Sallisa Rosa

Sallisa Rosa é natural de Goiânia – Goiás, atualmente vive no Rio de Janeiro. Atua com a arte como caminho e experiências intuitivas, ficção, identidade e natureza, sua prática circula entre fotografia e vídeo, mas também instalações e obras participativas.

Passando pela peneira.
Passar pela peneira, ou peneirar, é um fazer culinário mas também uma expressão que de onde eu venho explica um processo psicológico de apuramento. Passo pela peneira como experimentação artística e proponho: o que muda quando a peneira é outra? Busco estabelecer diálogo entre vivência alimentícia já que o ato de cozinhar é uma ação em essência colaborativa, e que com o processo de colonização essa ação foi deslocada para o plano servil. Desta maneira também posso fazer interlocução com o espaço do museu e com outros artistas sobre o universo da alimentação e o espaço da cozinha, afinal como é a cozinha do museu, o que tem, como é ocupada e compartilhada, em que situação, quem come o quê? Quem serve? Quem é servido? A indústria alimentícia tenta minar a culinária do dia-dia, e quanto menos se cozinha mais se perde da tradição da comida, isso também implica em perda de conhecimentos, de saberes, de biodiversidade e do fortalecimento de relações.Considerando que o agronegócio é um grande inimigo, a arte de devorar pode ser uma contranarrativa que nos sustente um pouco mais para lutar.

Selecionada ao Programa de Bolsa de Pesquisa MAM | CAPACETE no eixo Museu e biodiversidade.


Napê Rocha

Napê Rocha investiga práticas e poéticas de artistas negres, corporeidades negras e arte contemporânea a partir das vias prática+teórica e crítica nas artes visuais. A encruzilhada mobiliza seu trabalho orientado pela aspiração de refletir sobre as posições ocupadas por pessoas negras no campo das artes visuais a partir de uma prática anti-racista e anticolonial, bem como de inventariar sabedorias e tecnologias que possibilitem a continuidade das existências negras em meio a diáspora e no terreno da arte. Atualmente é doutoranda em Arte e Cultura Contemporânea (PPGArtes-UERJ).

Sua proposta para o Programa de Bolsas de Pesquisa MAM | CAPACETE pretende produzir apontamentos críticos em torno da produção de narrativas curatoriais nas artes visuais a partir de um mergulho no interior das encruzilhadas. A encruzilhada é entendida como: 1) uma espacialidade produtora de singularidades e vitalidades que induz à criação através de seus trânsitos, encontros, jogos de negociações, dissensos, contradições e da polifonia que lhe é característica; 2) uma lente que ordena a leitura dos elementos simbólicos oriundos das culturas africanas e afro-diaspóricas a partir de seu próprio interior. A pesquisa pretende caminhar em direção às possibilidades coletivas de elaboração de noções sobre o campo da arte, os fazeres artísticos, formas de curadoria, produção de conhecimento e contranarrativas assentadas em sabedorias e práticas ancestrais e anticoloniais mobilizadas como posicionamento ético em relação ao campo das artes visuais.

Selecionade ao Programa de Bolsa de Pesquisa MAM | CAPACETE no eixo Arte africana diaspórica.


Maria Lucas

Maria Lucas, artisticamente também conhecida como Ma.Ma. Horn, é uma travesty multiartista carioca. Mestra em Artes da Cena pela ECO-UFRJ e Miss Simpatia, Teatro Rival2018, busca interseções entre ficção e realidade em sua arte-vida.

“Trava-Nius, o jornalzim das travestys “
O projeto busca criar um rabisco na construção imagética socialmente alocada nas corpas de travestys e mulheres trans brasileiras. É um jornal atemporal q busca (re)construir narrativas para corpas trans-femininas, revertendo os lugares de poder ocupados por corpos Cis-Centrados. Busca-se borrar Manchetes, construindo manifestações que cerceiem, ou não, o campo da ficcionalidade.

Selecionada ao Programa de Bolsa de Pesquisa MAM | CAPACETE no eixo Espaços de arte experimentais e espaços de arte autônomos.


Idjahure Kadiwel

Idjahure Kadiwel (1990) nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e pertence aos povos Terena e Kadiwéu (MS). É poeta, editor, tradutor e antropólogo, graduado em Ciências Sociais pela PUC-Rio (2016) e mestre em Antropologia Social pelo PPGAS do Museu Nacional/UFRJ (2020). Em sua dissertação de mestrado retratou a trajetória de vida de seu pai Mac Suara (1962), o primeiro ator indígena no cinema brasileiro, que estreou nas telas em 1985, com Avaeté: Semente da Vingança, tendo sido também um dos fundadores do Núcleo de Cultura da União das Nações Indígenas e da Aliança dos Povos da Floresta. Desde 2016 é correspondente da Rádio Yandê, a primeira web rádio indígena no Brasil. É editor da coleção Tembetá (Azougue Editorial/Revistas de Cultura), projeto editorial que teve o objetivo de visibilizar a trajetória e o pensamento de diferentes personalidades do movimento indígena no Brasil, com 9 livros de entrevistas publicados entre 2017 e 2019; e atualmente do catálogo da exposição de artes indígenas Véxoa: Nós sabemos, sob curadoria de Naine Terena, na Pinacoteca de São Paulo.

