam, Biennale of Mercosul, Porto Alegre, Brazil, Call of the Mall, project for Hoog Catarijne, Utrecht, CAPACETE entretenimentos ROAD/BOAT 3.1.8 at the school Xapomi, Amazon, Brazil (2013); You talking to me? 98Weeks (Beirut, Lebanon); Between a Rock and a Hard Place, Sudbury (Ca), Musagetes (2012); Living As Form, Creative Time, New York ; Accumulate, Collect, Show, Frieze Projects, Frieze Art Fair, London; (2011); Are you really sure a floor can’t also be a ceiling? ENEL Award 2010, MACRO museum, Rome (2010). It isn’t what it used to be and will never be again, CCA Glasgow; Xth Lyon Bienniale, Lyon (2009); Plug In 28, Pay Attention, Act 1, 2, 3, Van Abbe Museum, Eindhoven (2008); Xth Istanbul Biennale ; Fly Me To The Moon, Rijksmuseum, Amsterdam (2007); Secession, Vienna (2005)
Publications:
What if the moon were just a jump away? Published by Bik Van der Pol and Labin Imprint/Jan van Eijck Academie (2013); As Above, So Below (2011), published by Bik Van der Pol; It isn’t what it used to be and will never be again (2009), published by CCA Glasgow; Public Arena (2009), published by Bik Van der Pol/Context3, Dublin; Catching Some Air (2002), published by Henry Moore InstituteWith Love From The Kichen (2005), 010 publishers; Past Imperfect (2005, 2007), published by CascoProjects; Fly Me To The Moon (2006), published by Sternberg Press ; The Lost Moment (2007), self-published
Curated: Deze sokken niet wit, Van Abbemuseum (2012); Too late, too little, (and how) to fail gracefully, Kunstfort Asperen, ww.kunstfortasperen.nl (2011); Neverodoreven (2009) Piet Zwart institute in Rotterdam ; Plug In, collection Van Abbe Museum, Eindhoven (2007-2009); I’ve got something in my eye, collection Marie Louise Hessel Museum/CCS Bard (2008); Teasing Minds, Kunstverein Munich (2004); Married By Powers TENT/collection Frac Nord Pas Calais, Dunkerque (2002). Bik Van der Pol ran the temporary Master program The School of Missing Studies (2013-2015 at Sandberg Institute, Amsterdam). They are advisors at the Jan van Eijck Academy in Maastricht. Liesbeth Bik is an advisor at The Appel ICP (Amsterdam), and a tutor at Piet Zwart Institute (Rotterdam).
Jarbas Lopes, Ducha e Marssares
Quinta-feira dia 24 de setembro as 19:30
Jarbas Lopes, Ducha e Marssares
JARBAS LOPES
Nasceu em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, 1964
Vive e trabalha em Marica, Rio de Janeiro, Brasil
Bacharel em escultura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio deJaneiro.
Exposições Individuais
2015 – Elastica, Galeria Andrea Baginski, Lisboa – 2013 – A line – Park Central – Jack Tilton Gallery, New York – Vamos a Marte, Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro – 2010 – A Line, Jack Titon Gallery, New York – 2009 Padedeu, galeria Luisa Strina, Sao Paulo – 2008 Estacao Cicloviaerea, Centro Cultural Sao Paulo e Galeria A Gentil Carioca – 2007 Novas Utopias, – MAMAM – Recife – PE – Brasil – 2007 Cicloviaérea- ASU Museum of Art, Phoenix, Arizona, USA –
Exposições Coletivas
2015 – Bonne Chance, CRAC Alsace, Altkirch – Franca – 2014 – Expo 1 , MAM, Rio de Janeiro – 2011 XXI Bienal de Lyon, Franca – 32 Panorama da arte Brasileira, MAM , Sao Paulo – 2009 look.look.again., The Aldrich Contemporary Art Museum, USA – 2008 Somethink for Nothink, CAC, New Orleans, USA – 2008 Gwangju Biennial, Korea – 2006 27a. Bienal de São Paulo – SP, Brasil – 2003 Octava Bienal de La Habana, Cuba – “Materia Prima”, Novo Museu, Curitiba, Brasil
Coleções selecionadas
MOMA , Museum of Modern Art, New York , USA – Instituto Cultural Ilhotim, Minas Gerais – Bronx Museum of the Art, New York, USA – Museum Victoria Albert Museum, Londres – Arizona State University Museum – The Cisneros Fontanals Art Foundation – Henry Moore Foundation, Londres – Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM, Rio de Janeiro – Coleção Ester Emílio Carlos, Rio de Janeiro – Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais – Funarte
Casa Nuvem & Barraco#55
Quinta-feira dia 17 de setembro as 19:30
https://www.facebook.com/
Doris Criolla – Diaspoesiar
Sabado 12 de setembro
Doris Criolla* – Diaspoesiar
Das 16:30 às 22hs
Uma sessão de Doris Criolla que improvisará um sarau de poesia, com apresentações e contribuições diversas, tendo como musa a descolonização. Como todo bom sarau, “soirée”, o microfone estará aberto para quem quiser (se) pronunciar.
Quem tem medo de poesia?
Quando poesia é ação?
Como fazer coisas com palavras? (Austin)
Improvis-ação
public-ação
PERsona-FORMATo-ATIVIDADE
Poesiar
Amilcar Cabral, Aimée Césaire, Léopold Sédar Senghor, Édourad Glissant tiveram em comum não somente a paixão pela liberação africana, pela descolonização da vida, mas também partilharam o amor pelas palavras, pela literatura, pela poesia.
Diaspora e poesia? Desterritorialização e poesia? Territorialização e poesia? Independência e poesia? Amor e poesia? Africas e poesias? Américas do Sul e poesias? Criolização e poesia? Autonomia e poesia? Revolução e poesia? Vida, morte e poesia?
POWEMS
MISPELL
ME SPELL
WE CREOLE
Jantar a preços módicos, será servido;
Macaxeira & Maxixe com costela de porco; acompanha farofa;
Com a participação de:
Adeline Lépine, Andrew de Freitas, Asia Komarova, Caroline Valansi, Disk Musa Coletiva, Féliz Luna, Giseli Vasconcelos, Jennifer Fréville, Joen Vedel, Lucas Sargentelli, Maricruz Alárcon, Oliver Bulas, Refilwe Nkomo, Tanja Baudoin, Walter Reis e Amilcar Packer.

* Doris Criolla é uma máquina performativa de investigação, um seminário em andamento que tem como balizas, pesquisas etimológicas e históricas sobre os significados, usos e derivações contextuais das sinónimas palavras: crioulo (português), criollo (espanhol), créole (francês), creole (inglês). Doris Criolla se manifesta em dinámicas diversas, dentre almoços e jantares, apresentações e performances, assim como por meio de produção textual. Os encontros e sessões buscam discutir as implicacões e potências desses termos enquanto ferramentas para pensar a complexidade de processos políticos, sociais, linguísticos e alimentares em contextos coloniais – pós-, des-, de-, -para, -coloniais –, racistas e escravagistas, de extremada exploração e violência, onde paradoxalmente se instauram fenêmenos de emancipação e apropriação, subversão e incorporação, como pode ser observado nas diversas línguas, cozinhas, literaturas e músicas crioulas. A cada nova edição, Doris Criolla aborda uma de suas linhas de pesquisa
http://unegro.org.br/arquivos/
https://escrevivencia.files.
http://www3.universia.com.br/
Laura Lima
Quinta-feira dia 10 de setembro as 19:30
Laura Lima – Mineira, formou-se em Filosofia (UERJ) e frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2003, funda com Ernesto Neto e Márcio Botner, A Gentil Carioca, no Rio de Janeiro.
