Ateliê Aberto

Conversa com Samantha Moreira e Helmut Batista
Ateliê Aberto, Campinas / São Paulo / Brasil
Fundador artística: Samantha Moreira

Ateliê Aberto
Fundado em 1997, em Campinas – SP, o Ateliê Aberto é um organismo que investiga, idealiza e fomenta novos processos de gestão e criação em cultura contemporânea, laboratório permanente de processos colaborativos e de convívio. Com o objetivo de desenvolver processos formativos, o espaço se tornou um articulador de ideias e experiências, promovendo reflexão social, cultural e política. Nessa busca constante, o Ateliê Aberto expandiu o espaço físico de sua sede e os espaços expositivos convencionais, rompendo também o distanciamento entre diferentes áreas do conhecimento e aproximando o público dos artistas.

Samantha Moreira – Artista, curadora e gestora cultural. Fundadora do Ateliê Aberto (Campinas, SP, 1997), do CHÃO SLZ (São Luís, MA, 2015), e integrante /coordenadora do JA.CA (Nova Lima, MG, desde 2018). Uma das idealizadoras do FUNDO COLABORATIVO,  para artistas e criadores, lançado em maio de 2021. Desde 2018 integra a coordenação do Programa CCBB Educativo nos CCBBs, grupo de curadoria e coordenação do Bolsa Pampulha 2018/2019, co-curadora da Verbo São Paulo e São Luís em 2019, seleção e orientação do Programa LABCULTURAL 2021 do BDMG Cultural, IndieGESTÃO – como chupar cana e assobiar ao mesmo tempo e Poema aos Homens do nosso Tempo – Hilda Hilst em diálogo, ambos Prêmio Rede Nacional Funarte, 2013 e 2014,Código Aberto programa de residências – patrocínio Petrobrás, 2015; Comestível, Prêmio ProAc 2013; Daquilo que me habita, CCBB Brasília 2012, Residência de Gestores da América Latina – Capacete,  32°Panorama da Arte Brasileira no MAM,  Rumos Artes Visuais Itaú Cultural , Temporada de Projetos- Paço das Artes, entre outras.

Artista convidado para o Seminário: Daniel Acosta.

Nasce em 29/11/1965 na cidade portuária de Rio Grande, sul do Rio Grande do Sul. Dentro da marcenaria do pai aprende a trabalhar com madeira e outros materiais, produzindo seus brinquedos e maquetes de pequenas cidades em papelão. Completa o segundo grau com formação em arquitetura, tendo neste período como principais fontes de (in) formação os quadrinhos, o cinema, a televisão, a música e a arte.

Bacharel em Escultura (1987) junto a Universidade Federal de Santa Maria (RS). Entre 1990 e 1993 participa de workshops com José Rezende, Artur Lescher, Ricardo Basbaum e Milton Machado. Mora em São Paulo de 1994 a 1996 para cursar Mestrado em Arte junto a ECA/USP sob orientação de Carmela Gross. Começa a trabalhar junto a Galeria Casa Triângulo (SP) onde faz sua primeira individual em 1995, e posteriormente em 2002, 2008, 2010 e 2014. Em 1997 é publicado livro sobre seu trabalho junto a Coleção Artistas da USP com texto de Tadeu Chiarelli. É premiado em salões em Curitiba, Brasília, Salvador e Florianópolis.

Além de importantes exposições coletivas como Ao Cubo/1996 (Paço das Artes/SP), Panorama da Arte Brasileira/1999 (MAM/SP), II Bienal do Mercosul/1999 (Porto Alegre/RS), trabalha em projetos específicos para o Torreão em Porto Alegre (1998) e Capela do Morumbi em São Paulo (2000). Participa da 25ª Bienal de São Paulo, com importante trabalho da série de Paisagens Portáteis, tema da sua Tese de Doutorado defendida em 2005. Em 2006 realiza sua primeira arquitetura/mobiliário para espaço urbano, a Satolepcosmocave.

Mais recentemente, em 2017, realiza Rotorama, intervenção específica para o Octógono da Pinacoteca de São Paulo. Em 2018 lança seu segundo livro abarcando 30 anos de produção, com textos de Tadeu Chiarelli, Agnaldo Farias, José Roca entre outros. Além das atividades como artista é professor de Escultura junto a Universidade Federal de Pelotas/RS.


Residências e Iniciativas


CRAC

Conversa com Paulina Varas / Helmut Batista
CRAC, Valparaíso / Chile

Sobre CRAC (2007-2019-…)
Plataforma y espacio de experimentación en la ciudad de Valparaíso, desde el trabajo de arte contemporáneo, las residencias y los encuentros, buscaba pensar y repensar las formas de vida comunes de la ciudad. Desarrollamos más de 70 proyectos de arte, residencias, encuentros, publicaciones, exposiciones, debates, comidas, etc., situándonos en la ciudad de Valparaíso con sus problemáticas y potencias desde una ciudad puerto en la zona del centro de Chile desde sus memorias y en el presente.

Paulina E. Varas. investigadora y académica chilena de la Universidad Andrés Bello. Co fundadora de CRAC Valparaíso. Miembro de la RedCSur. curadora ocasional de exposiciones  y autora de libros y artículos sobre arte y política en Chile y otros lugares. Cuidadora de un niño, una gata y una compostera. Escribe y nada en Viña del Mar, Chile.

Artista convidada para o Seminário: Pablo Saavedra.

Artista chileno, co-fundador del proyecto P.I.A. En Valparaíso, y colaborador en el festival de arte sonoro TSonami. Ha expuesto sus obras en diferentes ciudades.


Residências e Iniciativas

 

 

 

 


Capacete

Conversa/relato de Helmut Batista / com Tanja Baudoin – Rio de Janeiro

CAPACETE foi o mais antigo programa de residência e intercâmbio artístico e cultural no Brasil, com mais de 23 anos de experiência. Fundado em 1998 por Helmut Batista no Rio de Janeiro, Capacete ofereceu um programa artístico que se estrutura por meio de residências de pesquisa, apresentações públicas em diversos formatos, formação para profissionais e para crianças (Pequeno Laboratório), cursos abertos, cozinha experimental, biblioteca, acervo e publicações. Em 2017 este programa aconteceu em Atenas, Grécia, associado e tangente ao programa da DOCUMENTA 14. CAPACETE incorporava formas de ação auto-organizadas, participativas e colaborativas como uma parte fundamental de sua estrutura. Um objetivo integral do programa era expandir continuamente a plataforma de intercâmbio, trazendo novos participantes e interlocutores, cultivando relações com diferentes instituições e organizações, assim como aprofundar os laços com colaboradores estabelecidos. Em 2022 CAPACETE lança um novo programa.

Helmut Batista é o fundador do CAPACETE. Sua trajetória passa pela formação em opera e pela experiência de ser artista antes de projetar e dirigir o CAPACETE. Realizou inúmeros seminários, falas, viagens de estudo em grupo, exposições, curadorias para o programa do CAPACETE, nacional e internacionalmente, para o qual construí uma rede de parceiros internacionais.

Tanja Baudoin é curadora holandesa que mora no Rio de Janeiro desde 2015, quando participou na residência do CAPACETE. Atualmente trabalha no Instituto Tunga. Trabalhou como professora e tradutora e co-organizou os grupos de leitura e tradução com Tijuana e plataforma par(ent)esis. Trabalhou como consultora curatorial na Tropix. De 2019 a 2021, foi curadora na Biblioteca | Centro de Pesquisa e Documentação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Anteriormente, fez parte do equipe curatorial do instituto de performance “If I Can’t Dance, I Don’t Want To Be Part Of Your Revolution” em Amsterdã (2010-2015). Possui um mestrado em História de Arte da Universiteit van Amsterdam (2008) e um mestrado em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense (2019).

Artista convidado do CAPACETE para o Seminário: Carla Zaccagnini

Carla Zaccagnini (Buenos Aires, Argentina, 1973. Lives between São Paulo, Brazil and Malmö, Sweden) is a visual artist, professor of Conceptual and Contextual Practices at the Royal Danish Academy of Fine Arts, and guest curator of the 34th Bienal de São Paulo. Group shows in which she has participated include SPRÅK (Havremagasinet, Länskonsthall, 2020), Shout Fire (Röda Sten Konsthall, Gothenburg, 2018), A Universal History of Infamy (LACMA, Los Angeles, 2017), Carla Zaccagnini and Runo Lagomarsino (Konsthall, Malmö, 2015), Un saber realmente útil (Museo Reina Sofía, Madrid, 2014), Under the Same Sun (Guggenheim Museum, New York, 2014), the 8th Berlin Biennale (Berlin, 2014), the 9th Shanghai Biennale (Shanghai, 2012) and the 28th Bienal de São Paulo (2008).

Her recent solo shows include Mañana iba a ser ayer (MUNTREF, Buenos Aires, 2019), You say you are one, I hear we are many (Obra, Malmö, 2019), El presente, mañana (Museo Experimental el Eco, Mexico DF, 2018), I am also stepping on wet sand (SixthyEight Art Institute, Copenhagen, 2017), Panapanã (Vila Itororó, São Paulo, 2016), Histórias feministas: Carla Zaccagnini (MASP, São Paulo, 2015) and Elements of Beauty (Van Abbemuseum, Eindhoven / FirstSite, Colchester, 2015). Her work has been featured in publications such as Cream 3 (London: Phaidon, 2003), Contemporary Art Brazil (London: Thames & Hudson, 2013) and Art Cities of the Future: 21-Century Avant-Garde (London: Phaeton, 2013) and is included in collections such as Tate Modern (London), Solomon Guggenheim Museum (New York), MUSAC (León, Spain), Pinacoteca do Estado de São Paulo and Museu de Arte Moderna de São Paulo, among others.

Maria Lucas é a artista convidada para abrir as alas durante o primeiro seminário.

Maria Lucas é uma artista multi-indisciplinada carioca.
(en)Canta e trabalha com A-TUA-AÇÃO nas áreas da escrita e da performance.
Travesti, Construtora-Escritora e propositora de subversões na arte-vida. Com o ensaio Próteses de Proteção Ganhou o primeiro lugar do prêmio de textos ensaísticos do Instituto Moreira Salles.
Foi residente do MAM-Capacete em 2020-2021.

A crítica e artista Daniela Mattos irá acompanhar todos os 4 seminários e fará um relato escrito que será publicado digitalmente.

Daniela Mattos. Mãe solo, artista, educadora e curadora que também escreve e canta. Participou de diversas exposições, mostras de vídeo e publicações no Brasil e no exterior, com destaque para a exposição individual Um teto todo meu (MAC-Niterói, 2015). Pós-Doutora em Linguagens Visuais pelo PPGAV-EBA-UFRJ (2016), Doutora em Psicologia Clínica pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade, PEPG/PC-PUC-SP (2013). Integra os Escutadores, coletivo composto em 2018 por artistas e psicólogos que realizam escutas em territórios e contextos diversos. Desde 2019 é membra do corpo docente da Univeritas, no curso de Licenciatura em Artes Visuais. Mais informações sobre a artista estão disponíveis em: www.danielamattos.art.br

 


Residências e Iniciativas

 


Exo

 

Conversa com Ligia Nobre / Helmut Batista
exo experimental org., São Paulo – SP, Brasil
Fundação e direção artística: Ligia Nobre e Cécile Zoonens, com diversos apoios, alianças e afetividades.

Entre 2002 e 2007, a exo experimental org. dedicou-se à investigação e produção transdisciplinar no campo artístico, promovendo debates, palestras, exposições, projeção de filmes, publicações e residências para/com artistas e autores. O edifício Copan (Oscar Niemeyer, 1951-66), localizado no centro histórico de São Paulo, operou como dispositivo e catalisador de muitos dos seus projetos, ações e atividades, sendo base para um pequeno escritório e as residências artísticas. Inserindo-se nas múltiplas tramas desta metrópole heterogênea, com uma infraestrutura mínima e flexível, a exo criou um espaço de encontro e troca de conhecimentos e experiências entre artistas, urbanistas, pesquisadores, movimentos sociais e públicos. A exo fomentou e reuniu investigações de práticas estéticas, com suas metodologias e confrontos distintos, interlocuções de trabalhos e posturas, visando problematizar as formas de vida política que emergiam das urgências do universo urbano contemporâneo. Projetos: São Paulo S.A.; África-Mundos – resistências contemporâneas africanas, [práticas documentárias]; e Programas: exo residências e arquivo em curso.

Ligia Nobre (São Paulo, 1973) é curadora, pesquisadora e professora, atenta a abordagens e alianças múltiplas e heterogêneas com / em plataformas culturais-ambientais e práticas artístico-políticas. Possui mestrado em Histórias e Teorias da Arquitetura pela Architectural Association School of Architecture (Londres,1999) e doutorado em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo (2019), Co-fundadora e diretora com Cécile Zoonens da plataforma cultural exo experimental org. (São Paulo, 2002-2007). Atualmente é parte d’O grupo inteiro (São Paulo, desde 2014) (www.ogrupointeiro.net) e integra a equipe da Spore Initiative (Berlim, 2021). Participou da curadoria de diferentes projetos – X Bienal de Arquitetura de São Paulo (2013), Contracondutas (2016-2017), Campos de Invisibilidade (2018-2019), dentre outros.