O projeto preliminarmente intitulado Perspectivas audiovisuais indígenas em movimento parte de algumas questões que surgiram no processo de pesquisa de minha dissertação de mestrado em Antropologia Social, em meio ao exame do contexto de emergência do movimento indígena e da representação indígena nas telas, no percurso de escrita da história de vida de um ator Kadiwéu. Naquele processo, percebia como um conjunto de filmes ao final da década de 1970 e 1980, como Terra dos Índios (Zelito Viana 1978), Raoni (Dutilleux e Saldanha 1978), Conversas no Maranhão (Andrea Tonacci 1983) e Avaeté: Semente da Vingança (Zelito Viana 1985) – todos restaurados em anos recentes – se constituem em documentos que inauguram o testemunho de uma crescente ocupação dos povos indígenas e de suas vozes nas telas, anteriores e até mesmo inspiradores do movimento iniciado com o Vídeo nas Aldeias. As produções audiovisuais, para além da divisão entre fatos e ficções, dão expressão de que os povos indígenas emergem nas telas para tratarem, não do Brasil, mas da defesa de suas terras. Esse estudo propõe esboçar uma breve análise da produção audiovisual indígena contemporânea por meio da análise estética de um conjunto de filmes (a partir de Silva 2020 e de catálogos de festivais a serem pesquisados) e do contexto cultural de suas produções, em um balanço crítico entre a memória, o cinema e os povos indígenas.

Selecionado ao Programa de Bolsa de Pesquisa MAM | CAPACETE no eixo Saberes e causas indígenas.


Caio Calafate e Pedro Varella

Caio Calafate e Pedro Varella são fundadores do gru.a (grupo de arquitetos), atelier baseado no Rio de Janeiro. Desde sua formação em 2013, elaboram projetos e obras de diversas escalas e naturezas, com especial interesse na interseção entre os campos da arquitetura e da arte contemporânea. Sua prática é estruturada através da relação entre Pesquisa, Projeto e Ensino, sempre buscando um estreito contato com as instituições, público e parceiros envolvidos. Dentre os trabalhos desenvolvidos através do gru.a destacam-se COTA 10 (2015), De ONDE NÃO SE VÊ QUANDO SE ESTÁ (2018), RIPOSATEVI (2018) e A PRAIA E O TEMPO (2019). Caio é arquiteto formado pela PUC-Rio (2010) e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Design da Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ. É mestre em Projeto de Arquitetura pela PUC-Rio (2015). Foi editor da Revista Noz entre 2007 e 2010. Desde 2015 é professor de projeto do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula. Pedro é arquiteto formado pela FAU/UFRJ (2011) e mestre na área de teoria, história e crítica do projeto no PROARQ-UFRJ (2016). Possui formação complementar pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) onde estudou entre 2007 e 2010. É co-autor do livro Rio Metropolitano: guia para uma arquitetura, publicado em 2013. Desde 2015 leciona no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula e desde 2017 no IED-rio (instituto europeo di design).

Museu, Parque e Chão.
Morros cortados por pedreiras, montanhas desmontadas, aterros de grandes proporções e lagoas soterradas por debaixo do asfalto são algumas das operações que constituem a cultura de transformação da natureza empreendida com radicalidade e violência no curso da expansão urbana do Rio de Janeiro. A construção do MAM-RJ foi viabilizada por uma dessas obras, consequência dos sucessivos aterros realizados com terras provenientes do desmonte de morros da região central, oferecendo assim um novo chão para a cidade. Este chão — cujas potências e latências nos interessa investigar — conforma hoje um imenso sítio artificial. O chão, por um lado, pode impermeabilizar as relações entre a matéria física que constitui sua base e o mundo das ideias que está para cima dele. Por outro, tem também o poder de estabelecer uma política de relação entre esses domínios, um potente dispositivo de fricção entre a arquitetura e o lugar onde ela está implantada. Das explorações críticas sobre a arquitetura do MAM-RJ parece que, no que se refere às tensões entre arquitetura e solo, ainda cabe investigação mais aprofundada. Por isso, pretendemos escavar o campo de possibilidades que se abre nas lacunas deste chão: simultaneamente museu, parque e cidade.

Selecionados ao Programa de Bolsa de Pesquisa MAM | CAPACETE no eixo Arquitetura do MAM, urbanismo, paisagismo do Parque do Flamengo.


Érika Lemos e Gustavo Barreto

Érika Lemos Pereira é mulher cis, preta, de família popular e moradora de Campo Grande. Bacharela em História da Arte pela EBA/UFRJ e licenciada em Artes Visuais pela CEUCLAR. Educadora e pesquisadora. Investiga a interseção entre Artes Visuais, Educação e Trabalho.

Gustavo Barreto é cria de Irajá e Madureira. É licenciado em Artes Visuais – UERJ e mestrando pelo PPGARTES-UERJ. Atua como educador, curador e pesquisador. Seu interesse perpassa as relações entre Arte, Educação, Curadoria e Políticas Públicas Culturais.