Participou em exposições nacionais e internacionais, entre elas, a 24ª e 27ª Bienal de São Paulo; 2ª e 3ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, RS; Instâncias To Age, Chapter Art Centre, Cardiff, País de Gales; A Little Bit of History Repeated, Kunst Werke, Berlim, Alemanha; Spectacular, Kunst Palast, Dusseldorf; Alegoria Barroca na Arte Contemporânea, CCBB-RJ; Panorama da Arte Brasileira 2001, 2007; La Centrale, Montreal; Casa França Brasil, Rio de Janeiro; 11, 12, 13 e 14 Rooms na Inglaterra, Alemanha, Austrália e Suíça, respectivamente; 11 Bienal de Lyon, Migros Gegenwartskunst, Zurique, Suíça; Lilith Performance Studio em Malmo e Bonniers Konsthall, Estocolmo, Suécia e Bonnefanten Museum, Maastricht, Holanda; Museu de Arte Moderno de Buenos Aires, SMK-National Gallery of Copenhagen, Dinamarca. Artista-Curadora Adjunta da 7 Bienal do Mercosul Grito e Escuta do Pavilhão Absurdo. Prêmio BACA para Artes Visuais dos Paises Baixos, 2014.
leituras sugeridas:
“O Diário Rosa de Lory Lamb” de Hilda Hilst
“Cães Heróis” e “Flores” do Mário Bellatin
“O Iluminado” do Stephen King.
“Teoria King Kong” da Virginie Despentes.
“A parte que falta” de Shel Silverstein.
“Casa das Feras”de Márcia Bechara.
Arto Lindsay e Anri Sala
Quinta-feira dia 3 de setembro as 19:30
Arto Lindsay e Anri Sala
Arto Lindsay é artista. Compositor, produtor e performer, gravou onze discos solo e diversos outros com as bandas DNA, Lounge Lizards, Golden Palominos e Ambitious Lovers. Produziu discos e faixas de Caetano Veloso, Marisa Monte, Laurie Anderson, David Byrne, entre outros. Colaborou com artistas visuais, tais como Vito Acconci (na performance “Women’s Business” no The Kitchen, NYC), Dominique GonzalezFoerster (na instalação “1958” na Tate Modern em 2009), Rirkrit Tiravanija ( “What Are We Doing Here?”, apresentado em Manchester e Basel). Arto realiza instalações, tais como “Noise Mass”( Milão), “I’ll Bring the Thunder” (Musée d’Art Moderne de la Ville Paris e no Multiplicidade/ Oi Futuro no Rio de Janeiro, 2009) e “Segure Este Andamento” (Inhotim, 2009). Recentemente, o artista vem juntando música, tecnologia, coreografia e elementos alegóricos no formato de desfile de rua. O primeiro, “De Lama Lâmina”, foi feito em parceria com Matthew Barney (Salvador, 2004), seguido por “I Am a Man” (Frankfurt, 2008), “Multinaural [Blackout] (Bienal de Veneza, 2009) e “Somewhere I Read” (Nova York, 2009). Participou ainda das exposições “Everstill Siempretodavía”, curadoria de Hans Ulrich Obrist (Granada, 2007/2008); “Tropicalia”, curadoria de Carlos Basualdo (MAC Chicago, MAMRJ, 2005/2006) e “Tristes Tropiques”, curadoria de Pablo Leon de la Barra (Lisboa, 2010).
Feijoada e feminismo
Feijoada: Celebração e evocação do feminismo. Dia 30/08 de 14h-21h.
Encontros e sessões de culinária também aberto a todos aqueles que desejam participar nos dias 28 de agosto, 19h – 22h e 29 de agosto, 19h – 22h no Capacete, Rua Benjamin Constant 131, Gloria – Rio de Janeiro
Com participação do Coletivo FF (Adeline Lépine, Caroline Valansi, Refilwe Nkomo, Tanja Baudoin), Aleta Valente, Aline Baiana, Ane Hupe, Bianca Bernardo, Camilla Rocha Campos, Carla Zaccagnini, Daniela Mattos, Disk Musa Coletiva, Fabiana Faleiros, Gabriela Maciel, Giseli Vasconcelos, Idalina Silva, Joen Vedel, Juliana Wähner, Kadija de Paula, Kenia nattrodt, Kiritiana Freelon, Leandro Nerefuh, Louise Botkay, Luisa Marques, Maya Inbar, Millena Lizia, Mulheres de Pedra, Nayana Sganzerla, Paola Marugane e Angela Domini, Steffania Paola (Oficina de Defesa Pessoal Digital), Thiago Andries e muito mais!
Como vivemos o feminismo? Como comemos o feminismo?
Nós, Adeline Lepine, Caroline Valansi, Refilwe Nkomo e Tanja Baudoin, gostaríamos de aprender como o feminismo se manifesta no Rio de Janeiro de hoje e também queremos aprender como se cozinha uma feijoada.
Para isso, estamos convidando “a mulher da cozinha”, uma figura tradicional que persiste e que nós não queremos esquecer. Temos que olhar para ela de novo, talvez para desconstruí-la ou reconstruí-la.
Estaremos reunidas ao redor das panelas, onde os grãos e as carnes estarão lentamente cozinhando, para juntos compartilharmos receitas e histórias. Todos podem mexer ou adicionar seu tempero. Reservamos um tempo para isso – um fim de semana – e no último dia vamos consumir coletivamente o que foi preparado e produzido nesses três dias.
No Domingo, 30 de agosto, de 14h às 21h, em uma atmosfera acolhedora e criativa, convidamos todos os gêneros a comerem a feijoada, juntamente com todos os que querem compartilhar esse momento. A comida será vendida (à um preço muito justo) e os lucros irão para uma instituição que atua apoiando mulheres.
Ingrid Hapke e Wouter Osterholt
Quinta-feira dia 20 de agosto as 19:30
Ingrid Hapke e Wouter Osterholt
Territórios contestados
O titulo resume duas palestras que enfocam distintas batalhas culturais e territoriais que tem ao seu modo grande importância no Brasil da atualidade.
Ingrid Hapke apresenta resultados da sua pesquisa acadêmica sobre o movimento atual da literatura marginal/ periférica de São Paulo. Quando a periferia invade o centro: Batalhas culturais na literatura brasileira contemporânea.
Wouter Osterholt apresenta a pesquisa artística Paraíso Ocupado sobre a primeira Urbanizacão da Barra da Tijuca.
Quando a periferia invade o centro
Ingrid Hapke falará sobre o movimento da literatura marginal/periférica contemporâneo que toma lugar principalmente nas periferias de São Paulo desde o final dos anos 90. É uma literatura feita por autores que antes foram excluídos do campo cultural brasileiro e que agora escrevem e publicam, sem mediação, na sua própria linguagem, sobre temáticas que antes pouco interessavam.
Como as práticas literárias vão muito mais além do papel ou do livro impresso, é preciso também de abranger o contexto e as práticas específicas de divulgação e publicação, como o sarau (“palcos abertos”) nos bares da periferia, o blog e as editoras alternativas.
Partindo das caracteristicas performáticas e de intervenção desta literatura, pretendem-se pensar mudanças na produção estética e nos conceitos de literatura e da arte.