Artista/curador convidado para o Seminário: Pablo León de la Barra.

Pablo León de la Barra is Curator at Large, Latin America at the Salomon R. Guggenheim Museum and Foundation, New York and former Chief Curator at MAC Museum of Contemporary Art of Niteroi, Rio de Janeiro (2017-2020). Based in Rio de Janeiro, he was born in Mexico City in 1972 and received his Ph.D. in Histories and Theories from the Architectural Association, London.


Residências e Iniciativas


Lugar a dudas

Conversa com Sally Mizrachi e Oscar Muñoz / Helmut Batista
Lugar a dudas – Cali / Colômbia – direção artística Óscar Muñoz e Sally Mizrachi

lugar a dudas es un centro de arte contemporáneo en Cali que desarrolla varias líneas de trabajo propio y que ofrece, de modo paralelo, espacios y oportunidades para alojar proyectos y discusiones externos, propuestos por grupos, artistas y comunidades de Cali y del resto del país. Nuestro eje de interés se ubica en las intersecciones y los márgenes entre las artes visuales, las prácticas culturales y la búsqueda de diálogos incluyentes y expansivos que ofrezcan nuevas visiones sobre la realidad inmediata de la ciudad y sobre las maneras de organizarse y tener lugar en el mundo.

Óscar Muñoz, artista visual que utiliza técnicas diversas e innovadoras en el manejo de la imagen apelando a soportes insólitos e inestables en los que comienzan a aparecer experimentos con espejos, con la respiración, con la luz y el agua. Sus obras cuestionan las paradojas de la imagen humana y la frágil y efímera naturaleza de la percepción. Igualmente indagan acerca de la identidad y la capacidad del arte para reflexionar sobre la memoria del individuo, y sobre la necesidad misma de la memoria colectiva como compromiso de nuestra sociedad. Es cofundador junto a Sally Mizrachi de lugar a dudas en Cali.

Sally Mizrachi Graduada en Lenguas Modernas de la Universidad del Valle y Diseño de la Escuela de Diseño en Cali, Colombia. Se dedicó por muchos años a ser mamá, aún continua; al diseño de ropas, a cocinar;  teniendo su propio taller y restarante hasta que en el 2004 junto a Oscar Muñoz fundaron lugar a dudas. Desde esa época se ha desempeñado como Directora Ejecutiva y Coordinadora General de la organización.

Curador convidado para o Seminário: Alejandro Martín Maldonado

Creció en Cali, hijo de profesora de inglés y de profesor de Comunicación Social. Se fue a Bogotá a estudiar matemáticas y fue parte del cine-club En la luna. Pasó por Madrid estudiando filosofía y visitando El Retiro, la Filmoteca, El Prado y el Reina Sofía. Volvió a Bogotá a editar con amigos las revistas ochoymedio y piedepágina, y a trabajar de modo muy serio e institucional en el portal banrepcultural. Comenzó a hacer exposiciones en la Biblioteca Luis Ángel Arango y la Biblioteca Nacional. Con José Roca aprendió el oficio de curador trabajando en más exposiciones y editando libros como el de Regina Silveira y el de Antoni Muntadas. Gracias a Lugar a dudas comenzó a re-conectarse con la movida caleña y en 2014 hizo una residencia. Se quedó en Cali como curador del Museo La Tertulia, donde trabajó por 7 años con un gran equipo para re-inventar juntos el Museo. Renunció por diferencias políticas con las directivas en el marco del paro nacional del 2021 y está buscando qué hacer ahora en este contexto tan preocupante y a la vez tan estimulante.


Residências e Iniciativas

 


News

More info:

http://us6.campaign-archive2.com/?u=a8356c53eafe14c1acc1e7c7b&id=88cb76cc07&e=9e3b3f5d69

Drinking while walking while hosting while thinking while making together is the leitmotiv of BAR project, who takes its name from the popular and social gathering place in south European culture in order to recontextualize it and be able to work and practice (reflection-in-action) in a flexible, informal and critical way. This working condition and status goes beyond the bar extending curatorial practice into working on public realm and takes the city of Barcelona as a public project space. continues
The BAR International Symposium “Making Public Program” consist in an intensive week of working groups, roundtables, actions, My studio visit, Walking tour, performances and drinks to celebrate BAR project 2013-2017 Public Program and reflect on the past, present and future of what public programing means. A number of guest practitioners will spend a whole week in Barcelona in order to discuss and perform together on the topic; the output of that brainwork will be made public and opened to the participants of the symposium and to a larger public through the various activities building the symposium. continues

SYMPOSIUM PROGRAM
Registration until the 15th of March 2017

20th March
10am-1pm The Walking tour (Raval&Poble sec area), working groups (closed, Fabra i Coats)
4-6,30pm “Making Public Program” round table, Auditorium, Fundació Antoni Tàpies
Emily Pethick (Showroom, London)
Pablo Martínez (MACBA, Barcelona)
Santiago Villanueva (Mamba, Buenos Aires)
Valerio Del Baglivo (curator, Rome)
              Florencia Portacarrero (curator, Lima) presents Manifestaciones Públicas de Afecto, publication residency BAR project 2016
7pm onwards Intervention by Enea Cabanes (BAR TOOL#0)
BAR Welcome vermouth

21th March
10am-1pm The Walking tour (Eixample area), working groups (closed, Fabra i Coats)
4-6,30pm “Making Public Program” round table, Auditorium, Fundació Antoni Tàpies
               Jaeyong Park (Apap5, Anyang- South Korea)
               Karima Boudou (Appartement22, Rabat)
               Equipo Palomar (artists, Barcelona)
               Daisuke Koisugi & Ina Hagen (artist & founder of Louise Dany artist run space, Oslo)
7pm onwards Intervention by Julia Gorostidi (BAR TOOL#0)

22th March
10am-1pm The Walking tour (Hospitalet area), working groups (closed, Fabra i Coats)
4-6,30 pm “Making Public Program” round table, Auditorium, Fundació Antoni Tàpies
                 Leire Vergara (Bulegoa, Bilbao)
                 Daniel Blanga-Gubbay (Aleppo, Brussels)
                 Helmut Batista (Capacete, Rio de Janeiro)
                 Veronica Valentini, Andrea Rodriguez Novoa, Juan Canela (BAR project, Barcelona)
7pm onwards Interventions by Ibai Hernandorena and Tali Serruya (BAR TOOL#0)

23th March
11am-1pm My Studio Visit. The city as studio: “Estruch 24-26, 3° 1ª” by Equipo Palomar (artists, Barcelona)
5-11,30pm Fundació Antoni Tàpies:
5-6pm Workshop for Humans by Kroot Juurak & Alex Bailey (performers, Wien) – separate registration at kulturtier@gmail.com
7-9pm BAR Public talk “Making Public Program”, Auditorium – open to general public
With Santiago Villanueva (Mamba, Buenos Aires), Valerio Del Baglivo (curator, Rome), Jaeyong Park (Apap5, Anyang- South Korea), Daniel Blanga-Gubbay (Aleppo, Brussels), Karima Boudou (Appartement22, Rabat), Leire Vergara (Bulegoa, Bilbao), Helmut Batista (Capacete, Rio de Janeiro), Veronica Valentini, Andrea Rodriguez Novoa, Juan Canela (BAR project) and Carles Guerra (Tapies Foundation)
9-11,30pm BAR party, live show by Josep Maynou (artist, Barcelona), terrace – open to general public

24th March
Studio visits with local artists

* (in ancient Greece, the symposium meant “to drink together”)
Gif by Priscila Clementti
NB: the program might be subject to changes

Full text here
In collaboration with Fundació Antoni Tàpies


News

More info:

http://us6.campaign-archive2.com/?u=a8356c53eafe14c1acc1e7c7b&id=88cb76cc07&e=9e3b3f5d69

Drinking while walking while hosting while thinking while making together is the leitmotiv of BAR project, who takes its name from the popular and social gathering place in south European culture in order to recontextualize it and be able to work and practice (reflection-in-action) in a flexible, informal and critical way. This working condition and status goes beyond the bar extending curatorial practice into working on public realm and takes the city of Barcelona as a public project space. continues
The BAR International Symposium “Making Public Program” consist in an intensive week of working groups, roundtables, actions, My studio visit, Walking tour, performances and drinks to celebrate BAR project 2013-2017 Public Program and reflect on the past, present and future of what public programing means. A number of guest practitioners will spend a whole week in Barcelona in order to discuss and perform together on the topic; the output of that brainwork will be made public and opened to the participants of the symposium and to a larger public through the various activities building the symposium. continues

SYMPOSIUM PROGRAM
Registration until the 15th of March 2017

20th March
10am-1pm The Walking tour (Raval&Poble sec area), working groups (closed, Fabra i Coats)
4-6,30pm “Making Public Program” round table, Auditorium, Fundació Antoni Tàpies
Emily Pethick (Showroom, London)
Pablo Martínez (MACBA, Barcelona)
Santiago Villanueva (Mamba, Buenos Aires)
Valerio Del Baglivo (curator, Rome)
              Florencia Portacarrero (curator, Lima) presents Manifestaciones Públicas de Afecto, publication residency BAR project 2016
7pm onwards Intervention by Enea Cabanes (BAR TOOL#0)
BAR Welcome vermouth

21th March
10am-1pm The Walking tour (Eixample area), working groups (closed, Fabra i Coats)
4-6,30pm “Making Public Program” round table, Auditorium, Fundació Antoni Tàpies
               Jaeyong Park (Apap5, Anyang- South Korea)
               Karima Boudou (Appartement22, Rabat)
               Equipo Palomar (artists, Barcelona)
               Daisuke Koisugi & Ina Hagen (artist & founder of Louise Dany artist run space, Oslo)
7pm onwards Intervention by Julia Gorostidi (BAR TOOL#0)

22th March
10am-1pm The Walking tour (Hospitalet area), working groups (closed, Fabra i Coats)
4-6,30 pm “Making Public Program” round table, Auditorium, Fundació Antoni Tàpies
                 Leire Vergara (Bulegoa, Bilbao)
                 Daniel Blanga-Gubbay (Aleppo, Brussels)
                 Helmut Batista (Capacete, Rio de Janeiro)
                 Veronica Valentini, Andrea Rodriguez Novoa, Juan Canela (BAR project, Barcelona)
7pm onwards Interventions by Ibai Hernandorena and Tali Serruya (BAR TOOL#0)

23th March
11am-1pm My Studio Visit. The city as studio: “Estruch 24-26, 3° 1ª” by Equipo Palomar (artists, Barcelona)
5-11,30pm Fundació Antoni Tàpies:
5-6pm Workshop for Humans by Kroot Juurak & Alex Bailey (performers, Wien) – separate registration at kulturtier@gmail.com
7-9pm BAR Public talk “Making Public Program”, Auditorium – open to general public
With Santiago Villanueva (Mamba, Buenos Aires), Valerio Del Baglivo (curator, Rome), Jaeyong Park (Apap5, Anyang- South Korea), Daniel Blanga-Gubbay (Aleppo, Brussels), Karima Boudou (Appartement22, Rabat), Leire Vergara (Bulegoa, Bilbao), Helmut Batista (Capacete, Rio de Janeiro), Veronica Valentini, Andrea Rodriguez Novoa, Juan Canela (BAR project) and Carles Guerra (Tapies Foundation)
9-11,30pm BAR party, live show by Josep Maynou (artist, Barcelona), terrace – open to general public

24th March
Studio visits with local artists

* (in ancient Greece, the symposium meant “to drink together”)
Gif by Priscila Clementti
NB: the program might be subject to changes

Full text here
In collaboration with Fundació Antoni Tàpies


Open Call

Chamada aberta para brasileiros e/ou estrangeiros que morram no Brasil

Frisamos que o CAPACETE/Rio será dirigido por Camilla Rocha Campos e teremos

diferentes residentes internacionais durante este ano de 2017 com os quais o

candidato poderá dialogar. Temos um espaço de exposição tanto quanto

possibilidades de desenvolver seminários, etc. Não é imperativo fazer um projeto

final para esta residência.


Open Call

Chamada aberta para brasileiros e/ou estrangeiros que morram no Brasil

Frisamos que o CAPACETE/Rio será dirigido por Camilla Rocha Campos e teremos

diferentes residentes internacionais durante este ano de 2017 com os quais o

candidato poderá dialogar. Temos um espaço de exposição tanto quanto

possibilidades de desenvolver seminários, etc. Não é imperativo fazer um projeto

final para esta residência.