A pesquisa tem como objeto a história da Educação no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio). Tem como finalidade investigar a criação e o desenvolvimento do Programa Educativo do MAM enquanto núcleo multiplicador da Arte e Educação, tendo como foco o protagonismo das educadoras que fizeram parte do museu, em diferentes períodos, contextos e gestões, e que possibilitaram inúmeras práticas educativas em diversos lugares. O projeto pretende elaborar uma cronologia do Programa Educativo do MAM, abordando suas principais concepções pedagógicas, bem como identificar e dialogar com as pessoas que cooperaram ao longo do programa.

Selecionades ao Programa de Bolsa de Pesquisa MAM | CAPACETE no eixo Arte e pedagogia, educação formal e informal.


Bruna Camargos

Historiadora, educadora e pesquisadora, mestre em História Social da Cultura. Suas vivências têm dialogado com movimentos sociais e mediação cultural, na interface entre educação, museu, cidade e território. As principais linhas de pesquisa incluem: História Social da Cultura, com ênfase em educação e cultura na América Latina; História intelectual; política cultural; democratização; democracia cultural; processos e práticas pedagógicas decoloniais.

Sua pesquisa tem como objetivo investigar experiências instituintes nas relações entre museus de arte, territórios e agenciamentos comunitários. Se compreende como experiências instituintes a instauração de processos que se orientam em aprendizados com os públicos, colocando em prática um novo modo de fazer e pensar as pedagogias nos e com os museus e sua função social. A partir da investigação das práticas de programas educativos com os territórios no qual estão inseridos, entoa-se as seguintes questões: é possível mapear transformações nos modos de fazer e pensar que escapem ao imperativo disciplinador e colonizador, presentes nas origens dos campos da educação, cultura e museus? As experiências com os públicos são capazes de gerar uma revisão epistemológica e reinvenção metodológica em resposta a ideia de sujeitos precários e precariedade dos públicos construída pelos próprios museus? Partindo do estudo de casos, experimentações propositivas e investigações documentais em museus latino-americanos pretende-se discutir a agência dos públicos na revisão historiográfica, elaboração estética e crítica no e com os museus.

Selecionada ao Programa de Bolsa de Pesquisa MAM | CAPACETE no eixo Arte e pedagogia, educação formal e informal.


taineura z

Artista, fotógrafa, educadora e colaboradora no Orgâni.Co. Utiliza a imagem como memória mágica e conectiva, explora seus desejos de conhecimento territorial para reconhecimentos sociais. Suas experimentações visuais vividas por fotografias, vídeo-artes, colagens, foram suas ferramentas de autoconhecimento ao investigar os meios urbanos que habita, as vivências são guias que fortalecem o trabalho de registros. Reconhece a resistência sobre lógicas colonialistas e pesquisas flertam com arte-educação.


Rastros de Diógenes

Rastros de Diógenes é objeto de artes de Diógenes M. Potiguara, Mamanguape, artista multimídia, andarilha y feiticeira. Enquanto bixa potiguara y não binária, na encruzilhada desses trópicos, investigo nas artes as possibilidades de intervenção poética y pedagógica de cunho contra colonial orientada pelo desejo de uma outra iconografia y futuro para essa corpa hibrida. Através do user ‘rastros de diógenes’ desenvolvo performances y esquemas pedagógicos y/ou visuais, na presença y virtualidade, na grafia de uma memória espiralada.


Rainha F

Artista multimídia. Costureira e stylist, Rainha Favelada é filha da favela do Batan, em Realengo, no Rio de Janeiro. Estudante de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro, investiga os códigos e simbologias matrimoniais. Com Enxoval, integrou o painel de performance da SP -Arte 2018, participou de Vesícula, coletiva na galeria Breu e do ajudamento Arrebatrá, no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica. Foi bolsista do Elã- O Nome que se dá às coisas, no Galpão Bela Maré.

 


Rack&Derret

Rack é um artista plástico, pintor e ilustrador que desenha desde criança, influenciado por seu ambiente familiar e pela mídia, passa sua perspectiva artística através do acúmulo de vivências e referências da Cultura Diaspórica (Preta). Como artista plástico se expressa para além da pintura tradicional experimentando várias técnicas e elementos chegando neste momento na escultura com base em madeira e materiais reciclados. A partir da sua arte Rack pretende expor suas várias facetas e ciclos explorando e libertando sua subjetividade do lugar do tempo, da caixa, do passado do futuro que a sociedade ocidental o submete a todo tempo o seu corpo.


Mayara Velozo

Moradora do Morro do Salgueiro na Tijuca zona norte do Rio de Janeiro, cursa História da Arte na UERJ, é artista visual, poeta e já foi até cordelista. Suas experiências artísticas permeiam entre performance, fotoperformance, poemas e videoinstalação. Seus projetos vêm de uma temática construtiva, e tem uma poética do concerto com os outros e com ela mesma, habitando sua casa e seus lugares de convivo. Mayara fala de uma construção pessoal e coletiva, de lembranças e ideias que por muito tempo se passaram despercebidas. Do feitio autônomo de sua família de construir e reconstruir sonhos arquitetônicos




Iah Bahia

Formação tecnóloga em Design de Roupas e uma formação livre em artes pela Escola de Artes Spectaculu e pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Possui prática-pesquisa em artes a partir das observações e experimentações interdisciplinares que faz do mundo a partir da superfície e a do órgão-pele em conjunto as forças atribuídas fora e dentro do corpo, as borbulhações geradas a partir das raízes criadas no asfalto e os saberes enterrados pelo cimento da modernidade.