Paraíso Ocupado
The presentation by Wouter Osterholt will shed light on the different stages of the Paraíso Ocupado project and its future ambition. The work in progress aims to revive a little-known architectural plan designed by Oscar Niemeyer, called Centro da Barra. This urban center was part of Lucio Costa’s master plan for Barra da Tijuca, a neighborhood in the South West zone of Rio de Janeiro. In this integrated city a varied composition of different social classes would live together. Major construction began in the late 1960s, and soon Barra da Tijuca turned into an urban El Dorado for real estate developers. Amid rampant speculation and endemic corruption, the project failed, the natural landscape got polluted and the neighborhood became a fortress of gated communities for Rio’s nouveau riche. Many of the proposed public facilities were never realized and almost everything got privatized. From a diversified neighborhood on the drawing board to a fortress of gated communities in reality, Barra da Tijuca symbolizes the takeover of private profits over public interests.
With Barra as the main center for the Olympic games it seems that history repeats itself. Over the last few years land prices have tripled and Barra is again being sold as the new paradise in similar ways as in the early seventies. As recent history shows no end to the fraudulent scams in the real estate market. the project proposes a permanent awareness of the corruption and lack of transparancy by proposing the construction of a museum dedicated to the failure of Centro da Barra. The collection of the museum is planned to consist of documents found in an abandoned archive left behind in a vacant tower in Barra.
In the end the connection -consisting of a territorial battle that manifests itself in different ways- between these two seemingly very different projects will be discussed.Also the role of the researchers/ artists and their venture into/ intervention in foreign and conflictive territories shall be reflected upon.
Paraíso Ocupado is a work in progress initiated by the artists Wouter Osterholt and Elke Uitentuis during a stay at Capacete in Rio de Janeiro in 2010. The project is further developed in close collaboration with Raphi Soifer and Ingrid Hapke. It is made possible with financial support of the Mondriaan Foundation and the Federal State of Berlin. In 2016 the project will be exhibited in Studio X Rio together with a publication (Onomatopee).
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Mini-Bios
Wouter Osterholt develops site-specific projects in which he explores the public sphere as a domain where different communities collide. By adopting a research approach similar to investigative journalism, he seeks to reveal and unravel conflicting interests that define local politics and the organization of the public. Through direct interaction with people, both bystanders and those immediately involved, the artist opens up delicate topics of debate. As a result his projects often take the shape of a public platform that activates individuals to articulate their personal relation to the political. It seeks to exceed the parameters of public dialogue and politics by entering the realm of imagination, unexpressed thoughts and dreams.
Ingrid Hapke é pesquisadora da àrea de Letras, autora. intérprete e traductora.
Passou um ano e meio fazendo pesquisa de campo nas periferias paulistanas e escreveu a sua tese de doutorado sobre o actual movimento da literatura marginal/ periférica de São Paulo na Universidade de Hamburgo/ Alemanha. Em 2013 organizou junto ao colectivo cultural Urban Artitude a primeira Semana de Literatura Marginal/periférica na Alemanha. Em 2015 será publicado Polifonias Marginais (Aeroplano Ed.) em colaboração com pesquisadores do Brasil e da Argentina reunindo as entrevistas editadas dos autores com actores e autores dos movimentos literários negros e marginais. Colabora com Wouter Osterholt em distintos projeitos artísticos.
Wendelien van Oldenborgh
Ricardo Basbaum
Quarta-feira dia 24 de junho as 19:30
“a produção de si como artista” em 4 vídeos
Ocupar um lugar como artista no tecido social implica em experimentar e administrar um ‘intervalo’ entre a ‘construção de si’ e a ‘construção de si como artista’ – nos termos da produção de um sujeito coletivo mas, sobretudo, em deixar-se ser constituído através de uma alteridade social e seus jogos de legitimação da figura do artista. Está em permanente negociação a produção de uma ‘imagem do artista’ – que se é ou se quer ser, que nos captura, ou mesmo nos coloca em fuga. É importante que se perceba que há diferentes modelos de artista sendo exercidos a cada momento.
Vídeos:
1. Egoclip 14’49” (1985)
Entre 1981 e 1990 os artistas Alexandre Dacosta e Ricardo Basbaum formaram a Dupla Especializada, realizando uma série de ações, performances e intervenções, dentro do projeto de “intervir em meios de comunicação de massa”.
2. É a questão? 10’48” (1987-1991)
Uma logomarca simples, na forma de um Olho, é disseminada pelo campus da Universidade, através da utilização de suportes como cartazes e filipetas. Este vídeo registra o trabalho desenvolvido por Ricardo Basbaum em sua temporada como artista-residente na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de abril a novembro de 1987.
3. E: anotações sobre contatos com: re-projetando + sistema-cinema + superpronome 24’00” (2003) Ações do projeto eu-você: coreografias, jogos e exercícios ocorrem em diversos espaços da Uerj, em conjunto com uma exposição individual de Ricardo Basbaum.
4. sistema-cinema: série membranosa 21’39” (2009)
Quatro câmeras de circuito fechado instaladas no hall de entrada do mam-sp.
Algumas referências:
– Michel Foucault, O Governo de Si e dos Outros, São Paulo, Martins Fontes, 2010.
____. ”About the beginning of the hermeneutics of the self – two lectures at Dartmouth”, Political Theory, Vol. 21,
nº 2, maio 1993, pp. 198-227.
– Allan Kaprow, “The education of the un-artist, part I, part II, part III”, Essays on the blurring of art and life, Berkeley, University of California Press, 1993.
– Francisco Ortega, Para uma política da amizade: Arendt, Derrida, Foucault, Rio de Janeiro, Relume-Dumará,2002.
– Vilém Flusser, “Texto/imagem enquanto dinâmica do Ocidente”, Rio de Janeiro, Cadernos Rioarte.
– Gilles Deleuze, “Décima Oitava Série: das três imagens dos filósofos”, Lógica do Sentido, São Paulo, Perspectiva, 1974.
– Ricardo Basbaum, Manual do artista-etc, Rio de Janeiro, Azougue, 2013.
– rbtxt.wordpress.com
– www.nbp.pro.br
Ricardo Basbaum é artista e atua a partir da investigação da arte como dispositivo de relação e articulação entre experiência sensória, sociabilidade e linguagem – suas ações se dão no limite de uma abordagem comunicativa para impulsionar a circulação de ações e formas. Tem desenvolvido um vocabulário específico para seu
trabalho, aplicado de modo particular a cada novo projeto. Gosta de trabalhar em projetos de longa duração, tais como Você gostaria de participar de uma experiência artística? (desde 1994), eu-você: coreografias, jogos e exercícios (desde 1998) e conversas-coletivas (desde 2010). No ano passado realizou as exposições individuais nbp-etc: escolher linhas de repetição (Galeria Laura Alvim, Rio de Janeiro) e The production of the artist as a collective conversation (Audain Gallery, Vancouver). Participou da 30ª e 25ª Bienal de São Paulo (2012, 2002), e da documenta 12 (2007). Autor de Manual do artista-etc (Azougue, 2013) e Ouvido de corpo, ouvido de grupo (Universidade Nacional de Córdoba, 2010), entre outras publicações. Professor do Instituto de Artes da Uerj. Artista residente da Simon Fraser University, Vancouver, em outubro de 2014. Professor visitante da Universidade de Chicago entre outubro e dezembro de 2013.