Pedro de Niemeyer Cesarino

Quarta-feira dia 1 de abril as 19:30

PC1-1

Pedro de Niemeyer Cesarino é professor do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo.Publicou recentemente os livros Oniska – poética do xamanismo na Amazônia (Editora Perspectiva, 2011,3o lugar do Prêmio Jabuti de Ciências Humanas), e Quando a Terra deixou de falar – cantos da mitologia marubo(Editora 34, 2013), além de artigos e textos literários. Tem desenvolvido pesquisas sobre etnologia indígena e interfaces entreantropologia, literatura e arte.



Mission

 

Our globalized contexts are structured by an unequal social distribution of labour and wealth, increasingly moulded by speculative market-based economics. Many of today’s cultural manifestations are large-scale events that are too often either directed at a generic public or a restricted elite. This reduces and neutralizes the concrete ethical and political reach of art, as well as its potential for fostering discussion and inspiring other ways of working, thinking, relating, and living.

Our intention is to build situations and develop strategies that provide a concrete and actual alternative to this state of affairs. Our program is designed to reflect the cross-disciplinary character of contemporary aesthetic practices, by working with artists and thinkers whose endeavours articulate the theoretical world with artistic presentations in several formats and dynamics and for different audiences. By challenging the actual state of culture, economy and education, our primary function will embrace self-organized, artist-run, participatory and collaborative modes of action as a fundamental part of the content and structure of its activities.

Such initiatives can only be developed over time, by means of the simultaneous activation and advancement of various forms of exchange, distribution, and production. Our intention is to remain responsive and fluid throughout this process, adjusting our strategies, tactics, and aims as we develop. An integral aim of our program is to continually expand our platform of exchange, by bringing in new participants and interlocutors, fostering relationships with different institutions and organizations, as well as by deepening our ties and relationships with established collaborators.

CAPACETE acts at the intersection of various social and professional fields, thus requiring the selected participants to fully embrace an open and “horizontal” dialogue, and to actively engage in program activities by instigating projects that can in turn act as platforms for disseminating information, promoting active responses, and generating public debate.




Inscrições para o programa 2017 em Athenas

documentas

Mais abaixo você encontra o Programa 2017, e outros documentos a serem consultados e preenchidos;

Below you will find the Program 2017, aims and application papers to be consulted and filled;

Abajo encontrará el Programa 2017, y otros documentos para ser consultado y completado;

 

Abaixe o Programa 2017 aqui em português:

Download (PDF, 125KB)

Programa 2017 aca en español:

Download (PDF, 142KB)

2017 Program in ingish:

Download (PDF, 121KB)

Program aims:

Download (PDF, 191KB)

Application:

Download (PDF, 213KB)


Anna Bella Geiger

Wednesday the 25th of march at 19:30

Inserts in the field of anthropology ? or work in the field of art ?

ana bella geiger

Anna Bella Geiger Artist. Degree in Anglo – German studies at UFRJ , in Sociology of Art from New York University and the New School for Social Research ( 50 ) . Held solo exhibitions and participated in group in Brazil and abroad, as in the Biennial of Sao Paulo and Venice. His works are part of collections like the MoMA (New York ) , the Centre Georges Pompidou (Paris) , Tate Modern ( London) , among others. Published , with Fernando Cocchiarale , the geometric abstractionism book and informal ( Funarte , 1987).

Reading indication by Anna Bella Geiger
1 – Tristes Trópicos, Lévi-Strauss
2 – Naissances Mystiques, Mircea Eliade
3 – Samoa: The Adolescent Girl, Margaret Mead

 


Anna Bella Geiger

Quarta dia 25 de março as 19:30

Inserções no campo da Antropologia? ou um trabalho no campo da Arte?

ana bella geiger

Anna Bella Geiger – Artista. Graduada em Letras Anglo-Germânicas pela UFRJ, em Sociologia da Arte pela New York University e pela New School for Social Research (anos 50). Realizou exposições individuais e participou de coletivas no Brasil e no Exterior, como nas Bienais de São Paulo e de Veneza. Seus trabalhos integram coleções como a do MoMA (Nova York), do Centre Georges Pompidou (Paris), Tate Modern (Londres), entre outras. Publicou, com Fernando Cocchiarale, o livro Abstracionismo geométrico e informal (Funarte, 1987).

Leitura indicada por Anna Bella Geiger
1 – Tristes Trópicos, Lévi-Strauss
2 – Naissances Mystiques, Mircea Eliade
3 – Samoa: The Adolescent Girl, Margaret Mead

 


Leandro Nerefuh

Quarta dia 18 de março as 19:30

Leandro Nerefuh

The Telepathic Motion Picture of ‘The Lost Tribe’

libidiunga_seringuero

Sinopse: Com o propósito de contribuir para a evolução social e humana no continente americano, empreendemos a expedição telepática ou psicocênica da tribo perdida, que somos nós. Nós que habitamos os trópicos e fomos enganados pela promessa de progresso e crescimento anual. Começamos nossa jornada beyond caverna. Nosso sentido evolucionário não principia no mocó de pedra, em volta da fogueira, e na imitação da caça animal nos chapadões. Tampouco na grande descida da árvore nas florestas, que aparenta o humano ao macaco em busca do missing link. Seguimos a deusa branca da selva, que vem pregar uma nova insurgência telúrica. Profere Umbelina:

O humano beyond-caverna é o sentido da terra

Exorto-vos a permanecerem fiéis à terra

e a não acreditar em quem vos fala de esperanças supraterrestres.

O humano beyond-caverna só poderá existir na terra e com a terra.

Leandro Nerefuh (1975) vive em São Paul / Brasil – Graduado em História da Arte (Goldsmiths College, 2007) e mestrado em Estudos Culturais (London Consortium, 2009), Leandro trabalha com a tradução formal de material histórico, com especial interesse pela América Latina. Desde 2009, apresentou projetos em W139, Amsterdam; MAM – SP; Zacheta Galeria Nacional, Varsóvia; Palácio das Artes, Belo Horizonte; 30 Bienal de São Paulo; Festival Sesc VideoBrasil; CCSP, São Paulo; Museu Reina Sofia, Madrid; ICA, Londres; CCCB, Barcelona, entre outros. Leandro é membro- fundador do PPUB, Partido pela Utopia Brasileira, atuante no Brasil, Paraguai e Uruguai.

Leitura indicada por Leandro Nerefuh

Kodwo Eshun, More Brilliant than the Sun: Adventures in Sonic Fiction
Oswald de Andrade, Obras Completas Volume 6
(os textos: A crise da Filosofia Messiânica e A Marcha da Utopia)
Waly Salomão, Babilaques e Alguns Cristais Clivados (ou qualquer outro dele)

 


Leandro Nerefuh

Quarta dia 18 de março as 19:30

Leandro Nerefuh

The Telepathic Motion Picture of ‘The Lost Tribe’

libidiunga_seringuero

Sinopse: Com o propósito de contribuir para a evolução social e humana no continente americano, empreendemos a expedição telepática ou psicocênica da tribo perdida, que somos nós. Nós que habitamos os trópicos e fomos enganados pela promessa de progresso e crescimento anual. Começamos nossa jornada beyond caverna. Nosso sentido evolucionário não principia no mocó de pedra, em volta da fogueira, e na imitação da caça animal nos chapadões. Tampouco na grande descida da árvore nas florestas, que aparenta o humano ao macaco em busca do missing link. Seguimos a deusa branca da selva, que vem pregar uma nova insurgência telúrica. Profere Umbelina:

O humano beyond-caverna é o sentido da terra

Exorto-vos a permanecerem fiéis à terra

e a não acreditar em quem vos fala de esperanças supraterrestres.

O humano beyond-caverna só poderá existir na terra e com a terra.

Leandro Nerefuh (1975) vive em São Paul / Brasil – Graduado em História da Arte (Goldsmiths College, 2007) e mestrado em Estudos Culturais (London Consortium, 2009), Leandro trabalha com a tradução formal de material histórico, com especial interesse pela América Latina. Desde 2009, apresentou projetos em W139, Amsterdam; MAM – SP; Zacheta Galeria Nacional, Varsóvia; Palácio das Artes, Belo Horizonte; 30 Bienal de São Paulo; Festival Sesc VideoBrasil; CCSP, São Paulo; Museu Reina Sofia, Madrid; ICA, Londres; CCCB, Barcelona, entre outros. Leandro é membro- fundador do PPUB, Partido pela Utopia Brasileira, atuante no Brasil, Paraguai e Uruguai.

Leitura indicada por Leandro Nerefuh

Kodwo Eshun, More Brilliant than the Sun: Adventures in Sonic Fiction
Oswald de Andrade, Obras Completas Volume 6
(os textos: A crise da Filosofia Messiânica e A Marcha da Utopia)
Waly Salomão, Babilaques e Alguns Cristais Clivados (ou qualquer outro dele)

 


Hotel-Capsula

Nosso Hotel-Capsula é o primeiro da América Latina e foi concebido para atender uma crescente demanda de estadias para profissionais com reduzida capacidade financeira, e também uma resposta às crescentes especulações imobiliárias na cidade do Rio de Janeiro.

Este espaço pode ser alugado para períodos curtos de até 3 a 4 dias (ou a discutir com a equipe do CAPACETE). O preço inclui todo o serviço de casa (internet, banheiro e uso da cozinha). A diária é de R$ 30,00 para uma pessoa ou R$ 40,00 para duas.

Unbenannt-9

 


Edifício Copan

Copan-rooftop.view

Nossa residência em São Paulo é no edifício COPAN (no 22º andar e em estado original). Este apartamento faz parte integral do nosso programa anual possibilitando que os participantes possam se hospedar na cidade de São Paulo.

Pessoas externas podem alugar quartos caso haja vaga (preços incluem todos os custos) para 1 quarto que acomoda até 2 pessoas. Os valores são: R$ 250,00 = dia/noite; R$ 800,00 = semana; R$ 2500,00 = mês.

Por favor, caso tenha interesse e/ou dúvidas envie um email para: copan@capacete.org

COPAN 006-maio 2009


Copan building

COPAN 006-maio 2009

Our residency apartment in the COPAN building (22nd floor in original state) is a stop for our candidates during the yearly program.

External people of the program can rent one or two of our rooms at reasonable prices (all inlcuded):

1 room (up to 2 people) = 100 USD/night/day

1 room (up to 2 people) = 300 USD/week

1 room (up to 2 people) = 1000 USD/month

Please inquire with us if you have other questions: copan@capacete.org

Copan-rooftop.view

 


Capsule Hotel

 

Our capsule hotel, based on Japanese capsule rooms, is the first of its kind in South America. It can be rented by the day with pre-approval by our staff. Long stays (more than 3 nights) are not allowed. Rents are at USD 12/day which includes, sheets, bathroom, free internet and the use of the kitchen. For reservation and pricing please contact: hotel@capacete.org

The Hotel / Capsule is an answer to the increasing rents in the city of Rio de Janeiro. It shall function to receive artists and other collaboradores of CAPACETE, who for financial reasons or because they live far away, would not be bale to stay in the city of Rio.

capsule hotel

 







Agenda 2015

 

The 2015 program is constituted mainly by:

1 – 10 lectures of 3 to 5 days each closed to the group of selected participants;

2 – 1 talk/presentation/performance each wednesday night at 19:00 by invited professionals. We shal lhave about 35 guests;

3 – The program also includes studio visits to local artists, trips to São Paulo and other cities and may also include another trip south american country (if finances of the participants allow);

4 – A final project that shall be discussed with the group along the year;

—–

The lectures for 2015 are (closed to the participants and dates can have changes):

PC1-1

16/17 of March with Pedro de Niemeyer Cesarino

Humanity, person and multiplicity
The seminar will reflect upon the variations and tranformations of the notion of “human” in different onthological refrains, focusing on the problens of concepts such as multiplicity, conexion, neighborhood relationship, limit and becoming. I will present specific cases provenient from ethnographical studies about different societies taken as tradicional and non-Eastern. These cases will be articulated with reflections produced about the hipercapitalist capitalis context. I aim to, in other words, offer elements to the understending of specific configurations of body and person involved in different status of mankind and its respective regimes of creativity and expression.

Pedro de Niemeyer Cesarino has graduated from the Universidade de São Paulo and has his máster and PhD in social ontropology through Museu Nacional/ UFRJ. He researches indian etnology (with emphasis on studies of shamanism and cosmology), oral traditions, translation and anthropology of art. Was Assistant Professor of Anthropology in the Department of Art History of Art at the Federal University of São Paulo. He is currently professor in the Department of Anthropology, University of São Paulo, in the field of Anthropology of Expressive Forms. He is the author of “Oniska – poetic shamanism in Amazonia” (São Paulo, Prospect, 2011) and “When the earth stopped talking” – Marubo corners of the mythology (Editora 34, 2013), and numerous articles published in professional journals. In recent years, also published literary texts and works of drama.