Gabriela Noujaim

Gabriela Noujaim tem estruturado sua poética nos limites e possibilidade da gravura, com interesse em vídeos, fotografias, livros de artista, objetos e instalação, tensionando as possibilidades em imaginar outros mundos e futuros, onde as noções de permanência e risco são questionadas, como a defesa sobre a violação aos corpos, as crises políticas e desastres ambientais.



Ana Clara Tito

Nascida em Bom Jardim, RJ, em sua pesquisa utiliza do corpo e seus estados emocionais/mentais como ponto de partida e de chegada. Seus trabalhos cruzam fotografia, performance e instalação, integrando a matéria como corpo agente e explorando as relações entre material e imaterial. Pensa sua prática artística como desenvolvimento de um modus e de um universo baseado em permissão e possibilidade, movimentando e pensando: intimidade, privado, corpo-construção, inconclusão, não linearidade, complexidade, instabilização, desestabilização, não cabimento, não cessamento, não contimento.


morani

moraniartistaeducador e pesquisadornascido em Nilópolis, BXD, RJ, 1997. Encontro-me encruzilhado em investigações que tangenciam as relações entre corpos e instituiçõespalavra e desejoescrita e falaficções e subjetividadesdeslocamentos espaciais e temporais, negritude e liberdadeParticipante do Programa de Residência Internacional 2019/2020 do CapaceteGraduado em História da Arte pela Escola de Belas Artes – UFRJ. Pesquisador do núcleo de Filosofia Política Africana do Geru Maa/UFRJ. Atuou como educador na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Participação em exposições coletivas em Paço Imperial, A Gentil Carioca, EAV – Parque Lage, Caixa Cultural Rio de Janeiro e Atelier Organi.co, entre outros. 


Daniel Sepúlveda

 


Daniel é pesquisador e educador cuja caixa de ferramentas decorre da antropologia, 
disciplina que estudou no Centro Universitário do Norte da Universidade de Guadalajara. 
Atualmente, dirige o círculo independente de estudos permanentes Menos Foucault e más Shakira, 
na Cidade do México e dá o seminário Pedagogías Caníbales. Seu compromisso educacional está 
localizado a partir da descolonização do conhecimento, produtos culturais e anti-racismo. 
Como investigador independente, seu trabalho inclui a coordenação de dois laboratórios: 
Presente Inminente; Arquitetura urbana e antropóloga, com Mariana Medrano e La [tecno] Guerra en Curso. 
Colabora em espaços independentes como Cuerpos Parlantes (Guadalajara, México) e Casa Gomorra 
(Ciudad de México), além de fazer parte da equipe do Anormal Festival, festival de pós-pornografia, 
feminismos, corpos e sexualidades dissidentes.
 

Pesquisa

O hospício de residências utópicas é um espaço cuja capacidade itinerante permite seu desenvolvimento
colaborativamente, dependendo das condições do espaço físico que hospeda o projeto.
Nesta ocasião, ele apoia o projeto de pesquisa e ação de Idiomas de Indigestão Binacionais:
Laboratório de Contrapedagogias e Resistência Visual, cujo principal espaço de pesquisa é o hegemônico
imaginário gerado por hegemonias políticas, estéticas, visuais e éticas.

Yasmine Ostendorf





A pesquisadora / curadora Yasmine Ostendorf vem realizando pesquisas na Ásia e na 
Europa sobre artistas que propõem formas alternativas de viver e trabalhar - formas 
que acabam moldando sociedades e periferias mais sustentáveis, interconectadas e resilientes. 
Ela trabalhou extensivamente em programas internacionais de mobilidade cultural e no tema da arte 
e ecologia, tendo trabalhado para organizações especializadas como a Julie's Bicycle (Reino Unido), 
Bamboo Curtain Studio (TW), Cape Farewell (Reino Unido) e Trans Artists (NL). Ela administra 
a Green Art Lab Alliance, uma rede de 35 organizações culturais na Europa e Ásia que explora, 
questiona e aborda nossa responsabilidade social e ambiental e é autora da série de guias 
“Respostas criativas à sustentabilidade”, publicada pela Fundação Ásia-Europa (SG) e Instituto 
Ecológico (DE). É curadora associada do Valley of the Possible (CL), do Centro de Arte 
Contemporânea e do Mundo Natural (Reino Unido) e da C-Platform (CN). Desde 2017, é chefe do 
Laboratório de Pesquisa da Natureza na Academia Jan van Eyck em Maastricht (NL) e iniciador do 
Laboratório de Alimentos Van Eyck (2018); uma colocação de pesquisa para um artista / chef, 
compreendendo os alimentos à luz dos atuais desenvolvimentos ecológicos, sociais e políticos. 
Ela tem organizado Festivais de Cinema de Arte em Alimentos, colecionando, apresentando e 
comemorando práticas inspiradoras de arte / comida de todo o mundo e organizando Grupos de 
Leitura regulares para reunir teoria e prática. Ela tenta escrever um blog mensal 
para www.artistsandclimatechange.com.