Les Laboratoires d’Aubervilliers
Quarta-feira 17 de junho as 19:30
Les Laboratoires d’Aubervilliers
Les Laboratoires d’Aubervilliers is a place for research and creation, for resources and experimentation, developed in intimate cooperation with its setting (from the most local to the international sense) and with its audiences, and in relationship with the artists. It invents the tools to conceive artistic practices from all fields – visual art, dance, performance, theatre, literature, etc. – viewing them as a process of learning, sharing and experiencing; an intermediary object that is capable of investigating and taking the measure of the most urgent contemporary issues, reinventing ways of being together, while taking a risk and upsetting our approach and our conception of art.
Les Laboratoires d’Aubervilliers is one of those rare places where art is never disconnected from cultural, social and political reality, one of those places committed to differences and plural identities, a place in perpetual motion that takes shape around the artistic projects that it upholds and works to defend.
Setting up projects with artists involves an often lengthy time of research, an absolute must to create strong connections between the artistic projects, the region and people. It is also this concept of time that Les Laboratoires d’Aubervilliers observes and works in in order to invent new methods for public visibility that go beyond simple exhibitions and showings of finished works.
Le Printemps des Laboratoires
Le Printemps des Laboratoires is a yearly invitation to the public. It was developed to be the ideal moment to bring up and debate, both in theory and in practice, the issues that guest artists at Les Laboratoires d’Aubervilliers address. In the form of an artistic tool, it takes place over two days and includes discussions intended to be moments for sharing, performances and workshops, on different scales and in different formats.
This meeting is the opportunity to break down the divide between audiences and specialists, to roll out a singular tool that encourages experiences of art and politics rather than representations of them, the circulation and comparison of ideas rather than their authoritative forms of transmission. While being a critical and artistic condensation and development of les Laboratoires d’Aubervilliers project, this year’s
Printemps des Laboratoires offers an opportunity to nurture research and explore a variety of current artistic, historical and critical contexts, both French and international.
The first instance of the Printemps des Laboratoires (2013), entitled “Commune, Commons, Community”, raised the issue of the commons. Second instance (2014), “Ne travaillez jamais!”, was about links that unite art and work. “Performing Opposition”, the third instance of the Printemps des Laboratoires (June 2015) will explore the forces and shapes of the revolts that left a mark on History in the past ten years, and their role in social transformations. “Performing Opposition” will be particularly interested in practices and strategies developped by artistic performances, as well as political and civil manifestations.
Performing Opposition
The third edition of the Printemps des Laboratoires, Performing Opposition, will be devoted to exploring how art relates to the ‘polis’, in opposition to instituted powers. From the emergence of avant-garde movements in the nineteenth century to artists’ engagement in more recent protest- and social revolt movements, art has been renewing its strategies and its forms of opposition. By putting into perspective certain historical and artistic legacies (agit-prop, spaßguerilla, Situationism, Indignados), Performing Opposition seeks to bring into focus a current dynamic that contributes to opening up gaps in the regulated continuum of public space in order to (re)occupy and appropriate it. The question of ‘performing public space’ is central, especially in the digital age with its changing strategies of visibility and representation. Performing Opposition will be foregrounding the antagonistic movements that reconfigure, across the globe and from one local to another, the map of a power that is now diffuse and molecular — an art that is also capable of eluding its ties to the institution in order to continue to develop therein, in spite of everything, critical and operative strategies.
This edition of the Printemps des Laboratoires will set up a dialogue between diverse experiences and perspectives. Our guests include specialists in the fields of activist movements (Brian Holmes), avant-garde movements (Marc Partouche), digital cultures (Marie Lechner, Nathalie Magnan), and also the links between theatre and political modernity (Diane Scott). These theoretical perspectives will link in with the artists’ testimonies, which will include artists engaged in popular revolts (Burak Arikan), artists participating via their practice in building communities of thought and action (Marinella Senatore), artists using the art institution to propose ways of occupying public space (Thomas Hirschhorn, Renata Lucas) or artists working in the field of theatre, literature or poetry, as a privileged site for observing society and its injustices (Motus, Nathalie Quintane). Finally, we believe it crucial to investigate these problematics from the perspective of the institution, that of the Laboratoires d’Aubervilliers, of course, which seeks to establish the conditions of emergence and support for free artistic forms, but also from the perspective of like-minded centres engaged, via the work they carry out in their site, in building a slow revolution (Beirut, in Cairo).
These discussions will take shape amid a varied programme which will include a musical accompaniment by pianist Alexey Aasantcheef, presenting a set composed of works by Cornelius Cardew, punctuated by revolutionary pieces which the audience will be invited to sing; performances by students of the Oslo Academy of Fine Art; an evening meal open to all; a screening juxtaposing contemporary films (Egyptian filmmakers Jasmina Matwaly and Philip Rizk and the Palestine-based DAAR collective) and a documentary about a major 1970s play (Paradise Now by Living Theater). Prior to this edition of the Printemps des Laboratoires, Turkish artist Burak Arikan will be running a workshop titled “Graph Commons”.
Co-director of les Laboratoires d’Aubervilliers (Paris northern suburbs) since 2013, Alexandra Baudelot has worked for several years as an exhibition curator, editor and author. In 2009 she created and managed the contemporary art platform Rosascape, an independent art centre based in Paris. At Rosascape she curated exhibitions with Katinka Bock, Ulla von Brandenburg, Raymond Gervais, Benoît Maire, Vittorio Santoro, Berger&Berger, and Adrian Dan. She is interested in production strategies, the artistic research process and reflections on the role of artwork and ways of sharing it with the public – through formats such as exhibits, performances, conferences, and publications – for all disciplines.
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Co-director of les Laboratoires d’Aubervilliers (Paris northern suburbs) since 2013 with Dora Garcia and Mathilde Villeneuve, Alexandra Baudelot has worked for several years as an exhibition curator, editor and author. In 2009 she created and managed Rosascape, a platform for contemporary creation in Paris that straddles multiple spheres as a private art centre and production unit, exploring the contexts of production and reception of works as well as their mode of display by attending to specific notions such as the question of private, intimate space vs public and political space. The decision to house Rosascape in an architecturally defined space — a private, intimate, theatrical space, playing with a tension between interior and exterior space and the domestic character of its surroundings — rather than in a neutral, ‘white cube’ type of exhibition space, stems from a will to perceptibly shift the relationship to artworks and artistic experiences. A critical awareness of the standardisation of exhibition spaces in the context of globalisation, and thus of the standardised relationship between the artwork and the public, led us to seek and occupy a site and experiential sphere of a different kind — a left-field space — and displace, in this way, our relationship to contemporary art. At Rosascape she curated exhibitions with Katinka Bock, Ulla von Brandenburg, Raymond Gervais, Benoît Maire, Vittorio Santoro, Berger&Berger, and Adrian Dan and produced several artists books. Since 2013, as co-director of Les Laboratoires d’Aubervilliers, she develops a work with Mathilde Villeneuve and Dora Garcia based on two factors — a laboratory that research, test out and experiment, and the town of Aubervilliers (at the periphery, on the outskirts, a melting pot of industrial workers, and a major site of immigration). The very particular relationship between these elements is the context in which artists-in-residence make and develop their projects. The collegial approach aims to establish collectives that enable new forms of intersubjectivity to take shape. In collaboration with the co-direction team, she works on developing novel communities that alter and transform according to the shifts and developments in their work. From the very beginning, the Laboratoires d’Aubervilliers has been committed to reducing the gap between informed and uninformed audiences, and to supporting the most complex and hybrid artistic practices while ensuring no one feels excluded. The institution is renowned for the collective productions it has generated, for fostering collaborations between artists across the entire spectrum of disciplines, and for its participatory, community-building projects involving local residents.