—-

amilcar_02

12-17 of April – Amilcar Packer

Guided conversations – compose a mediational space – through clinical and philosophical and poetical perspectives – that tangent the curatorial – excuses to let time go – together – for a few days – contradicting – and insisting – in provisional states – and digesthétics – skin of thinking – ethics of existence.

Amilcar Packer was born in Santiago de Chile in 1974 and moved to Brazil in 1982. Degree in Philosophy by the University of São Paulo, is finishing a Master in Clinical Psychology by the Center for the Study of Subjectivity of the PUC São Paulo. Packer develops a practice that reconfigures the semantic fields of objects, architectures and human bodies through actions and interventions, photographies, videos, installations, and presentations in various formats establishing relational fields, which seek to subvert the normative grammars of social spaces and historical mechanisms of power. Its activities aim to neutralize dominant discourses, and contribute to uninstall oppression devices that are crystallized in the cultural distribution of the sensible – with its correlate segregation of space -; in the sedimentation of power structures – and its naturalization in language; and in social and socializing behavioral standards – and its politics of homogenization of subjectivities.
Packer collaborates regularly with artist-run and autonomous intiatives such as Como_clube, Casa do Povo and CAPACETE, where, between the years of 2011 and 2013, he co-directed the international artistic research residency program. Taking the arts as a less hierarchical activity and privileged field for developping ethical experimentations, his activities are extended to discursive formats, classes and workshops, meetings and conversations, lunches and tours that establish spaces and provisional states for collective dynamics, where predominate building horizontality, critical debate, mutual learning and coexistence. In recent years, he participated in educational programs as Städelschule, Frankfurt , Germany, 2013; PIESP – Porgrama Independente da Escola São Paulo, 2013; Centro de Investigaciones Artisticas, Buenos Aires, Argentina, 2013; History Matter CCA – Lagos, Nigeria in 2012; Universidade de Verão, Rio de Janeiro, 2012 and 2013; New Choreographers, CCSP, 2010; the Harbor School, Beta Local in San Juan , Puerto Rico , in 2011; On Reason and Emotion, Sydney Biennial 2004 educational programs – Hobart School of the Arts, Launceston School of the Arts, Tasmania, Autrália, 2004

—–

Jorge Menna Barreto

May – Jorge Menna Barreto

Food activism, agroecology and site-specific practices are among the issues to be discussed and practiced in a colaborative and imersive 7-day workshop in the country side of Rio de Janeiro.
Jorge Menna Barreto – Artist, translator, professor, educator and critic. MFA and PHD in Fine Arts from the University of São Paulo, Brazil. Presently doing a post-doctoral research at UDESC on the relationship between agroecology and site-specific practices in art.

—–

Beginning of june – Daniela Castro & Anne Szefer Karlsen

The course address the impact that Neoliberalism has had on the social production of space and on artistic production. From an investigation about the political and economical transformations that influenced significant spatial changes in the last decades, we will show the mechanisms by which the city became the stage for the instrumentalization of culture in the age of financial capital.
The instrumentalization of culture as a symbiotic relationship with economy was a construction of the hegemonic power, one designated  as a response to the crisis of the world “stagflation” at the end of the 70s and beginning of the 80s.  This response culminated in the delegation of financial capital to the private sphere for the elaboration of public policies oriented towards establish the social and aesthetical contours of the city and of the arts.
Since the 80s, we have seen bureacucratic administration of the city move from the public sector to current models of private-public partnerships of urban enterpreneurism. In the arts system as well, the decline of state funding and the growing influence of corporate sponsorship (either directly or by means tax subsidies) have spread thoroughout the production, dissemination, and reception of contemporary art. The workshop will focus on the mechanisms by which this symbiotic relationship between economy and culture “naturalizes” the power exerted by the interests of private capital as an agent who defines the landscape of social life.

Daniela Castro (Brasil, 1976) Daniela Castro (1976, Brazil) is a writer and curator based in  São Paulo. Castro graduated in Art History from University of Toronto (2003/Canada). She has been awarded study grants and residency fellowships at the University of Hong Kong (2002/China), Peggy Guggenheim Collection Museum (2005/Italy), the Art Gallery of York University (2007/Canada), Hordaland Kunstsenter in (2010/Norway) and IASPIS (2010/Sweden). Conceived and curated the *Recombining Territories, *an itinerant and interchanging exhibition that’s travelled seven capitals of Brazil (2006-2010). Co-curated with Jochen Volz *The Spiral and the Square: exercises on translatability *at Bonniers Konsthall, Stockholm, which interchanged and travelled to Trondheim and Kristiansand, both in Norway (2011-12). Curated *A Radically Condensed History of Post-Industrial Life LADO A/LADO B*, an exhibition in LP format for the “Impossible Show” at El Spacio, Madrid (2010-11). Curated *Lights Out, *the inaugural exhibition at the Museum of Image and Sound – MIS (2008/São Paulo). She’s been publishing widely in national and international art publications, and taught workshops on art writing and curatorial practices throughout Brazil.  Published her first book, co-authored with Fabio Morais, titled *ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, assim mesmo, em CAIXA ALTA e sem notas de roda-pé *(Florianópolis: Par(ent)esis Art Book Publisher, 2010)

—–

Ricardo Basbaum

Final de Junho – Ricardo Basbaum

The production of the artist: conversations and exercises on the production of oneself as an artist
This workshop proposes to raise a collective conversation and discussion about some of the traces and topics that constitute the “image of the contemporary artist” – and also, through a series of written exercises, bring the problem of “how one produces oneself as an artist” as a matter of practice. The departure point is the comprehension that the contemporary system of art is a complex composition of several layers of mediation that needs to be experienced by whoever intends to make a move in such a territory; this is a consequence, by one side, of the 1960s ‘dematerialization’ of the art practice, and, by other, of the so-called ‘globalization’ process typical from the new economic world order which emerged since the 1980s. Among so many different layers of institutional and relational protocols, where can be located the artist and the artwork, subject and object of the sensorial and conceptual experience? The workshop is organized around a pre-prepaired set of problems that encompass some of the aspects involved in the contemporary art practice – from the practitioners’ point of view, specially the artist: the context, the proposition, the group, the historical and critical discourses, the curatorial knowledge, etc. What is generated from this is a conversation about how one produces oneself as an artist in face of the local/global context. For each topic, a specific bibliography is assigned. The dynamics includes the reading and discussion of texts, but also that each of the participants writes in direct relation to each of the themes: the texts are then collectively read and discussed at each meeting. Therefore, writing and reading are meant to be taken as practical exercises on the “production of oneself as contemporary artist” at a specif location and context.

Ricardo Basbaum (São Paulo, Brazil 1961). Lives and works in Rio de Janeiro. He is an artist and writer, investigating art as an intermediating device and platform for the articulation between sensorial experience, sociability and language. Since the late 1980s, he has been nurturing a vocabulary specific to his work, applying it in a particular way to each new project. His work was recently included at Something in Space Escapes our Attempts at Surveying (Kunstverein Stuttgart, 2014), the 30º São Paulo Biennalle (2012), Garden of Learning (Busan, 2012) and Counter-Production (Generali, Viena, 2012), among other events. Exhibited at documenta 12 (2007). Recent solo-projects include re-projecting (london) (The Showroom, London,2013). An athology of his diagrams was presented at the Centro Galego de Arte Contemporánea, Spain (diagrams, 2013). He is the author of Manual do artista-etc (Azougue, 2013) and Além da pureza visual (Zouk, 2007) and contributed to Materialität der Diagramme – Kunst und Theorie (edited by Susanne Leeb, b_books, 2012). Professor at the Instituto de Artes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Worked as Visiting Professor at the University of Chicago (2013).

—–

andrea fraser

End of August – Andrea Fraser

Andrea will lead a 4 day workshop focused on a range of psychoanalytic approaches to group relations, art engagement, and performance. The workshop will include a discussion of readings that will be provided; experiential self-study of group process; performance exercises; and group discussions of projects by participants applying various methods.

Andrea Fraser is a Los Angeles-based artist whose work has been identified with performance, feminism, context art and institutional critique. She was a founding member of the feminist performance group The V-Girls (1986-1996), the project-based artist initiative Parasite (1997-1998) and the cooperative art gallery Orchard (2005-2008). Her books include A Society of Taste, Kunstverein München, 1993; Report, EA-Generali Foundation, 1995; Andrea Fraser: Works 1985-2003, DuMont Buchverlag, 2003; Museum Highlights: The Writings of Andrea Fraser, MIT Press, 2005; and Texts, Scripts, Transcripts, Museum Ludwig Köln, 2013. The Museum Ludwig Köln presented a retrospective of her work in 2013 in conjunction with her receipt of the Wolfgang Hahn Prize. She is Professor of New Genres in the Department of Art at the University of California, Los Angeles and visiting faculty at the Whitney Independent Study Program.

——

Bik van der Pol

Septembero – Bik van der Pol

Proposition for reclaiming a space

This seminar concerns the ability and responsibility of artists to be in charge of their own ‘context’, in terms of both production and presentation. The broader aim concerns the urgent question if and where art may be of service in producing a public sphere, also in the political sense of that term. Our hypothesis is that the increasing privatisation of public property, as well as the increasing use of private date for public ‘good’ under neoliberalist developments has lead to the loss of a somehow meaningful public space.

Our concern is that if this loss coincides with the loss of the position of the artwork in the eye of the public, how then can art as public space be disclosed-or somehow be useful- for its political potential. In a world where the value of art is challenged, it is timely to reinvest in its place in society. For a society to be, encounters have to happen, and in order to experience the potentiality of space to become public, its conditions have to be created to prepare the ground for an encounter to occur.

We embrace the qualities intrinsic to artistic practice, as a means to disclose – make public – what is at stake in public space. The issue of public space has long been articulated in close connection to democracy, and many theorists have argued that when democracy is under threat, so is public space. The discussion of public issues is therefore not exclusively of this time, but all the more relevant in light of the current increase of private ownership and privatization of public space.

With the term ‘public space’ we refer to any site of potential conflict over rights, information, relations, and objects – a space that requires articulation, so that a community can be formed, called to order, and enter the order of the political. ‘Publicness’ does not manifest itself in spatial matters only. In fact, recent debates over forms of common property such as knowledge and culture show that public space is to be understood in the broadest terms possible – as that which holds the fabric of experience-as-community together. Threatened by forms or acts of exclusion, privileged access, and disinformation, these sites of public property are just as precarious as natural resources, and need to be rearticulated time and again. However, if the economic paradigm forces us to retreat from the realm of publicness, then what is the public issue?

The model of the dialogue, understood as a constant negotiation between citizens in any form, will be investigated on its potential to establish and articulate collective space.

 

Bik Van der Pol work collectively since 1995. They live and work in Rotterdam.
Website: www.bikvanderpol.net <http://www.bikvanderpol.net/>
Bik Van der Pol explore the potential of art to produce and transmit knowledge. Their working method is based on co-operation and research methods of how to activate situations as to create a platform for various kinds of communicative activities.
solo shows and projects (selection):
Between a Rock and a Hard Place, Sudbury, Canada (2012);
Accumulate, Collect, Show, new work for Frieze Projects, Frieze Art Fair, London; Musagetes Foundation, Sudbury (2011)
Are you really sure a floor can’t also be a ceiling? ENEL Award 2010, MACRO museum, Rome (2010)
It isn’t what it used to be and will never be again, CCA Glasgow (2009)
I’ve got something in my eye, Marie Louise Hessel Museum/CCS Bard, Annandale-on-Hudson, NY; Plug In 28, Pay Attention, Act 1, 2, 3, Van Abbe Museum, Eindhoven (2008)
Issuefighters, INSA Art Space, Seoul (2007). Workshopproject and publication (entitled +82, appeared feb.2007); Fly Me To The Moon, Rijksmuseum, Amsterdam (2007)
Secession, Vienna (2005)
Nomads in Residence/No.19, a mobile workspace for artists, Utrecht (2003, with Korteknie Stuhlmacher architects)

——–

Carla Zaccagnini

October– Carla Zaccagnini

Between 1993 and 1998 I worked in an educational travel agency that was called at, that time, “Pagu”. The agency had to change its name due to a complaint filed by Patricia Galvão’s heirs. In my work I used to guide 7th grade students through the historical cities of Minas Gerais: Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Tiradentes, and other ones. Abandoned when the gold-mining industry came to an end, these cities mantained most of their urban structure, the buildings and the characteristic objects of XVIII and XIX century society and culture. I feel that these buildings and objects now have an ambivalent status, between that of an art work, an architectural monument, and a hsitorical document.
We used to have enriching conversations amongst the group of historians and the students that accompanied me on these trips. We discussed the pendulum-like dynamic of testimonies from the past, as well as the social function of the arts, the definitive role of the observer, certain conceptions of Brazilian art, and the structure of our contemporary society. It makes me think then that it is maybe by means of a certain distancing that we can gain a perspective on the past, one that might help us see things clearly. Maybe, on the other hand, it can be by a certain kind of “dive” in those places that clues from this history can be perceived, a history that somehow still acts upon us and appears everywhere, surrounding us. Or perhaps, such perspectives were engendered by the fact that our group of people drifted through these places for several days, focusing on thinking about what these places inspired in us.
I propose that we make this journey together.