Pesquisa
Meu plano inicial era gastar meu tempo expandindo parcerias para a Green Art Lab Alliance 
na América Latina; conectando pontos, redistribuindo recursos e organizando trocas e assim por 
diante. Logo descobri que, acima de tudo, Capacete é uma oportunidade pessoal para desfrutar 
de uma segunda educação; uma chance de dissecar e revisar cuidadosamente as perspectivas 
eurocêntricas e expandir minha estrutura teórica e cultural de maneiras anticoloniais e anti-racistas.
Mais do que tudo, meu 'projeto' aqui é ouvir, absorver e internalizar. E mais do que tratar de um 
assunto, tornou-se o reconhecimento de sistemas e estruturas subjacentes e a curadoria de 
metodologias alternativas de acordo.



**A residência de Yasmine Ostendorf é possível com o apoio da Mondriaan Fonds 
(https://www.mondriaanfonds.nl/)

Tatyana Zambrano




Tatyana Zambrano, 1982, Medellin-Colombia. Publicist and visual artist. 
Master in Movement digital art and information technologies from UNAM Mexico. 
She currently lives in Rio de Janeiro-Brazil doing the one-year program in Capacete. 
She was part of the SOMA 2016 educational program CDMX. She works on projects that deal 
with the transition of ideologies and the institutionalization of rebellion. Her work has 
been recognized in Les Rencontres Internationales New Cinema and Contemporary art in Berlin, 
Official Selection of Latin American video art by the Getty Research Institute and the 
National Artists Salon of Colombia.


Research

My search is about Black tourism (tourism of mourning or thanatos-tourism), is a form of tourism in which the main attraction are the places where deaths, tragedies or catastrophes have occurred; it is also called morbid tourism. There is a tourist market niche in which people seek to experience these strong emotions first-hand. An example of this type of tour, which are almost reality shows, is in Hidalgo Mexico where people pay to have the experience of being “mojado” in an artificial scenario on the dessert, these people experience the passage from Mexico to the United States, going hungry and psychological abuse.

The project aims to exceed this imaginary of Latin America through the creation of an amusement workshops in order to show a cynical and ironic, but paradigmatic situation where black tourism immorally represents what morality wants to communicate.

Finally, I am moved to be part of the program because I feel arts as a affair state, where we are accomplice in this thing called contemporary arts, shared guilt, sometimes hard, sometimes fun, but is the capacity of exploring into yourself, taking risks, affections, and probably the challenge of deal with more human beings doing the best thing #arts.

 

Tiago de Abreu Pinto

No Rio, estarei de papo com artistas. Escutando, principalmente. Doravante, ditos artistas, serão a base de textos ficcionais (talvez, não tanto, pois tudo o que dizem incorpora-se no texto e portanto pouco ficcionais e mais reais). Não devendo o supracitados artistas serem excluidos do diálogo após o texto ser concluído já que acredito que o contato com o artista deve ser contínuo e permanente. Em outras palavras, conectarei a mensagem (ou, melhor dito, voz) do artista ao público por meio de textos que incorporem rasgos de sua idiossincrasia. Nos doces aclives dessa comunicação se tornará patente a alusão à formas dialéticas e dialógicas de Mikhail Bakhtin para explorar novas formas de mediação crítica. Outrossim, esse processo transformará as diferentes vozes dos artistas em uma massa ficcional que lança luz sobre vários temas como: (a) interpretação e neutralidade, (b) os limites entre ficção e realidade e as (c) diferentes maneiras pelas quais os artistas contemporâneos incorporam suas idéias.

Tiago de Abreu Pinto é escritor e curador independente, Ph.D em História da Arte pela Universidade Complutense de Madri. Ganhou a Bolsa de Curadoria de Arte concedida pela Bienal de Arte de Gwangju, Coréia do Sul em 2012, e o Prêmio de Curadoria de Arte Se Busca Comisario concedido pela Comunidade de Madri, Governo espanhol em 2014.
 

Margarita del Carmen + Kristian Byskov

 

Margarita del Carmen e Kristian Byskov estão trabalhando juntos em uma pesquisa prática desde 2013. Esta pesquisa tem como ponto de partida a busca por métodos e práticas de como grupos de pessoas juntas podem trabalhar criativamente com/nos  espaços que habitam. Dentro desta pesquisa, Kristian e Margarita analisaram e experimentaram métodos de design colaborativo; práticas ecoloógicas; planejamento urbano; ferramentas pedagógicas artísticas; bem como exercícios e abordagens do Teatro do Oprimido.

Durante o período de residência no Capacete, eles vão pesquisar mais sobre abordagens teatrais no espaço, grupos e conflitos dentro da estrutura da noção de ‘micro-fascismo’ de Félix Guattari, bem como Exercícios de Augusto Boal sobre “o policial na cabeça”. Margarita e Kristian gostariam de participar de conversas e atividades em torno de questões como: Se o espaço é sempre político, carregado de estruturas de poder e dominação, como podemos nós artistas estruturar nossas práticas espaciais e redefinir nossos métodos para criarmos artisticamente espaços para práticas emancipatórias? Como essas ações artísticas podemos contrariar os micro-fascismos presentes através de nós em nossas relações sociais diárias? A história da dominação fascista se repete? como isso pode ser mudado?