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Suggestion de publications et films en lien avec le Printemps des
Laboratoires #3
PERFORMING OPPOSITION
La Tribune des Laboratoires
Printemps des Laboratoires #3
Performing Opposition
Edition online : http://fr.calameo.com/read/004372567dbb8e55eab41
Multitudes n°50, Spécial soulèvements, automne 2012
Renverser l’insoutenable, Citton, Yves, 2012
Dictature des marchés, politiques d’austérité, inégalités sociales criantes, catastrophes environnementales, crises démocratiques : de toutes parts nous arrivent les signes de la fin d’un monde. Pour Yves Citton, ce sont les pressions insoutenables que nous inflige un mode de développement fourvoyé qui rendent la situation actuelle invivable. Yves Citton prend la mesure de cet insoutenable à la fois environnemental, éthique, social, médiatique et psychique et propose un nouveau vocabulaire pour nous aider à appréhender les pressions qui nous traversent et nous rendent la vie de plus en plus intenable. À la croisée de la philosophie morale et politique, de l’économie et de la théorie littéraire, cet essai drôle enlevé prend le contre-pied du misérabilisme ambiant en révélant que le renversement de l’insoutenable est déjà inscrit dans la dynamique de nos gestes les plus communs et que tout geste politique prend sa source dans ces deux questions : Comment fais-je pression sans le vouloir ? Comment faire pression en le voulant ? Attentif au rôle de l’image et à l’évolution du discours politique, Yves Citton livre ici les moyens de repenser notre place et notre action dans un processus qui apparemment nous dépasse en montrant que l’on peut tirer parti des dispositifs médiatiques plutôt que de les subir et ainsi, une fois fait le deuil du Grand Soir, de proposer des alternatives à la politique du pire. ?
Le nouvel esprit du capitalisme, Boltanski, Luc, Chiapello, Ève, 2011
Le capitalisme prospère ; la société se dégrade. La croissance du profit s’accompagne de celle de l’exclusion. La véritable crise n’est pas celle du capitalisme, mais celle de la critique du capitalisme. Trop souvent attachée à d’anciens schémas d’analyse, la critique conduit nombre de protestataires à se replier sur des modalités de défense efficaces dans le passé mais désormais largement inadaptées aux nouvelles formes du capitalisme redéployé. Cette crise, Ève Chiapello et Luc Boltanski, sociologues, l’analysent à la racine. Ils tracent les contours du nouvel esprit du capitalisme à partir d’une analyse inédite des textes de management qui ont nourri la pensée du patronat, irrigué les nouveaux modes d’organisation des entreprises : dès le milieu des années 70, le capitalisme renonce au principe fordiste de l’organisation hiérarchique du travail pour développer une nouvelle organisation en réseau, fondée sur l’initiative des acteurs et l’autonomie relative de leur travail, mais au prix de leur sécurité matérielle et psychologique. Ce nouvel esprit du capitalisme a triomphé grâce à la formidable récupération de la «critique artiste» – celle qui, après Mai 68, n’avait eu de cesse de dénoncer l’aliénation de la vie quotidienne par l’alliance du Capital et de la bureaucratie. Une récupération qui a tué la «critique artiste». Comme, dans le même temps, la «critique sociale» manquait le tournant du néocapitalisme et demeurait rivée aux vieux schémas de la production hiérarchisée, on la trouva fort démunie lorsque l’hiver de la crise fut venu. C’est à une relance conjointe des deux critiques complémentaires du capitalisme qu’invite cet ouvrage sans équivalent.
Unleashing the Collective Phantoms : Essays in reverse Imagineering, Holmes, Brian, 2008
These insurgent essays develop and critique some of the cultural and artistic projects that first arose with the worlwide wave of protests, around the turn of the millennium, against what the global South has long called neoliberalism. Dissent and the refusal of a programmed existence return continually to the street, but they also unfold in the intimacy of the imagination. Complex discourses and elaborate fictions pass through images, works, ideas and wild scenarios that hover around the edges of reality; museums, cinemas, books and theatres are only temporary homes for such things, and authors only a convenience. Times leaches away the graffiti of revolt, and the cynicism of power lays a new coat of paint. Yet still the collective phantoms return. These essays engage with the politics of aesthetics and artistic practice. They include “Cartography of Excess,” “Flexible Personality and Networked Resistance,” “Psycho-geography and the Imperial Infrastructure,” “The Revenge of the Concept,” “Artistic Autonomy and Communicaton Society,” “Reverse Imagineering,” “Transparency and Exodus,” “Three Proposals for a Real Democracy,” and more, from an author who is becoming a vital contributor to contemporary cultural theory and global political struggles.
New Public Spaces: Dissensual Political and Artistic Practises in the Post-Yugoslav Context, 2010
Other Possible Worlds : Proposals on this Side of Utopia [texte imprimé] / Rüb, Christine, Editeur scientifique. – Berlin : argobooks, 2011
Which roles can art projects, art spaces, self-organized academies and labs play in developing conceptions of the world that go beyond purely economic globalization? Projects from various parts of the world are invited to propose and test out other realities of life and world views, from small artistic attempts to social experimentation. Topics such as dealing with cultural differences, climate change, processes of levelling out and confusing complexities form the basis for a common space in which to rise questions.
The basis for Other Possible Worlds – Proposals on this Side of Utopia is a collection of ideas, concepts, models, terms, projects, kits and modes of acting. It is conceived as a pool for further projects in other parts of the world, it is open to further extension and it allows for varied formats. The NGBK is considered as a common and active space of inquiry for different formats like artistic contributions and installations, workshops, presentations, talks and video screenings.
Le Mouvement – Performing the City [texte imprimé] / Cvejic, Bojana, Auteur; Lepecki, André, Auteur; Petresin-Bachelez, Natasa, Auteur; Verwoert, Jan, Auteur. – Berlin : Distanz, 2014.
Since 1954 this quinquennial is a must in the field of contemporary art in public space. For its 60th anniversary in 2014 the Swiss Sculpture Exhibition in Biel/Bienne will replace the static presentation of artworks by performances in public space thus questioning the state of static representation and public involvement. Curated by Gianni Jetzer and Chris Sharp.
Public sphere by performance [texte imprimé] / Cvejic, Bojana, Auteur; Vujanovic, Ana, Auteur. – Berlin [Allemagne] : B_books ; Aubervilliers : les Laboratoires d’Aubervilliers, 2012. – 181p.: dessins N&B.
Cet ouvrage livre les réflexions de deux membres du collectif de Belgrade Teorija koja Hada (Walking Theory), élaborées au cours d’une résidence aux Laboratoires d’Aubervilliers. Bojana Cvejić et Ana Vujanović y explorent les manifestations de l’idéologie politique dans l’espace public, étayant leur réflexion par des exemples puisés dans l’histoire des régimes fascistes et communistes du XXe siècle, de l’ethno-nationalisme serbe et du système capitaliste néolibéral. S’éloignant d’une critique linguistique de l’idéologie basée sur une analyse de l’acte discursif, elles suggèrent qu’elle est incarnée et performée par les corps, notamment sous la forme de chorégraphies collectives et individuelles.