Carla Zaccagnini (Buenos Aires, 1973 – Lives in São Paulo and Malmö) is an artist and writer with a Master in Poéticas Visuais at Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo. She is currently a grantee of the KfW Stiftung at Kunstlerhaus Bethanien Program (Berlim, 2013-14). She took part in the following group exhibitions 9th Shanghai Biennale (Xangai, 2012), 2nde Biennale de Benin (Cotonou, 2012), Planos de Fuga, uma exposição em obras (CCBB-SP, 2012),Modelos para Armar: Pensar Latinoamérica desde la colección MUSAC (Leon, Espanha, 2010) and28a Bienal de São Paulo (2008), among others. Recent solo shows include Pelas Bordas (Galeria Vermelho, São Paulo, 2013),Plano de falla (Ignacio Liprandi, Buenos Aires, 2011), Imposible pero necesario(Galeria Joan Prats, Barcelona, 2010) and no. it is opposition. (Art Galery of York University, Toronto, 2008). Her work has been featured in Cream 3 (London: Phaidon Press, 2003), Contemporary Art Brazil(Thames and Hudson, London 2012) and Art Cities of the Future, 21st-Century Avant-Gardes (London: Phaidon Press, 2013)and is currently represented by Galeria Vermelho (São Paulo) and Joan Prats (Barcelona).

——

Christoph Keller

Cristoph Keller

Hydrology for Artists – An Archeology and Futurology of Hydroelectric Interventions in the Tropical Landscape
The workshop will investigate methods and technologies of hydroelectric industries and their long-term effects on the tropical landscape, climate and bio-diversity in Brazil and South America.
It will offer an introduction into a fictitious “Hydrology for Artists”, assembling basic information and methodologies in the field of hydrology, climatology, energy supply and demand and the technology of hydroelectric plants. The complex situation of bio-diversity and climatology in the greater Amazonian basin will be examined as well as the history of energy extraction through industrial undertakings in the tropical landscape. We will invite guest speakers ranging from scientists to mentors of indigenous rights, watch films and analyze material related to the topic.
The aim is to enable the participants to contribute to the public debate around the topic and mediate it with artistic means and from an arts perspective.
In his installations frequently resembling experimental configurations, German artist Christoph Keller uses the discursive possibilities of art to investigate the themes of science and its utopias. The Cloudbuster-Projects (since 2003) involve reenactments of Wilhelm Reich’s experiments for influencing the atmosphere with orgon energy. In Encyclopaedia Cinematographica (2001) and Archives as Objects as Monuments (2000), Keller focuses upon the archeology of scientific film, the impossibility of objective documentation, and the problem of the archival urge to bring order to comprehensive knowledge. In spite of all methodological objectivity, a selective and deliberate design is always at work here. In Expedition-Bus and Shaman-Travel (2002), a mirrored camping bus for research trips, the ethnographic viewpoint of science is exposed as a projection of its own culture. The viewer is drawn into the installation and becomes a field investigator, for Keller is ultimately concerned with linking the methods and procedures of scientific work with a spatial but also psychological-physical experiencing of art.

Keller is often working on themes at the frontiers of science, such as the connection between hypnosis and cinematography in Hypnosis-Film-Project (2007) or Visiting a Contemporary Art Museum under Hypnosis (2006) for which he studied and experimentally applied hypnotic methods: The Mesmer Room (2006). In The Chemtrails Phenomenon (2006) and The Whole Earth (2007), the theme is conspiracy theories in the Internet, which as “scientific constructs” are likewise expressions of a certain state of consciousness in society. In his work-cycle on Inverse Observatories (since 2007) Keller reverses the view: It is not the universe that is observed, but rather the observation itself. In 2008 he also founded an interdisciplinary research group for the representation of altered states in the arts at the Art-University of Bern. Leading to the very boundaries of language is the video-installation Interpreters (2008) in which simultaneous translators translate in two directions while reflecting on their work. The video Verbal/ Nonverbal (2010) shows a number of test subjects in front of a neutral white background inhaling a hallucinogenic gas and hence speaking about their experiences.
Christoph Keller first studied mathematics, physics and hydrology, before continuing his studies at the art academy in Berlin and in Cologne. His works are present in many international exhibitions like the Lyon Biennial (2011), Klimakapseln, Museum für Kunst und Gewerbe, Hamburg (2010), the Bienal del Fin del Mundo, Argentina (2009), Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brazil (2009), Dreamtime, Musé des Abattoirs in Toulouse (2009), Artfocus Jerusalem (2008), Made in Germany in Hannover (2007) or the solo-exhibition Observatorium in the Kunstverein Braunschweig (2008) or LIAF Lofoten (2011). Æther – between cosmology and consciousness (2011) at Centre Georges Pompidou in Paris was his first artistic and curatorial-project in an institutional context.
He received several awards and grants for his work like the Ars Viva-Preis for art and science, the P.S.1 studio-grant in New York, Residences Internationales aux Recollets, Paris, BM Suma in Istanbul and Capacete in Sao Paulo, Brazil. Christoph Kelller is based in Berlin. Currently he is teaching as guest professor for media art at the Hochschule für Gestaltung in Karlsruhe, as well as at the visual art department of the Haute école d’art et de design in Geneva.

 

—–

Suely Rolink

End of november/december – Suely Rolnik

How to dribble the colonial unconscious?
Walking along a Mobius strip with Lygia Clark, some Tupinambá Indians and a few Frenchmen, Suely Rolnik will seek to bring to light and mobilize a political consciousness anchored in the production in thought, desire, and subjectivity. Politics of this sort were directly repressed by Occidental Europe in all of the cultures that were subjected to it (including those within its geographical boundaries) during the colonial period and its offshoots. This repression constituted the fundamental micropolitical operation of colonization.

The productive politics we propose is nowadays on the path to its actualization, injecting its corporeal knowledge into the logocentric veins of the Occidental modernity in crisis. Such a return of the repressed in the exercise of the thought relies on its strength and craftiness in order to dribble the Colonial Unconscious, one that still structures subjectivity and structures the play of desire in our time. Is it not the irruption of precisely such a return of the repressed that we see manifesting itself in the various movements that have been filling the streets and squares of cities worldwide? If that is the case, one should keep in mind that the task at hand is indefinite, and in need of constant renewal and attention.

Suely Rolnik / Psychoanalyst, is an art and culture critic and curator. Professor at PUC – SP in Postgraduate Clinical Psychology , and faculty member of the Program of Studies Independientes ( PEI ) at the Museo d’ Art Contemporani Barcelona ( MACBA ). Conducted the project “Obra-Acontecimento”, 65 films that research the memory effects of the poetics of Lygia Clark in the body of the respondents ( a version of the file containing 20 interviews and a booklet was chosen by the Art Forum in the top 10 projects art 2011 and received the first prize of the Brazilian Graphic Design Biennial 2013 ). She was co-curator of the exhibition with C. Diserens “Somos o molde. As you fit the breath . Lygia Clark, da obra ao acontecimento” ( Musée de Beaux Arts de Nantes , 2005 and Pinacoteca do Estado de São Paulo , 2006). Was a founder of the network  The South Conceptualisms (currently composed of 50 researchers from across the continent ); was member of the jury of the Premio Casa de las Americas (Havana , 2014 ) and currently is a member of the advisory board of the 31st São Paulo Biennial taking place from 06 /09 to 09/ 12 2014 . Author of the books “Geopolítica da cafetinagem”. Four essays on the pathology of the present ( SP , N – 1 , 2014; press) , Archive Mania ( dOCUMENTA 13 , 2011) , Anthropophagie Zombie ( Paris, 2012) , Sentimental Cartography . Contemporary transformations of desire ( SP 1989; . 6th ed southern fringes , 2014 ) . and co – authored with Felix Guattari , Micropolitics . Cartographies of desire ( SP 1986; . 11th ed 2011) , published in 7 countries . Author of over 200 papers published in several languages ​​.

—–

helmut

All year round – Helmut Batista
Solvitur ambulando/ It is solved by walking
Is a 10 month workshop with discussions arround questions of acceleration and reduction of production.

Helmut Batista (Rio de Janeiro 1964) studied opera at ESAT/France and worked at the opera of Viena. In 1998 funds CAPACETE, a non profit organization think tank for contemporary investigation. Has produced and organized innumerable talks, presentations, seminars and exhibitions in Brazil and internationally. As an artists, until 1997, he has exhibited at Gallery Schipper, Air de Paris, Massimo de Carlo, Von Senger among others. In 2013 curated an exhibition intitled “CAPACETE” at Portikus in Frankfurt.

 


Calendário 2015

 

O programa 2015 é composto principalmente por:

1 – 10 seminários de 3 a 5 dias cada fechado ao grupo de selecionados/participantes;

2 – 1 fala/apresentação de um profissional convidado todas as quartas-feiras as 19:30. Teremos mais ou menos 35 apresentações em 2015;

3 – O programa também consiste em visitas de ateliers de artistas locais, viagens a São Paulo e outras cidades tanto como uma viagem a um país na america latina;

4 – Um projeto final a ser elaborado coletivamente com os participantes;

——–

Os seminários de 2015 (fechado para os participantes e possíveis mudanças no cronograma):

PC1-1

16/17 de Março com Pedro de Niemeyer Cesarino

Humanidade, pessoa e multiplicidade

O seminário tratará de refletir sobre as variações e transformações da noção de “humano” em distintos regimes ontológicos, tendo em vista os problemas da multiplicidade, da conexão, das relações de vizinhança, de limite e de devir. Serão apresentados casos provenientes de estudos etnográficos sobre sociedades ditas tradicionais ou não-ocidentais, a serem articulados com reflexões produzidas sobre o contexto hipercapitalista contemporâneo. Pretende-se, em outros termos, oferecer elementos para a compreensão de determinadas configurações do corpo e da pessoa envolvidos em distintos estatutos de humanidade e seus respectivos regimes de criatividade e de expressão.

Pedro de Niemeyer Cesarino é graduado em filosofia pela Universidade de São Paulo, mestre e doutor em antropologia social pelo Museu Nacional/ UFRJ. Deselvolve pesquisas em etnologia indígena (com ênfase em estudos sobre xamanismo e cosmologia), tradições orais, tradução e antropologia da arte. Foi Professor-Adjunto de Antropologia da Arte no Departamento de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo. Atualmente, é professor do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, na área de pesquisa Antropologia das Formas Expressivas. É autor de Oniska – poética do xamanismo na Amazônia (São Paulo, Perspectiva, 2011) e Quando a Terra deixou de falar – cantos da mitologia marubo (Editora 34, 2013) e de diversos artigos publicados em revistas especializadas. Nos últimos anos, publicou também textos literários e trabalhos de dramaturgia.

—-

amilcar_02

12-17 de Abril – Amilcar Packer

Conversas dirigidas – compoem um espaço mediador – por meio de perspectivas clínico-filosóficas – e poéticas – que tangenciam o curatorial – pretextos para deixar o tempo passar – juntos – durante alguns dias – nos contradizendo – e insistindo – em estados provisórios – e digestéticos – pele do pensamento – éticas da existência.

Amilcar Packer nasceu em Santiago do Chile em 1974 e mudou-se para o Brasil em 1982. Formado em Filosofía pela Universidade de São Paulo, é mestrando em Psicologia Clínica pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade da PUC São Paulo. Packer desenvolve uma prática que reconfigura os campos semânticos de objetos, arquiteturas e corpos humanos por meio de ações e intervenções, fotografías, vídeos, instalações, e apresentações em diversos formatos que estabelecem campos relacionais e que buscam subverter as gramáticas normativas dos espaços sociais e os mecanismos históricos de poder. Suas atividades visam neutralizar discursos dominantes, e contribuir para desinstalar dispositivos de opressão instituídos e cristalizados na partilha cultural do sensível – com sua correlata segregação do espaço –; na sedimentação de estruturas de poder – e sua naturalização na linguagem; e nos padrões sociais e socializantes de comportamento – que impõem políticas de homogeneização das subjetividades.