 

Link: practicalfolly.net/pedagogia

 

 

 

 


Katherine MacBride

Katherine MacBride é artista. Em certo ponto ela também é terapeuta de arte. Trabalha com performance, instalação, escrita, vídeo, som e realização de eventos, com e sem instituições. Colaboração e práticas de apoio são importantes para ela: ela imprime publicações feministas de pequena tiragem; é editora; trabalha em um estúdio de arte para pessoas desabrigadas; toca sintetizadores e vocais silenciosos em uma expansão de música não-binária; está aprendendo a jogar e a ganhar espaço com o Tender Center, um local para eventos queer em Roterdã.

Grande parte de sua prática se concentra em envolvimentos relacionais, ouvindo e sendo atenta à diferença, trabalhando criativamente para uma ética de inseparabilidade e interdependência.

 

No Capacete, ela está aprendendo português para poder falar devagar com as pessoas sobre como elas fazem o que fazem, costurando pequenas coisas, ouvindo, caminhando, cozinhando, escrevendo, lendo, conversando. Ela está interessada em estar em contato com pessoas que queiram conversar sobre que tipo de escuta, atenção, hospedagem e criação de espaço, bem como seus estilos artístico, coletivo, político, atencioso, pessoal ou qualquer outro. Ela que escutar outras práticas do dia-a-dia.

Website: https://www.katherinemacbride.com

 

 

*** esta residência é uma parceria com Mondriaan Fonds (https://www.mondriaanfonds.nl/)

 


Prerna Bishnoi

 

Prerna Bishnoi é artista, cineasta e pesquisadora, cuja prática é a co-influência do cinema, da performatividade, do estudo e da produção espacial. Preocupa-se com as condições de trabalho e lazer e trabalha com estratégias de criação, organização e mobilização de comunidades em lutas de comum através de filmes, textos, contação de histórias, jogos e peças sonoras. Operando a partir de uma posição de intimidade crítica, ela trabalha ativamente para re-imaginar as relações sistêmicas existentes. Ela atualmente mora em Trondheim, mas baseia sua prática na Índia e na Noruega.
Durante a residência, estarei trabalhando em meu projeto ‘Surface Tension’, que está localizado principalmente em torno do espetacular lago de Bellandur, em Bangalore. Espero traçar linhas entre as experiências comuns de toxicidade (de Bangalore ao Brasil), prestando atenção especial aos sintomas de toxicidade (auditiva e visual), atos de resistência, tempo tóxico (de eventos tóxicos espetaculares, suas conseqüências ao impacto lento de toxicidade em corpos e espaços). Também vou trabalhar na criação de um retrato vegetal da espécie invasora Jacinto D’Água, nativa do Brasil. Na Índia (chamada “Terror de Bengala”, entre outros nomes), a planta é um remanescente de um encontro com o imperialismo ocidental e é agora um sintoma de poluentes dissolvidos na água, dificultando o transporte de água e a energia hidrelétrica. Em suas águas nativas, estou interessado em sua manifestação na arte, folclore, histórias orais, literatura e poesia. Os jacintos-d’água me fascinam porque é historicamente uma planta exótica, dotada de longe por sua beleza, mas que hoje a acha bela quando insiste em resistir e transformar os usos econômicos dos corpos d’água?

Links:
http://prernabishnoi.weebly.com/
https://vimeo.com/user7688021

 

 

*** essa residência é uma colaboração entre Capecete e OCA (https://www.oca.no/)

 


Ina Hagen

Ina Hagen (1989, Noruega) é uma artista e escritora que vive em Oslo. Seu trabalho explora camadas de mediação entre audiências, obras de arte e artistas, a fim de criar instâncias de reflexão crítica coletiva. Ela explora isso através de situações performativas e plataformas para o pensamento social. Hagen tem executado uma dessas plataformas; Louise Dany, junto com a artista Daisuke Kosugi. Ela escreve regularmente para a revista de arte on-line escandinava kunstkritikk.no, e é vice-presidente da organização de associação de jovens artistas e instituição de arte contemporânea, UKS (Sociedade Jovem Artista). Hagen expôs em: INCA, Seattle (Solo); Kunsthall Charlottenborg, Copenhague; Podium, Oslo, dentre outros.

Durante sua residência no Capacete, ela se prepara para aprender sobre a longa história da residência e como ela se mantém conectada à sua comunidade local e extensa ao longo dos anos. O ponto central para suas investigações é intimidade; como perceber através de relações que foram forjadas em tempos de dificuldade, como a intimidade nos dá e nos leva, e como ela finalmente tece ou desenrola um sentimento de solidariedade com os outros. Tendo o Capacete como um ponto de referência, ela se coloca curiosa para discutir como essa solidariedade é mantida, e se a intimidade ainda permanece como força significativa na face atual da vida pública cada vez mais polarizada.