L’imaginaire de la Commune, Kristin Ross, ed. La Fabrique, 2015 : Traduit de l’anglais par Étienne Dobenesque
William Morris, Élisée Reclus, Pierre Kropotkine : ce ne sont pas les premiers noms qui viennent à l’esprit s’agissant de la Commune de Paris. S’ils tiennent dans ce livre un rôle important, c’est que pour Kristin Ross, la Commune déborde l’espace-temps qui lui est habituellement attribué, les 72 jours écoulés et les fortifications sur lesquelles elle a combattu. L’Imaginaire signifie que cet événement révolutionnaire n’est pas seulement international mais qu’il s’étend bien au-delà du domaine de la politique, vers l’art, la littérature, l’éducation, la relation au travail. Ce n’est pas un hasard si les trois personnages principaux du livre sont un poète-artiste, un géographe et un scientifique-anarchiste russe : la Commune n’est pas un simple épisode de la grande fable républicaine, c’est un monde nouveau qui s’invente pendant ces brèves semaines, un monde qui n’a pas fini de hanter les uns et d’inspirer les autres.
Eric Hazan, La dynamique de la révolte, Sur des insurrections passées et d’autres à venir, La Fabrique éditions, mars 2015
Partout dans le monde les peuples se rebellent. Partout en Europe, les peuples se révoltent. Sauf en France… Le seul pays occidental à se doter d’une loi de surveillance de ses citoyens digne des pires dictatures, sans que cela ne provoque d’explosion de colère -à peine une vague d’inquiétude vite rabrouée par des socialos plus réactionnaires que jamais.
Partout dans le monde les peuples tentent de se saisir de leur destin. Sauf en France, où aucune révolution ne paraît possible. Où il ne se passe rien. Bien que le quotidien y devienne invivable. Faut-il repenser l’action commune ?
Eric Hazan s’est penché, moins sur cette question que sur celle du surgissement de l’étincelle qui viendra à coup sûr mettre le feu à la plaine française.
Living as Form: Socially Engaged Art from 1991-2011 by Nato Thompson, 2012
Over the past twenty years, an abundance of art forms have emerged that use aesthetics to affect social dynamics. These works are often produced by collectives or come out of a community context; they emphasize participation, dialogue, and action, and appear in situations ranging from theater to activism to urban planning to visual art to health care. Engaged with the texture of living, these art works often blur the line between art and life. This book offers the first global portrait of a complex and exciting mode of cultural production–one that has virtually redefined contemporary art practice. Living as Form grew out of a major exhibition at Creative Time in New York City. Like the exhibition, the book is a landmark survey of more than 100 projects selected by a thirty-person curatorial advisory team; each project is documented by a selection of color images. The artists include the Danish collective Superflex, who empower communities to challenge corporate interest; Turner Prize nominee Jeremy Deller, creator of socially and politically charged performance works; Women on Waves, who provide abortion services and information to women in regions where the procedure is illegal; and Santiágo Cirugeda, an architect who builds temporary structures to solve housing problems.
Living as Form contains commissioned essays from noted critics and theorists who look at this phenomenon from a global perspective and broaden the range of what constitutes this form.
Théâtres en lutte : le théâtre militant en France des années 1960 à nos jours, Olivier Neveux, ed. La Découverte, 2014
Depuis les années 1960, de nombreuses expériences théâtrales ont revendiqué en France un clair dessein politique. Inscrit au cœur des luttes (anti-impérialistes, ouvrières, féministes, immigrées, homosexuelles, altermondialistes, etc.), ce théâtre militant s’est donné pour but de contribuer, à sa manière, aux combats d’émancipation de son temps. Injustement déprécié ou ignoré, il constitue pourtant tout un pan de l’histoire théâtrale. Et c’est cette histoire inédite et passionnante que l’on découvrira dans cet ouvrage extrêmement documenté. Comment représenter la colère, l’injustice et l’espérance ? Quelles formes pour dire la lutte ou expliquer les mécanismes du capitalisme ? Et à qui de telles représentations doivent-elles être destinées ? Contrairement aux idées reçues, le théâtre militant n’a jamais cessé d’inventer des solutions dramaturgiques et scéniques pour mettre en scène le présent : un présent à transformer. Héritier d’Erwin Piscator, de Bertolt Brecht et des troupes d’agit-prop soviétiques, ce théâtre n’est pas homogène : il est traversé d’options politiques et esthétiques diverses, voire contradictoires, d’Armand Gatti à Augusto Boal, en passant par Alain Badiou, André Benedetto et de nombreux collectifs (la Troupe Z, Al Assifa, le Levant, le Groupov…). Revenir sur ces propositions, sur leurs richesses et leurs impasses, c’est tout autant s’opposer à l’oubli que tenter d’ouvrir des pistes pour le théâtre militant d’aujourd’hui.
Politiques du spectateur : les enjeux du théâtre politique, Neveux, Olivier, 2013
Face au monde, ses crises et son devenir, un théâtre s’invente. Il réagit, dénonce, explique, illustre, propose : ce théâtre est politique. À ce titre, il s’inscrit dans une longue histoire, bien souvent déconsidérée : celle d’un théâtre qui prend acte des batailles de son temps. Mais ce théâtre d’aujourd’hui n’est pas homogène, il défend des orientations politiques dissemblables et fait en particulier de la place accordée au spectateur le lieu d’enjeux différents. En effet, la politique au théâtre se découvre aussi, de façon décisive, dans le rapport que le spectacle entend entretenir avec son spectateur. C’est à travers ce prisme qu’Olivier Neveux propose d’analyser le champ théâtral politique à l’heure du néolibéralisme. Comment le théâtre « transgressif » conçoit-il ses spectateurs ? Quelles facultés le théâtre « postdramatique » entend-il solliciter ? Que nous apprennent ces volontés de brusquer, sensibiliser, éclairer, mobiliser le spectateur ? Dans leur diversité, quelles conceptions de l’émancipation tous ces théâtres soutiennent-ils ? Car c’est bel et bien une interrogation sur la possibilité de l’émancipation et la part que peut y prendre le théâtre qui anime cet ouvrage : celle du spectateur, de l’artiste et de l’oeuvre émancipés. Réfléchir aux politiques du spectateur signifie alors s’intéresser tout autant aux politiques que le théâtre défend, à celles qu’il applique et aux définitions implicites qu’il propose, par là, de la politique.
Performing Opposition : Modern Theater and the Scandalized Audience by Neil Blackadder
Modern theater history is punctuated by instances of scandalized audience members disrupting and in some cases suspending the first production of a new play. Such incidents are usually dismissed as riots, as self-evident displays of philistinism. Neil Blackadder’s intriguing new study reveals them in fact to be multifaceted conflicts, showing the ways in which these protesters-acting against plays by such notables as Jarry, Synge, and Brecht-creatively devised and enacted resistance through verbal rejoinders, physical gestures, and organized group demonstrations.
Performing Opposition draws on reviews, memoirs, interviews, and court records to present engaging and insightful accounts of these clashes—clashes that Blackadder proposes as a unique and distinct category of event in a time when unprecedentedly restrained norms of auditorium behavior coincided with a regeneration of writing for the stage. Offering the first detailed examination of affronted theatergoers’ counter-performances, the volume represents an intriguing illumination of a largely overlooked aspect of performed drama and its history.
Le théâtre des opprimés, d’Augusto Boal, 1971
L’être humain devient humain quand il invente le théâtre. La profession théâtrale, qui appartient à quelques-uns, ne doit pas cacher l’existence et la permanence de la vocation théâtrale, qui appartient à tous. Le théâtre est une vocation pour tout être humain.
Le théâtre de l’opprimé est un système d’exercices physiques, de jeux esthétiques, de techniques d’images et d’improvisations spéciales, dont le but est de sauvegarder, développer et redimensionner cette vocation humaine, en faisant de l’activité théâtrale un outil efficace pour la compréhension et la recherche de solutions à des problèmes sociaux et personnels.