Packer colabora regularmente com iniciativas autogestionadas como o Como_clube, a Casa do Povo, e o CAPACETE, do qual, entre os anos 2011 e 2013, foi co-diretor do programa de residências artísticas de pesquisa. Tomando as artes como um território privilegiado para a experimentação ética, suas atividades se extendem em formatos discursivos, aulas e oficinas, encontros e conversas, almoços e passeios que estabecem espaços e estados provisórios para dinámicas coletivas menos hierarquizadas, onde predominam a construção da horizontalidade, o debate crítico, o aprendizado mútuo e a convivência. Nos últimos anos, se apresentou em programas de formação como Städelschule, Frankfurt, Alemanha, 2013; PIESP – Porgrama Independente da Escola São Paulo, 2013, Centro de Investigaciones Artisticas, Buenos Aires, Argentina, 2013; History Matter CCA – Lagos, Nigéria, 2012; Universidade de Verão, Rio de Janeiro, 2012 e 2013; the Harbor, Beta Local, San Juan, Puerto Rico, 2011; Novos Coreógrafos, CCSP, 2010; On Reason and Emotion, Sydney Biennial 2004 educational programs – Hobart School of the Arts, Launceston School of the Arts, Tasmania, Autrália, 2004.

—–

Jorge Menna Barreto

Maio – Jorge Menna Barreto

Ativismo alimentar, agroecologia e práticas site-specific em arte estão entre os assuntos que serão debatidos e praticados nessa oficina imersiva e colaborativa que acontecerá em um ambiente rural do estado do Rio de Janeiro.

Jorge Menna Barreto – Araçatuba, SP, 1970 – Formado em Artes Plásticas pela UFRGS, mestre e doutor em Poéticas Visuais pela ECA-USP. É pós-doutorando na UDESC, onde também atua como professor colaborador. Práticas visuais e discursivas se mesclam em sua trajetória, seja como professor, tradutor, artista, educador ou crítico.

—–

daniela

Ínicio de junho – Daniela Castro

O curso se debruça sobre os impactos que o neoliberalismo exerceu na produção social do espaço e na produção artística. A partir de uma investigação sobre as transformações político-econômicas que influenciaram significativas mudanças espaciais nas últimas décadas, demonstraremos os mecanismos pelos quais a cidade tornou-se palco da instrumentalização da cultura no estágio financeiro do capitalismo. A instrumentalização da cultura como relação simbiótica com a economia foi uma construção do poder hegemônico que se desenhou como resposta à crise da estagflação mundial no final da década de 70 e início dos 80 que, no limite, delegou para a esfera privada do capital financeiro a elaboração de políticas públicas que estabelecem os contornos sociais e estéticos da cidade e da arte. Vimos a passagem do administrativismo público da cidade para o atual modelo de “parcerias público-privadas” do empreendedorismo urbano a partir da década de 80, bem como, no sistema da arte, o declínio do fomento estatal e influência do patrocínio corporativo (direto ou via isenção fiscal) fortemente presente em todas as fases da arte contemporânea: produção, disseminação e recepção. O curso terá como foco os mecanismos pelos quais essa relação simbiótica entre economia e cultura “naturaliza” a força dos interesses do capital privado como agente definidor da paisagem da vida social.

Daniela Castro – 1976. Vive e trabalha em São Paulo. Graduada em História da Arte pela Universidade de Toronto (Canadá), com bolsas de estudos em cultura visual e arquitetura na Universidade de Hong Kong (China), e residências de curadoria pela Hordaland Kunstsenter (Noruega), IASPIS (Suécia), a Art Gallery of York University (Canadá) e o Peggy Guggenheim Collection Museum em Veneza (Itália). Foi curadora de Lights Out, Museu da Imagem e do Som – MIS, em São Paulo, da exposição Translations/Traduções, 21o Images Festival em Toronto, do Projeto Estúdio, na Galeria Baró Cruz, em São Paulo e na Semana Pernambucana de Artes, em Recife, da A Radically Condensed History of Post Industrial Life LADO A e LADO B no EL Espacio, em Madri e da exposição The Spiral and the Square, co-curada com Jochen Volz, para a Bonniers Konsthall, em Estocolmo, Trondheim e Kristiansand.
Publicou diversos textos em catálogos e revistas especializados nacionais e internacionais, incluindo, Revista Tatuí (Recife), Arte al Dia (Venezuela, México e Estados Unidos), Trópico (São Paulo), CADERNO VIDEOBRASIL (São Paulo), Kunstkritik (Oslo) e o Centro de Bibliografia e Documentação do Museu de Arte Contemporânea – MACBA (Barcelona). Publicou seu primeiro livro em 2010, co-autorado por Fabio Morais, ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, assim mesmo, em CAIXA ALTA e sem notas de roda-pé, pela par(ent)esis (Florianópolis)

—–

Ricardo Basbaum

Final de Junho – Ricardo Basbaum

A produção do artista: conversas e exercícios acerca da produção de si mesmo como artista

Este workshop se propõe a organizar conversas e discussões coletivas acerca dos traços e tópicos que constituem a “imagem do artista contemporâneo” – e também, através de uma série de atividades de escrita em exercício, trazer o problema “como alguém se produz a si mesmo como artista”, enquanto questão prática. O ponto de partida é a compreensão do sistema de arte contemporâneo como uma composição complexa, composta de diversas camadas de mediação que necessitam ser experimentadas por qualquer um que deseja se mover em tal território; isto é consequência, por um lado, da ‘desmaterialização’ da prática artística própria dos anos 1960 e, por outro, do assim chamado processo de ‘globalização’, típico da nova ordem econômica que emerge desde os anos 1980. Em meio a tantos protocolos relacionais e institucionais, onde podem situar-se artista e trabalho de arte, sujeito e objeto de uma experiência ao mesmo tempo sensorial e conceitual? O workshop está organizado em torno de um conjunto de problemas, que englobam alguns dos aspectos envolvidos na prática da arte contemporânea – a partir do ponto de vista dos que a praticam, especialmente o artista: contexto, proposição, grupo, discursos crítico e histórico, questões curatoriais, etc. O que daí é gerado será trazido enquanto conversação acerca de como alguém se produz como artista em face ao contexto local/global. Para cada tópico, será estabelecida uma bibliografia específica. A dinâmica proposta inclui leitura e discussão de textos, mas também sessões onde que cada um dos participantes produz escrita em relação direta com cada um dos temas: os textos produzidos são então lidos em conjunto e discutidos, a cada encontro. Escritura e leitura são adotados como exercícios práticos na “produção de si como artista contemporâneo”, em um contexto e local específicos.

Ricardo Basbaum é artista, curador e crítico. Reside no Rio de Janeiro. Trabalha no Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor visitante na Universidade de Chicago entre outubro e dezembro de 2013. Pesquisa as relações entre arte, sociedade e cultura. Tem desenvolvido um vocabulário específico para seu trabalho, aplicado de modo particular a cada novo projeto. Projetos individuais recentes incluem re-projecting (london) (The Showroom, Londres) e Diagramas (CGAC, Santiago de Compostela), ambos em 2013. Entre outras participações em exposições estão: 30a Bienal de São Paulo, 2012; Bienal de Busan, 2012; A Rua: Rio de Janeiro and the Spirit of the Street, MuHKA, Antuérpia, 2011; e 7a Bienal de Shanghai, 2008. Em 2007, o projeto “Você gostaria de participar de uma experiência artística?” foi apresentado na documenta 12, Kassel. Em 2006, Basbaum foi co-curador do projeto On Difference #2 (Kunstverein Stuttgart) e pogovarjanja/conversations/conversas (com Bojana Piskur, Skuc Gallery, Ljubljana). Autor de Manual do artista-etc (Azougue, 2013), Ouvido de corpo, ouvido de grupo (Universidade Nacional de Córdoba, 2010) e Além da pureza visual (Zouk, 2007).

—–

andrea fraser

Final de Agosto – Andrea Fraser

Andrea conduzirá uma oficina de quatro dias focada em uma série de abordagens psicanalíticas às relações de grupo, engajamento artístico e performance. O workshop irá incluir uma discussão de leituras que serão disponibilizadas; auto-estudo experimental de processo em grupo; exercícios de performance; e discussões em grupo de projetos dos participantes aplicando métodos variados.

Andrea Fraser é uma artista baseada em Los Angeles, cujo trabalho tem se identificado com performance, feminismo, arte contextual e crítica institucional. Ela foi uma membro-fundadora do grupo de performance feminista The V-Girls (1986-1996), da iniciativa baseada em projetos artísticos Parasite (1997-1998) e da galeria de arte cooperativa Orchard (2005-2008). Entre os livros sobre os seu trabalho estão A Society of Taste, Kunstverein München, 1993; Report, EA-Generali Foundation, 1995; Andrea Fraser: Works 1985-2003, Dumont Buchverlag, 2003; Museum Highlights: The Writings of Andrea Fraser, MIT Press, 2005, e Texts, Scripts, Transcripts, Museu Ludwig Köln, 2013. O Museu Ludwig Köln apresentou uma retrospectiva de seu trabalho em 2013, em conjunto com o recebimento do Prêmio Hahn Wolfgang. Ela é professora de Novos Gêneros no Departamento de Arte da Universidade da Califórnia, Los Angeles e docente visitante no Whitney Independent Study Program.

——

Bik van der Pol

Setembro – Bik van der Pol

Proposição para reivindicar um espaço

Este seminário diz respeito à capacidade e responsabilidade de artistas de estarem no comando de seu próprio ‘contexto’, tanto em termos de produção como de apresentação. O objetivo mais amplo diz respeito à questão urgente: se e onde a arte pode ser útil na produção de uma esfera pública, também no sentido político desse termo. Nossa hipótese é de que a crescente privatização dos bens públicos, assim como o aumento do uso do encontro privado para o ‘bem’ público em desenvolvimentos neoliberais tem levado à perda de um tipo significativo de espaço público.

Nossa preocupação é, que se essa perda coincide com a perda da posição do trabalho artístico aos olhos do público, como pode então a arte como espaço público ser desvelada – ou de alguma forma ser útil – para o seu potencial político. Em um mundo onde o valor da arte é desafiado, é oportuno reinvestir em seu lugar na sociedade. Para que uma sociedade exista, encontros têm de acontecer, e, a fim de experimentar a potencialidade do espaço de se tornar público, as suas condições devem ser criadas para preparar o terreno para um encontro futuro.

Abraçamos as qualidades intrínsecas à prática artística, como um meio para revelar – tornar público – o que está em jogo no espaço público. A questão do espaço público há muito tempo tem sido articulada em estreita ligação com a democracia, e muitos teóricos argumentam que quando a democracia está sob ameaça, o espaço público também está. A discussão sobre questões públicas não é, portanto, exclusivamente deste tempo, mas se torna tanto mais relevante à luz do atual aumento da propriedade privada e da privatização do espaço público.

 Com o termo ‘espaço público’ nos referimos a qualquer local de potencial conflito sobre direitos, informações, relações e objetos – um espaço que exige articulação, para que uma comunidade possa ser formada, chamada à ordem, e entre na ordem do político. A ‘dimensão pública’ não se manifesta apenas em assuntos espaciais. De fato, os recentes debates sobre as formas de propriedade comum, tais quais conhecimento e cultura mostram que o espaço público deve ser entendido nos termos mais amplos possíveis – como o que mantém unido o tecido da experiência-como-comunidade. Ameaçado por formas ou atos de exclusão, acesso privilegiado, e desinformação, esses sites de propriedade pública são tão precários como os recursos naturais, e precisam ser rearticulados a cada vez. No entanto, se o paradigma econômico nos obriga a recuar do campo da dimensão pública, qual é então a questão pública?

O modelo do diálogo, entendido como uma negociação constante de qualquer tipo entre os cidadãos, será investigado em seu potencial para estabelecer e articular o espaço coletivo.

Bik Van der Pol trabalha coletivamente desde 1995. Eles vivem e trabalham em Rotterdã.
Website: www.bikvanderpol.net
Bik Van der Pol explora o potencial da arte de produzir e transmitir conhecimento. Seu método de trabalho é baseado na cooperação e métodos de pesquisa de como ativar situações no sentido de criar uma plataforma para vários tipos de atividades comunicativas.
Exposições individuais e projetos (seleção):
Between a Rock and a Hard Place, Sudbury, Canadá (2012);
Accumulate, Collect, Show, new work for Frieze Projects, Frieze Art Fair, Londres; Musagetes Foundation, Sudbury (2011)
Are you really sure a floor can’t also be a ceiling? ENEL Award 2010, Museu MACRO, Roma (2010)
It isn’t what it used to be and will never be again, CCA Glasgow (2009)
I’ve got something in my eye, Museu Marie Louise Hessel /CCS Bard, Annandale-on-Hudson, NY; Plug In 28, Pay Attention, Act 1, 2, 3, Museu Van Abbe, Eindhoven (2008)
Issuefighters, INSA Art Space, Seul (2007). Projeto de seminários e publicação (entitled +82, appeared feb.2007); Fly Me To The Moon, Rijksmuseum, Amsterdã (2007)
Secession, Viena (2005)
Nomads in Residence/No.19, um espaço móvel para artistas, Utrecht (2003, com Korteknie Stuhlmacher architects)

——–

Carla Zaccagnini

Outubro – Carla Zaccagnini

Entre 1993 e 1998, trabalhei numa agência de turismo educacional que então se chamava Pagu, mas mudou de nome por exigência dos herdeiros de Patrícia Galvão. Eu acompanhava alunos de 7a série em viagens de estudo às cidades históricas de Minas Gerais: Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Tiradentes etc. Esquecidas com a escassez do ouro, essas cidades mantiveram muito da estrutura urbana, dos edifícios e dos objetos característicos da sociedade que ali teve lugar nos séculos XVIII e XIX. Esses prédios e objetos têm hoje uma existência ambivalente, entre obra de arte ou arquitetura e documento histórico.