 

 

www.inahagen.is

www.louisedany.no

 

 

 


Tenzing Barshee

**Foto Hanna Putz

 

 

Tenzing Barshee (nascido em 1983) é um escritor independente e curador da Sundogs em Paris. No Rio de Janeiro, ele reflete sobre como a ideia de “tocar e ser tocado” pode ajudar e complicar o deslocamento do próprio corpo. Seguindo pistas diferentes, ele se aproxima de pessoas e lugares com uma disposição para se envolver, emparelhado com a melancolia inerente à memória de uma curiosidade infantil.


Sol Archer

 

Sol trabalha em um espaço de encontro entre documentário e especulação, trabalhando principalmente com a imagem em movimento para desenvolver espaços de conversação e co-criação com grupos e comunidades. Prestando atenção a um site como uma zona múltipla de narrativas que se cruzam, atravessando escalas locais e globais para tentar mapear as ações e abstrações de poder através de efeitos em escalas corporais e vivas.



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Fotini Gouseti

Experiencing connecting issues“- CAPACETE Athens 2017

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Fotini Gouseti is a conceptual artist and PhD researcher in anthropology. She studied art at Athens School of Fine Arts (BA), Dutch Art Institute (MA) and she is currently a PhD candidate at the Dept. of History, Archaeology & Social Anthropology, University of Thessaly, Greece. Accordingly, her practice is research-based, socially-engaged and quite often called political. Her learningprocess derives out of her connection with others, while she focuses on the role of art in negotiating issues of memory.

She is the initiator of the art project Renkonto. For the past few years she has been engaged in the research projects The Present as a Result of the Past and The Least Wanted Travel the Most. The artistic outcomes of her projects are presented in various contexts worldwide.


Arendse Krabbe

I’m a Western European white, privileged, female artist. I’m concerned with how the structures, hierarchies and systems we live in shape us. In Copenhagen I’m a part of a group that produces radio. The group consist of people who are seeking asylum, people that are underground, people with residence permit and people with a Danish citizenship, as me. The Bridge Radio started as a protest against the capitalistic-colonial strategies of creating a repressive migration regime in EU. We find it essential never to keep silent about what is happening at the EU borders, in places of detention and the asylum system. We strive to create a platform where people can share their own stories and experiences.

My desire to apply for the residency is informed by Suely Rolnik regarding “our ability, or rather of our body’s ability, to be affected by the forces of the world as a living being.” I’m interested in developing methods that can allow and accommodate oneself and subject groups to be affected by the forces of the world. I believe that it is through these affects that there is a potential to dismantle the capitalistic-colonial structures. My approach is first and foremost that I’m open to who and what I meet whilst being aware of where I come from and what my body represents. In continuation of this I set up meetings, I listen, I make affective cartographies, I invite people to make group exercises and read. When I wake up in the morning I start the day by listening to the dream I had during the night seeking to learn from it.

Website:

http://schizovibrant.net


Pêdra Costa

 

 

Pêdra Costa é performer e antropóloga visual. Atualmente estuda na Academia de Belas Artes de Viena e trabalha com artistas queer internacionalmente. Seu trabalho perpassa pela estética do pós-pornô e por uma investigação anti-colonial.
Na residência CAPACETE o foco de sua minha pesquisa é o Conhecimento Invisível, que tem desenvolvido experimentalmente, baseado em estratégias anti-coloniais, pedagogias do auto-cuidado e epistemologias não-cartesianas. Apresentará a performance “de_colon_isation”, que faz parte de sua pesquisa na Universidade de Belas Artes de Viena. Fará o lançamento inédito no Brasil do livro “Anti*Colonial Fantasies – Decolonial Strategies” e realizará o trabalho “Anti-análise”, onde atende cerca de 6 artistas (individualmente ou em grupo) por dia, numa sessão gratuita de 50 minutos cada, orientando sobre arte, teoria crítica e pedagogia.

 

 


Valentina Desideri

 

Valentina Desideri é uma artista com base em Amsterdã. Ela estudou em dança contemporânea no Laban Center em Londres (2003-2006) e mais tarde fez seu mestrado em Belas Artes no Sandberg Institute em Amsterdã (2011–13). Faz Fake Therapy e Terapia Política, co-organiza o Performing Arts Forum na França, desenvolve Leituras Poéticas com a Prof. Denise Ferreira da Silva, especula com muitxs outrxs mais, lê e escreve.
Na residência CAPACETE está disponível para compartilhar as práticas e ferramentas que usa e pesquisa (Terapia Política, assim como várias práticas de leitura e cura) com quem estiver interessadx em vivenciá-las e continuar explorá-las com ela. Está particularmente interessada em abordar o estudo como uma prática de cura, mas como isso pode ser feito e o que tipo de experimentos coletivos de estudo podemos experimentar  durante a residência depende totalmente do encontros, circunstâncias e necessidades urgentes que apareçam. 
Para encontrá-la contactar e-mail: valedesidei@gmail.com

 

 

 


Kalliopi Tsipni-Kolaza

Curadora independente e pesquisadora, vive em Atenas, Grécia.