Les années 10 de Nathalie Quintane (ed. La Fabrique), 2014
Marc Partouche, La ligne oublié, ed. Al Dante, 2004
De la « vie de bohème » au situationnisme, une histoire de l’art surprenante et indispensable : celle des regroupements dits « secondaires » qui n’ont cessé, depuis le milieu du XIXe siècle, de saper l’ordre social et culturel. Des Hydropathes au Surréalisme, en passant par le cabaret du Chat Noir et la Pataphysique, Marc Partouche renoue le fil subversif et humoristique liant la modernité du XIXe siècle et les avant-gardes du XXe.
La « lignée oubliée » est celle des artistes classés comme « mineurs » par une histoire officielle qui oppose systématiquement sérieux et humour, culture haute et culture basse. Refusant l’académisme sclérosant, Marc Partouche s’attache à ces pratiques artistiques nées dans les cabarets de Montmartre et Saint-Germain-des-Prés, et considérées comme inassignables et infréquentables : l’art de la Bohème, des Hydropathes à Fluxus en passant par le lettrisme et le surréalisme, des salons caricaturaux du XIXe aux foires internationales d’Art contemporain du XXe siècle.
Playgrounds, Reinventing the square, ed. Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía and Siruela, 2014
Judith Butler : Excitable Speech. A Politics of the Performative
http://monoskop.org/images/5/54/Butler_Judith_Excitable_Speech_A_Politics_of_the_Performative_1997.pdf
Walter Lippmann, Public Opinion (1922)
Walter Lippmann, Phantom Public (1925)
John Dewey, Le public et ses problèmes (1927)
Jürgen Habermas, L’espace public (1962)
Hannah Arendt, La condition humaine (1958 – cf distinction faite entre sphère privée et public)
Judith Butler, Qu’est-ce qu’une vie bonne (2012) – un résumé du livre là: http://www.franceculture.fr/emission-l-essai-et-la-revue-du-jour-judith-butler-revue-vacarme-2014-05-06)
Bojana Cvejic, Ana Vujanovic, Public Sphere By Performance (2012, publié par Labos)
Hannah Davis Taïeb et autres, Espaces publics, Paroles publiques au Magrheb et au Machrek, 1997
Dorothea von Hantelmann, How to Do Things with Art – The Meaning of Art’s Performativity
Jan Zienkowski, Analysing political Engagement
J.L Austin, How TO DO Things With Words
Augusto Boal, Theater of the Oppressed
Hacker, Hoaxer, Whistleblower, Spy / The many faces of the anonymous
Mikkel Bolt Rasmussen & Jakob Jacobsen, Expect Anything, Fear Nothing / The Situationnist Movement in Scandinavia and Elsewhere
Molly Sauter, The Coming Swarm
Schechner, Performance theory
Film online
Paradise Now : The Living Theatre (1969)
Marty Topp et Melvin Clay [ 46 mn ]
http://ubu.com/film/living.html
Common Assembly: Deterritorializing the Palestinian Parliament
DAAR [ 15 mn ]
http://www.decolonizing.ps/site/
Out on the streets (2013)
Jasmina Metwaly et Philip Rizk [ 70 mn ]
Mirada ao Norte, por Giseli Vasconcelos
Quarta-feira, dia 10 de junho as 19:30
Mirada ao Norte é a primeira edição de encontros e situações que abordam o Norte – às proximidades da linha do Equador, ou um Norte, de sensores, sabores e pensamentos. Para esta edição — na cozinha Roosivelt Pinheiro, entre o Polígono da ARTE, as redes, a maniçoba e o piracuí – batucação, storytelling e performances por CAPACETE Entretenimentos.
— Prato: maniçoba (também em versão vegana), bolinhos de piracuí, sacolés (chopp) de coco e cupuaçu.
Mirada ao Norte is the first edition of meetings to discuss the NORTH – bordering the Equator Line, or a northward of sensors, flavors and thoughts. For this edition — in the kitchen, the chef Roosivelt Pinheiro talking about Polígono da ARTE, fishing nets, maniçoba and piracuí (dry fish flour), batucação, storytelling and performances by Capacete Entretenimentos.
— Dish: maniçoba (plus vegan version), fried balls of piracuí, sacolés (chopp) de coco e cupuaçu.
Daniela Castro & Anne Szefer Karlsen
Quarta-feira dia 3 de junho as 19:30
Self Organised, now available in Portuguese
Para a fala desta quarta aconselhamso a leitura de: Self-organisation as Institution? Anne Szefer Karlsen
http://www.szefer.net/index.php?/projects/self-organisation-as-institution/
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Daniela Castro is a writer and curator based in São Paulo. A graduate in Art History from University of Toronto (2003/Canada). She is currently co-curating the 3rd Aichi Triennial (Japan), has co-curated with Jochen Volz The Spiral and the Square: exercises on translatability at Bonniers Konsthall, Stockholm, which interchanged and travelled to Trondheim and Kristiansand, both in Norway (2011-12). Curated A Radically Condensed History of Post-Industrial Life LADO A/LADO B, an exhibition in LP format for the “Impossible Show” at El Spacio, Madrid, Spain (2010-11) and the TEMPORARY GALLERY in Köln, Germany (ongoing). Curated Lights Out, the inaugural exhibition at the Museum of Image and Sound – MIS (2008/São Paulo). Conceived and curated the Recombining Territories, an itinerant and interchanging exhibition that’s travelled seven capitals of Brazil (2006-2010). She’s been publishing widely in national and international art publications, and taught workshops on art writing and curatorial practices throughout Brazil. Published her first book, co-authored with Fabio Morais, titled ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, assim mesmo, em CAIXA ALTA e sem notas de roda-pé (Florianópolis: Par(ent)esis Art Book Publisher, 2010).
Anne Szefer Karlsen was curator for Lofoten International Art Festival – LIAF 2013 (with Bassam El Baroni and Eva Gónzalez-Sancho) and Associate Curator for Research and Encounters, Biennale Bénin 2012 (Artistic Director Abdellah Karroum). In 2015 she is the curator of the 8th Norwegian Sculpture Biennial. As Director of Hordaland Art Centre in Bergen, Norway (2008-2014) she curated several exhibitions and seminars, as well as further developed its residency programme. She initiated, and is Series Editor of, the book seriesDublett – a book series of twin publications consisting of a new artist book by and an anthology of commissioned texts on contemporary artists (2012-2015) and co-edited Self-Organised (Open Editions/Hordaland Art Centre, 2013, with Stine Hebert). Her interests are in artistic and curatorial collaborations as well as developing the language that surrounds art productions of today, linguistically, spatially and structurally.
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Recomended reading
http://www.generation-online.
http://eipcp.net/transversal/
http://www.szefer.net/index.
http://www.generation-online.
http://digamo.free.fr/dhbrief.
Antônio Dias
Quarta-feira dia 27 de maio as 19:30
Território Liberdade
O filme Território Liberdade será exibido e discutido com o António Dias. O filme é dirigido por Roberto Cecato (2004).
Manuela Moscoso
Quarta-feira dia 20 de maio as 19:30
Senna & Jones & Navarro: o fazer e o feito
Em 1931, Alfred North Whitehead retoma a noção de concern [1] tal como utilizavam os quakers [2] para conceber uma relação dinâmica, provocativa e oscilante entre sujeito e objeto. Graças a esta referência, Whitehead propõem as relações do sensível com base na estrutura da experiência, que, somente com o exercício da abstração, concretiza-se cognitivamente. O conceito de concern desestabiliza o equivalente e estabelecido sujeito/objeto por conhecedor/conhecido para entende-lo como um evento onde o sujeito não é estável nem o objeto permanente, onde os efeitos são sempre produzidos por provocações. Assim, o conhecimento entre entidades não se restringe necessariamente aos seres humanos.