Nessas viagens, tive com meus colegas historiadores e com grupos de alunos discussões inesquecíveis sobre o estatuto pendular desses testemunhos do passado, e também sobre a função social da arte, sobre o papel definitivo do observador, sobre uma idéia de arte brasileira e sobre a estrutura da nossa sociedade. Talvez seja pelo distanciamento que podemos praticar ao olhar para o passado e que pode nos ajudar a ver algumas coisas com mais clareza. Talvez, ao contrario, seja por uma espécie de mergulho nesses lugares onde os indícios dessa história que ainda nos define estão por toda parte, nos circundam. Talvez seja porque éramos um grupo de pessoas que durante 4 ou 5 dias com suas noites nos deslocávamos e dispúnhamos a pensar somente naquilo que esses lugares ativam.

Proponho que façamos juntos essa viagem.

Carla Zaccagnini (Buenos Aires, 1973 – Vive em São Paulo e Malmö) é artista plástica e crítica, Mestre em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Atualmete é bolsista do programa KfW Stiftung na Kunstlerhaus Bethanien (Berlim, 2013-14). Participou, entre outras, das mostras 9th Shanghai Biennale (Xangai, 2012), 2nde Biennale de Benin (Cotonou, 2012), Planos de Fuga, uma exposição em obras (CCBB-SP, 2012),  Modelos para Armar: Pensar Latinoamérica desde la colección MUSAC (Leon, Espanha, 2010) e28a Bienal de São Paulo (2008). Exposições individuais recentes incluem Pelas Bordas (Galeria Vermelho, São Paulo, 2013),Plano de falla (Ignacio Liprandi, Buenos Aires, 2011), Imposible pero necesario(Galeria Joan Prats, Barcelona, 2010) e no. it is opposition. (Art Galery of York University, Toronto, 2008). Seu trabalho foi incluido nos compêndios Cream 3 (London: Phaidon Press, 2003), Contemporary Art Brazil(Thames and Hudson, London 2012) e Art Cities of the Future, 21st-Century Avant-Gardes (London: Phaidon Press, 2013)e atualmenteé representado pelas galerias Vermelho (São Paulo) e Joan Prats (Barcelona).

——

Christoph Keller

Cristoph Keller

Hidrologia para Artistas – Uma arqueologia e Futurologia de Intervenções Hidrelétricas na Paisagem Tropical

O workshop investigará métodos e tecnologias de indústrias hidrelétricas e seus efeitos a longo prazo sobre a paisagem tropical, clima e biodiversidade no Brasil e América do Sul.

Será oferecida uma introdução a uma “Hidrologia para artistas” fictícia, reunindo informações básicas e metodologias nas áreas de hidrologia, climatologia, oferta e demanda de energia e tecnologia de usinas hidrelétricas. A complexa situação da biodiversidade e climatologia na maior bacia amazônica será examinada, bem como a história da extração de energia por meio de empresas industriais na paisagem tropical. Convidaremos palestrantes que vão desde cientistas a mentores de direitos indígenas, assistindo a filmes e analisando material relacionado com o tema.

O objetivo é possibilitar que os participantes contribuam para o debate público em torno do tema, mediando com meios artísticos e a partir de uma perspectiva artística.

Christoph Keller é um artista de Berlim. Ele estudou Matemática, Física e Hidrologia em Freiburg, Berlim e Santiago do Chile, bem como na Universidade de Artes, Berlim, e na Academy of Media Arts, Colónia.

Exposições individuais selecionadas e projetos incluem: Expedition Bus and Shaman Travel, em Esther Schipper/ abc Berlim (2012); L’Institut des archives sauvages, Villa Arson, Nice (2012); Aether – between cosmology and consciousness, Espace 315, Paris (2011); Observatorium, Kunstverein Braunschweig (2008).

Em suas instalações, frequentemente referenciando configurações experimentais, o artista alemão Christoph Keller utiliza as possibilidades discursivas da arte para investigar os temas da ciência e suas utopias. Os Cloudbuster-Projects (desde 2003) envolvem reconstituições de experiências de Wilhelm Reich para influenciar a atmosfera com energia orgônica. Em Encyclopaedia Cinematographica (2001) e Archives as Objects as Monuments (2000), Keller enfoca a arqueologia do filme científico, a impossibilidade da documentação objetiva, e o problema do impulso arquivista de pôr ordem a um conhecimento abrangente. Apesar de toda a objetividade metodológica, um projeto seletivo e deliberado está sempre em trabalho aqui. Em Expedition-Bus and Shaman-Travel (2002), um ônibus de acampamento espelhado para viagens de pesquisa, o ponto de vista etnográfico da ciência é exposto como uma projeção de sua própria cultura. O espectador é arrastado para a instalação e torna-se um investigador de campo. Keller está, em última análise, preocupado em ligar os métodos e procedimentos do trabalho científico com uma experiência espacial, mas também psicológica e física da arte.

Keller frequentemente trabalha em temas nas fronteiras da ciência, tais como a relação entre hipnose e cinematografia em Hypnosis-Film-Project (2007) ou Visiting a Contemporary Art Museum under Hypnosis (2006) para os quais ele estudou e aplicou experimentalmente métodos hipnóticos: The Mesmer Room (2006). Em Chemtrails Phenomenon (2006) e The Whole Earth (2007), o tema é teorias da conspiração na Internet, que, como “construções científicas” são igualmente expressões de certo estado de consciência na sociedade. Em seu ciclo de trabalho Inverse Observatories (desde 2007), Keller inverte o ponto de vista: não é o universo que é observado, mas sim a própria observação. Em 2008 ele também fundou um grupo de pesquisa interdisciplinar para a representação de estados alterados nas artes na Universidade de Arte de Berna. Conduzindo aos limites da linguagem está a vídeo-instalação Interpreters (2008) na qual tradutores simultâneos traduzem em duas direções ao mesmo tempo em que refletem sobre o próprio trabalho. O vídeo Verbal/ Nonverbal (2010) mostra um grupo de cobaias na frente de um fundo branco neutro inalando um gás alucinógeno e em seguida falando sobre suas experiências.

Christoph Keller primeiro estudou matemática, física e hidrologia, antes de continuar seus estudos na Academia de Arte de Berlim e em Colônia. Suas obras estão presentes em muitas exposições internacionais, como a Bienal de Lyon (2011), Klimakapseln, Museum für Kunst und Gewerbe, Hamburgo (2010), Bienal del Fin del Mundo, Argentina (2009), Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2009), Dreamtime, Musée des Abattoirs em Toulouse (2009), Artfocus Jerusalém (2008), Made in Germany em Hannover (2007) ou a exposição individual Observatorium no Kunstverein Braunschweig (2008) ou LIAF Lofoten (2011). Æther – between cosmology and consciousness (2011), no Centro Georges Pompidou em Paris, foi o seu primeiro projeto artístico e curatorial em um contexto institucional.

Recebeu vários prêmios e subvenções para o seu trabalho como o Ars Viva-Preis para a arte e a ciência, o PS1 studio-grant, em Nova York, Residences Internationales aux Recollets, Paris, BM Suma em Istambul e Capacete em São Paulo, Brasil. Christoph Kelller é baseado em Berlim. Atualmente ensina como professor convidado de Media Art na Hochschule für Gestaltung, em Karlsruhe, bem como no departamento de artes visuais da Haute École d’Art et de Design, em Genebra.

—–

Suely Rolink

Final de Novembro/Dezembro – Suely Rolnik

Como driblar o inconsciente colonial?

Caminhando pela fita de Moebius com Lygia Clark, alguns índios Tupinambá e uns poucos franceses, Suely Rolnik buscará mobilizar e tornar sensível uma política de produção do pensamento, do desejo e da subjetividade, recalcada pela Europa Ocidental em todas as culturas a ela submetidas (inclusive no interior de si própria) pela colonização e seus desdobramentos. Esta teria sido a operação micropolítica fundamental da colonização. Tal política estaria hoje em vias de atualização, injetando o saber-do-corpo nas veias logocêntricas da modernidade ocidental em crise. Deste retorno do recalcado no exercício do pensamento depende a força e a astúcia para driblar o Inconsciente colonial que ainda hoje estrutura a subjetividade e orienta as jogadas do desejo. Não seriam irrupções desta retorno o que vem se apresentando nos movimentos que tem ocupado as ruas e praças das cidades pelo mundo? Se for assim, é bom lembrar que este trabalho não tem fim.

Suely Rolnik é Psicanalista, crítica de arte e de cultura e curadora, é Professora Titular da PUC-SP no Pós-Graduação de Psicologia Clínica, e membro do corpo docente do Programa de Estudios Independientes (PEI) no Museo d’Art Contemporani de Barcelona (MacBa). Realizou o projeto Arquivo para uma Obra-Acontecimento, 65 filmes em que busca convocar a memória dos efeitos da poética de Lygia Clark no corpo dos entrevistados. Foi uma das fundadoras da Rede Conceitualismos do Sul (composta atualmente de 50 investigadores de todo o continente); foi membro do juri do Premio Casa de las Americas (Havana, 2014) e, atualmente, é membro do conselho consultivo da 31ª Bienal de São Paulo que ocorrerá de 06/09 a 09/12 de 2014. Autora dos livros Geopolítica da cafetinagem. Quatro ensaios sobre a patologia do presente (SP, N-1, 2014; prelo), Archivmanie / Archive Mania (dOCUMENTA 13, 2011), Anthropophagie Zombie (Paris, 2012), Cartografia Sentimental. Transformações contemporâneas do desejo (SP, 1989; 6a ed. Sulinas, 2014). e, em co-autoria com Félix Guattari, Micropolítica. Cartografias do desejo (SP, 1986; 11a ed. 2011), publicado em 7 países. Autora de mais de 200 ensaios publicados em várias línguas.

—–

helmut

All year round – Helmut Batista

Solvitur ambulando/Se soluciona andando

É uma oficina de discussões com duração de 10 meses onde questões de aceleração e redução de produção serão postos em pauta.

 Helmut Batista (Rio de Janeiro 1964) estudou opera na ESAT e trabalhou na ópera de Vienna. Em 1998 funda o CAPACETE uma organização sem fins lucrativos direcionado ao pensamento contemporâneo. Realizou, produziu e organizou inúmeras palestras, seminários, odficinas e exposições no Brasil e no exterior. Como artista, até 1997, expôs na Gallery Schipper, Air de Paris, Massimo de Carlo, Von Senger entre outras. Em 2013 curou e organizou uma mostra no Portikus em Frankfurt.