Entre 2012 e 2015, ocupou cargos de curadoria em instituições públicas de arte em Londres, 
incluindo Serpentine Gallery, Fundação da Arquitetura e a Sociedade de Arte Contemporânea. 
Em 2016-2017, Tsipni-Kolaza trabalhou como Assistente Curatorial para a Documenta 14 em Atenas e 
Kassel. Seus projetos recentes incluem: Orange Trees that Talk, uma performance mediada por Cooking 
Sections no Botkyrka Konsthall em Estocolmo e "Sonic Revolutions Vibrations from Levant", apresentado 
na Haus der Kulturen der Welt em Berlim, 2016. Tendo recebido o prêmio da plataforma 
Forecast. Tsipni-Kolaza desenvolveu a Sonic Revolutions, uma exposição de dois dias, sob a forma de 
um álbum, explorando questões de justiça espacial, memória coletiva e história através do desvio da 
cultura popular.

Para sua residência de quatro meses com Capacete no Rio, ela continuará sua pesquisa na cultura 
subterrânea e popular e suas várias formas de expressões artísticas com foco em música, som, 
performance e cinema. Ela pretende analisar a história de coletivos de arte, espaços de artistas, 
iniciativas curatoriais e estruturas institucionais para investigar os formatos que empregam para 
sobreviver às mudanças rápidas que ocorrem na paisagem econômica e política da cidade.

Bruna Kury

 

Bruna Kury é brasileira, anarcatransfeminista, performer, pesquisa kuir sudaka no cotidiano e já performou com a Coletiva Vômito, Coletivo Coiote, La Plataformance, MEXA e Coletivo T. Pirateia e faz pós porno e pornoterror. Desenvolve performances/ações diretas contra o cis-tema patriarcal heteronormativo compulsório vigente e a opressões estruturais (GUERRA de classes), principalmente em lugares de crise. Participou ultimamente da mostra Todos os Gêneros com a banquinha PornôPirata, da virada cultural em SP com o Coletivo T e do Terminal 10mg com o Coletivo MEXA.

Pretende na residência pesquisar e experienciar e trocar sobre o conceito criado “pornôrecicle” e a expurgação do patriarcado na “oficina de vômito”.

Régis Gonçalves-Wigersma

Brasil/Holanda

Qual é “o papel do artista plástico” na arte e na sociedade brasileira? O objectivo deste projeto (residência) é fazer uma investigação artística visando entender o papel do artista plástico Brasileiro tanto no plano artístico quanto no plano social. Uma tentativa que busca pontuar o papel do artista plástico dos anos sessenta, passando pelas décadas de setenta, oitenta, noventa até o momento atual ou contemporâneo. Uma analise do perfil artístico do artista plástico em conexão com a evolução sócio-cultural que o país atravessou, ou ainda atravessa.


Marie Romer Westh

O foco principal do trabalho de Marie por longo tempo tem sido a dinâmica entre o indivíduo e a cultural que o cerca e como nossa identidade é formada ao mesmo tempo que forma essas dinâmicas. Atualmente a artista está interessada sobre como que nós humanos criamos nossos sonhos, nos projetando em espaços de não-lugar e desenvolvendo mundos e objetos para preencher esses sonhos.

 

 

 


Cíntia Guedes

 

Cíntia nasceu mulher-macho em Campina Grande – Paraíba, em junho de 84. Em quase sete anos de morada, a Bahia lhe rendeu régua e compasso; lá concluiu a graduação, em Comunicação, e o mestrado, no Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade, ambos pela UFBA, e foi coordenadora de programação dos equipamentos culturais do estado pela Secretaria de Cultura (SECULT-BA). Hoje vive e estuda no Rio de Janeiro, é doutoranda do curso de Comunicação da UFRJ e realiza ações diversas em diálogo com o campo das artes. Suas pesquisas giram sobre os temas da memória e da produção de subjetividade, desde perspectivas descoloniais e anti-racistas. Investiga a presentificação da ancestralidade no encontro entre seu corpo, de mulher negra nordestina, e a cidade colonial contemporânea. Em 2016, realizou em parceria com artistas e professoras, a oficina Resistências feministas na Arte da Vida no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Em 2017 participou da residência artística do Capacete, onde realizou uma série de oficinas sobre como amolar facas, na qual experimentou processos de ativação de corpo-memória para ampliar a potência dos gestos de (ins)escrita dos corpos participantes em seus percursos pela cidade. Colaborou com revistas acadêmicas e não acadêmicas, destes, destacam-se artigos para revistas como Bagoas (n.12) e a francesa Multitudes (n.65), a organização do dossiê Resistências Feministas na Arte da Vida para revista Lugar Comum(n.47), e o escrito Des(en)terrar o corpo para o dossiê Situar/mover: corpo, território, política da revista DR e o texto colaborativo. 

 

Crédito Breno Cesar


Gil & Moti

 Gil & Moti

 

Os projetos de Gil & Moti constantemente exploram identidade, a noção de individualidade e as normas e formas relacionadas a esses temas. Em intervenções sociais de pequena escala eles trabalham questões politico-sociais tais como discriminação, exclusão social e racismo. Como artistas, casal gay, imigrantes que vivem e trabalham em Roterdã (Países Baixos) e judeus (ex)israelenses, eles tem uma experiência direta como os temas que trabalham dentro de suas próprias vidas.

 

 

 

 

© studio Hans Wilschut