A conversa será sobre o fazer e o feito e centra-se em nosso entender do que pode ser “coletivo”, intercedida por três casos contemporâneos extraídos da cultura visual e da arte de sacudir, dinamizar ou problematizar nosso entendimento do que é fazer e o que é feito com a finalidade de gerar esquemas dinâmicos dentro dos quais se pode promover e falar sobre o pensar artístico.
[1] texto original em espanhol utiliza a expressão da língua inglesa concern, pode ser traduzido como preocupação.
[2] texto em espanhol utiliza-se cuáqueros, em português denomina-se quaker ou quacre, movimento protestante britânico do século XVII.
Jorge Menna Barreto
Quarta-feira dia 13 de maio as 19:30
Paladar desterrado
Tatiana Roque
Quarta-feira dia 6 de maio as 19:30
Subjetivações e ação diagramática no capitalismo contemporâneo: a necessidade de um diagnóstico para além do humano, da representação e da linguagem
Tatiana Roque é professora da UFRJ, trabalha com filosofia francesa contemporânea, história e filosofia da ciência. Escreveu História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas, Zahar, 2012.
Acácio Augusto
Quarta-feira 29 de abril as 19:30
– Anarquia como antipolítica e experimentação ético-estética.
Acácio Augusto
Doutor em Ciências Sociais (Política) pela PUC-SP e pós-doutorando com bolsa CAPES no Mestrado de Sociologia e Política da UVV (Universidade de Vila Velha), pesquisador no Nu-Sol (Núcleo de Sociabilidade Libertária da PUC-SP) e no NEUS (Núcleo de Estudos Urbanos e Socioambientais da UVV). Autor de Política e polícia: controles, cuidados e penalizações de jovens, Editora Lamparina, Rio de Janeiro, 2013
A anarquia é uma força política que, na história moderna, rompeu os limites representativos colocados pelo e em torno do Estado. Suas lutas não visam toma-lo ou reformá-lo, mas abolir o Estado. Para isto, os anarquistas colocam a urgência de abolir o poder em nós. Mais que uma utopia política, trata-se de uma prática associativa que valoriza e revolta e a produção de experimentações ético-estéticas para uma vida em combate com as forças que buscam governar as condutas. Proponho uma conversação a partir da exposição de experiências educacionais, de feitura de jornais, associações culturais e vida de alguns militantes, colidas ao longo da história, para questionar em torno da pertinência da anarquia hoje como modo de vida, uma força antipolítica que habita a existência de corpos em revolta.
Textos sugeridos para leitura:
Acácio Augusto. Política e antipolítica: anarquia contemporânea, revolta e cultura libertária. Tese de Doutorada. São Paulo: PUC-SP, 2013.
Edson Passetti & Acácio Augusto. Anarquismos e educação. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2008.
Christian Ferrer. “Átomos soltos – a construção da personalidade entre os anarquistas no início do século XX” In Revista Verve. São Paulo: Nu-Sol, vol. 5, 2004, pp. 157-184.
Pietro Ferrua. “Jonh Cage, anarquista fichado no Brasil” In Revista Verve. São Paulo: Nu-Sol, vol. 4, 2003, pp. 20-31.
Fabiane Borges
Amilcar Packer & Jarbas Lopes
Holmes Wilson
Quarta-feira dia 8 de abril as 19:30
Holmes Wilson é parceiro amoroso de Giseli Vasconcelos, artista do programa anual Capacete 2015. Durante o dia, sua rotina é organizar pessoas para lutar por uma Internet melhor, como fundador da organização Fight for the Future: fightforthefuture.org. Durante a noite (tipicamente às quartas) ele canta karaokê.
Karaokê começou como uma simples paixão que logo se tornou um vício, uma terapia, um trabalho, uma tatuagem e uma video performance interativa – chamada Karaokecrime, que New York Times declamou como “um energético one-man cospe-fogo num interativo cantar junto…inspirando um mix de entusiasmo e reação súbita”.
Primeiro, Holmes apresentará seu trabalho.
Segundo, haverá 20 minutos de performance interativa (karaokecrime).
E ao fim, uma noite de karaokê com songbooks completos, pedidos e performances de artistas e convidados do Capacete.
obs.: Esta não é uma noite sobre karaokê, isto vai além do karaokê, mas também *é* um karaokê. Isto é, você pode trazer seus amigos, comer, beber e cantar junto. Nós prometemos.
Pedro de Niemeyer Cesarino
Quarta-feira dia 1 de abril as 19:30
Pedro de Niemeyer Cesarino é professor do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo.Publicou recentemente os livros Oniska – poética do xamanismo na Amazônia (Editora Perspectiva, 2011,3o lugar do Prêmio Jabuti de Ciências Humanas), e Quando a Terra deixou de falar – cantos da mitologia marubo(Editora 34, 2013), além de artigos e textos literários. Tem desenvolvido pesquisas sobre etnologia indígena e interfaces entreantropologia, literatura e arte.
Leandro Nerefuh
Quarta dia 18 de março as 19:30
Leandro Nerefuh
The Telepathic Motion Picture of ‘The Lost Tribe’
Sinopse: Com o propósito de contribuir para a evolução social e humana no continente americano, empreendemos a expedição telepática ou psicocênica da tribo perdida, que somos nós. Nós que habitamos os trópicos e fomos enganados pela promessa de progresso e crescimento anual. Começamos nossa jornada beyond caverna. Nosso sentido evolucionário não principia no mocó de pedra, em volta da fogueira, e na imitação da caça animal nos chapadões. Tampouco na grande descida da árvore nas florestas, que aparenta o humano ao macaco em busca do missing link. Seguimos a deusa branca da selva, que vem pregar uma nova insurgência telúrica. Profere Umbelina:
O humano beyond-caverna é o sentido da terra
Exorto-vos a permanecerem fiéis à terra
e a não acreditar em quem vos fala de esperanças supraterrestres.
O humano beyond-caverna só poderá existir na terra e com a terra.
Leandro Nerefuh (1975) vive em São Paul / Brasil – Graduado em História da Arte (Goldsmiths College, 2007) e mestrado em Estudos Culturais (London Consortium, 2009), Leandro trabalha com a tradução formal de material histórico, com especial interesse pela América Latina. Desde 2009, apresentou projetos em W139, Amsterdam; MAM – SP; Zacheta Galeria Nacional, Varsóvia; Palácio das Artes, Belo Horizonte; 30 Bienal de São Paulo; Festival Sesc VideoBrasil; CCSP, São Paulo; Museu Reina Sofia, Madrid; ICA, Londres; CCCB, Barcelona, entre outros. Leandro é membro- fundador do PPUB, Partido pela Utopia Brasileira, atuante no Brasil, Paraguai e Uruguai.
Leitura indicada por Leandro Nerefuh
Kodwo Eshun, More Brilliant than the Sun: Adventures in Sonic Fiction
Oswald de Andrade, Obras Completas Volume 6
(os textos: A crise da Filosofia Messiânica e A Marcha da Utopia)
Waly Salomão, Babilaques e Alguns Cristais Clivados (ou qualquer outro dele)
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Andrea Fraser
[gview file=”http://capacete.org/wp-content/uploads/2015/08/CAPACETE20ANOS-PAGINAS-andrea.pdf”]
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