Equipe pedagógica

A equipe pedagógica para o programa 2016

Tutores ao longo do ano no programa de Athenas: Leandro e  Helmut Batista

Os tutores convidados:

Download (PDF, 241KB)

Participantes/Residentes:

Anna Bak
Aurélia Defrance
Caetano Maacumba
Camilla Rocha Campos
Ian Erikson-Kery
Jonas Lund
Julia Retz
Marilia Loureiro
soJin Chun
Soledad Leon
Tali Serruya
Thora Doven Balke


———

 

Equipe pedagógica para o programa 2015

 

Tutores ao longo do ano: Amilcar Packer, Manuela Moscoso e Helmut Batista

 

Os tutores convidados:
Andrea Fraser
Andrea conduzirá uma oficina de quatro dias focada em uma série de abordagens psicanalíticas às relações de grupo, engajamento artístico e performance. O workshop irá incluir uma discussão de leituras que serão disponibilizadas; auto-estudo experimental de processo em grupo; exercícios de performance; e discussões em grupo de projetos dos participantes aplicando métodos variados.
Andrea Fraser é uma artista baseada em Los Angeles, cujo trabalho tem se identificado com performance, feminismo, arte contextual e crítica institucional. Ela foi uma membro-fundadora do grupo de performance feminista The V-Girls (1986-1996), da iniciativa baseada em projetos artísticos Parasite (1997-1998) e da galeria de arte cooperativa Orchard (2005-2008). Entre os livros sobre os seu trabalho estão A Society of Taste, Kunstverein München, 1993; Report, EA-Generali Foundation, 1995; Andrea Fraser: Works 1985-2003, Dumont Buchverlag, 2003; Museum Highlights: The Writings of Andrea Fraser, MIT Press, 2005, e Texts, Scripts, Transcripts, Museu Ludwig Köln, 2013. O Museu Ludwig Köln apresentou uma retrospectiva de seu trabalho em 2013, em conjunto com o recebimento do Prêmio Hahn Wolfgang. Ela é professora de Novos Gêneros no Departamento de Arte da Universidade da Califórnia, Los Angeles e docente visitante no Whitney Independent Study Program.
———
Suely Rolnik
Como driblar o inconsciente colonial?
Caminhando pela fita de Moebius com Lygia Clark, alguns índios Tupinambá e uns poucos franceses, Suely Rolnik buscará mobilizar e tornar sensível uma política de produção do pensamento, do desejo e da subjetividade, recalcada pela Europa Ocidental em todas as culturas a ela submetidas (inclusive no interior de si própria) pela colonização e seus desdobramentos. Esta teria sido a operação micropolítica fundamental da colonização. Tal política estaria hoje em vias de atualização, injetando o saber-do-corpo nas veias logocêntricas da modernidade ocidental em crise. Deste retorno do recalcado no exercício do pensamento depende a força e a astúcia para driblar o Inconsciente colonial que ainda hoje estrutura a subjetividade e orienta as jogadas do desejo. Não seriam irrupções desta retorno o que vem se apresentando nos movimentos que tem ocupado as ruas e praças das cidades pelo mundo? Se for assim, é bom lembrar que este trabalho não tem fim.
Suely Rolnik é Psicanalista, crítica de arte e de cultura e curadora, é Professora Titular da PUC-SP no Pós-Graduação de Psicologia Clínica, e membro do corpo docente do Programa de Estudios Independientes (PEI) no Museo d’Art Contemporani de Barcelona (MacBa). Realizou o projeto Arquivo para uma Obra-Acontecimento, 65 filmes em que busca convocar a memória dos efeitos da poética de Lygia Clark no corpo dos entrevistados. Foi uma das fundadoras da Rede Conceitualismos do Sul (composta atualmente de 50 investigadores de todo o continente); foi membro do juri do Premio Casa de las Americas (Havana, 2014) e, atualmente, é membro do conselho consultivo da 31ª Bienal de São Paulo que ocorrerá de 06/09 a 09/12 de 2014. Autora dos livros Geopolítica da cafetinagem. Quatro ensaios sobre a patologia do presente (SP, N-1, 2014; prelo), Archivmanie / Archive Mania (dOCUMENTA 13, 2011), Anthropophagie Zombie (Paris, 2012), Cartografia Sentimental. Transformações contemporâneas do desejo (SP, 1989; 6a ed. Sulinas, 2014). e, em co-autoria com Félix Guattari, Micropolítica. Cartografias do desejo (SP, 1986; 11a ed. 2011), publicado em 7 países. Autora de mais de 200 ensaios publicados em várias línguas.
———
Carla Zaccagnini
Entre 1993 e 1998, trabalhei numa agência de turismo educacional que então se chamava Pagu, mas mudou de nome por exigência dos herdeiros de Patrícia Galvão. Eu acompanhava alunos de 7a série em viagens de estudo às cidades históricas de Minas Gerais: Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Tiradentes etc. Esquecidas com a escassez do ouro, essas cidades mantiveram muito da estrutura urbana, dos edifícios e dos objetos característicos da sociedade que ali teve lugar nos séculos XVIII e XIX. Esses prédios e objetos têm hoje uma existência ambivalente, entre obra de arte ou arquitetura e documento histórico.
Nessas viagens, tive com meus colegas historiadores e com grupos de alunos discussões inesquecíveis sobre o estatuto pendular desses testemunhos do passado, e também sobre a função social da arte, sobre o papel definitivo do observador, sobre uma idéia de arte brasileira e sobre a estrutura da nossa sociedade. Talvez seja pelo distanciamento que podemos praticar ao olhar para o passado e que pode nos ajudar a ver algumas coisas com mais clareza. Talvez, ao contrario, seja por uma espécie de mergulho nesses lugares onde os indícios dessa história que ainda nos define estão por toda parte, nos circundam. Talvez seja porque éramos um grupo de pessoas que durante 4 ou 5 dias com suas noites nos deslocávamos e dispúnhamos a pensar somente naquilo que esses lugares ativam.
Proponho que façamos juntos essa viagem.
Carla Zaccagnini (Buenos Aires, 1973 – Vive em São Paulo e Malmö) é artista plástica e crítica, Mestre em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Atualmete é bolsista do programa KfW Stiftung na Kunstlerhaus Bethanien (Berlim, 2013-14). Participou, entre outras, das mostras 9th Shanghai Biennale (Xangai, 2012), 2nde Biennale de Benin (Cotonou, 2012), Planos de Fuga, uma exposição em obras (CCBB-SP, 2012),  Modelos para Armar: Pensar Latinoamérica desde la colección MUSAC (Leon, Espanha, 2010) e28a Bienal de São Paulo (2008). Exposições individuais recentes incluem Pelas Bordas (Galeria Vermelho, São Paulo, 2013),Plano de falla (Ignacio Liprandi, Buenos Aires, 2011), Imposible pero necesario(Galeria Joan Prats, Barcelona, 2010) e no. it is opposition. (Art Galery of York University, Toronto, 2008). Seu trabalho foi incluido nos compêndios Cream 3 (London: Phaidon Press, 2003), Contemporary Art Brazil(Thames and Hudson, London 2012) e Art Cities of the Future, 21st-Century Avant-Gardes (London: Phaidon Press, 2013)e atualmenteé representado pelas galerias Vermelho (São Paulo) e Joan Prats (Barcelona).
———
Daniela Castro
O curso se debruça sobre os impactos que o neoliberalismo exerceu na produção social do espaço e na produção artística. A partir de uma investigação sobre as transformações político-econômicas que influenciaram significativas mudanças espaciais nas últimas décadas, demonstraremos os mecanismos pelos quais a cidade tornou-se palco da instrumentalização da cultura no estágio financeiro do capitalismo. A instrumentalização da cultura como relação simbiótica com a economia foi uma construção do poder hegemônico que se desenhou como resposta à crise da estagflação mundial no final da década de 70 e início dos 80 que, no limite, delegou para a esfera privada do capital financeiro a elaboração de políticas públicas que estabelecem os contornos sociais e estéticos da cidade e da arte. Vimos a passagem do administrativismo público da cidade para o atual modelo de “parcerias público-privadas” do empreendedorismo urbano a partir da década de 80, bem como, no sistema da arte, o declínio do fomento estatal e influência do patrocínio corporativo (direto ou via isenção fiscal) fortemente presente em todas as fases da arte contemporânea: produção, disseminação e recepção. O curso terá como foco os mecanismos pelos quais essa relação simbiótica entre economia e cultura “naturaliza” a força dos interesses do capital privado como agente definidor da paisagem da vida social.
Daniela Castro – 1976. Vive e trabalha em São Paulo. Graduada em História da Arte pela Universidade de Toronto (Canadá), com bolsas de estudos em cultura visual e arquitetura na Universidade de Hong Kong (China), e residências de curadoria pela Hordaland Kunstsenter (Noruega), IASPIS (Suécia), a Art Gallery of York University (Canadá) e o Peggy Guggenheim Collection Museum em Veneza (Itália). Foi curadora de Lights Out, Museu da Imagem e do Som – MIS, em São Paulo, da exposição Translations/Traduções, 21o Images Festival em Toronto, do Projeto Estúdio, na Galeria Baró Cruz, em São Paulo e na Semana Pernambucana de Artes, em Recife, da A Radically Condensed History of Post Industrial Life LADO A e LADO B no EL Espacio, em Madri e da exposição The Spiral and the Square, co-curada com Jochen Volz, para a Bonniers Konsthall, em Estocolmo, Trondheim e Kristiansand.
 Publicou diversos textos em catálogos e revistas especializados nacionais e internacionais, incluindo, Revista Tatuí (Recife), Arte al Dia (Venezuela, México e Estados Unidos), Trópico (São Paulo), CADERNO VIDEOBRASIL (São Paulo), Kunstkritik (Oslo) e o Centro de Bibliografia e Documentação do Museu de Arte Contemporânea – MACBA (Barcelona). Publicou seu primeiro livro em 2010, co-autorado por Fabio Morais, ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, assim mesmo, em CAIXA ALTA e sem notas de roda-pé, pela par(ent)esis (Florianópolis)
———
Bik van der Pol
Proposição para reivindicar um espaço
Este seminário diz respeito à capacidade e responsabilidade de artistas de estarem no comando de seu próprio ‘contexto’, tanto em termos de produção como de apresentação. O objetivo mais amplo diz respeito à questão urgente: se e onde a arte pode ser útil na produção de uma esfera pública, também no sentido político desse termo. Nossa hipótese é de que a crescente privatização dos bens públicos, assim como o aumento do uso do encontro privado para o ‘bem’ público em desenvolvimentos neoliberais tem levado à perda de um tipo significativo de espaço público.
Nossa preocupação é, que se essa perda coincide com a perda da posição do trabalho artístico aos olhos do público, como pode então a arte como espaço público ser desvelada – ou de alguma forma ser útil – para o seu potencial político. Em um mundo onde o valor da arte é desafiado, é oportuno reinvestir em seu lugar na sociedade. Para que uma sociedade exista, encontros têm de acontecer, e, a fim de experimentar a potencialidade do espaço de se tornar público, as suas condições devem ser criadas para preparar o terreno para um encontro futuro.
Abraçamos as qualidades intrínsecas à prática artística, como um meio para revelar – tornar público – o que está em jogo no espaço público. A questão do espaço público há muito tempo tem sido articulada em estreita ligação com a democracia, e muitos teóricos argumentam que quando a democracia está sob ameaça, o espaço público também está. A discussão sobre questões públicas não é, portanto, exclusivamente deste tempo, mas se torna tanto mais relevante à luz do atual aumento da propriedade privada e da privatização do espaço público.
Com o termo ‘espaço público’ nos referimos a qualquer local de potencial conflito sobre direitos, informações, relações e objetos – um espaço que exige articulação, para que uma comunidade possa ser formada, chamada à ordem, e entre na ordem do político. A ‘dimensão pública’ não se manifesta apenas em assuntos espaciais. De fato, os recentes debates sobre as formas de propriedade comum, tais quais conhecimento e cultura mostram que o espaço público deve ser entendido nos termos mais amplos possíveis – como o que mantém unido o tecido da experiência-como-comunidade. Ameaçado por formas ou atos de exclusão, acesso privilegiado, e desinformação, esses sites de propriedade pública são tão precários como os recursos naturais, e precisam ser rearticulados a cada vez. No entanto, se o paradigma econômico nos obriga a recuar do campo da dimensão pública, qual é então a questão pública?
O modelo do diálogo, entendido como uma negociação constante de qualquer tipo entre os cidadãos, será investigado em seu potencial para estabelecer e articular o espaço coletivo.
Bik Van der Pol trabalha coletivamente desde 1995. Eles vivem e trabalham em Rotterdã.
Website: www.bikvanderpol.net
Bik Van der Pol explora o potencial da arte de produzir e transmitir conhecimento. Seu método de trabalho é baseado na cooperação e métodos de pesquisa de como ativar situações no sentido de criar uma plataforma para vários tipos de atividades comunicativas.
Exposições individuais e projetos (seleção):
Between a Rock and a Hard Place, Sudbury, Canadá (2012);
Accumulate, Collect, Show, new work for Frieze Projects, Frieze Art Fair, Londres; Musagetes Foundation, Sudbury (2011)
Are you really sure a floor can’t also be a ceiling? ENEL Award 2010, Museu MACRO, Roma (2010)
It isn’t what it used to be and will never be again, CCA Glasgow (2009)
I’ve got something in my eye, Museu Marie Louise Hessel /CCS Bard, Annandale-on-Hudson, NY; Plug In 28, Pay Attention, Act 1, 2, 3, Museu Van Abbe, Eindhoven (2008)
Issuefighters, INSA Art Space, Seul (2007). Projeto de seminários e publicação (entitled +82, appeared feb.2007); Fly Me To The Moon, Rijksmuseum, Amsterdã (2007)
Secession, Viena (2005)
Nomads in Residence/No.19, um espaço móvel para artistas, Utrecht (2003, com Korteknie Stuhlmacher architects)
———
Jorge Menna Barreto
Ativismo alimentar, agroecologia e práticas site-specific em arte estão entre os assuntos que serão debatidos e praticados nessa oficina imersiva e colaborativa que acontecerá em um ambiente rural do estado do Rio de Janeiro.
Jorge Menna Barreto – Araçatuba, SP, 1970 – Formado em Artes Plásticas pela UFRGS, mestre e doutor em Poéticas Visuais pela ECA-USP. É pós-doutorando na UDESC, onde também atua como professor colaborador. Práticas visuais e discursivas se mesclam em sua trajetória, seja como professor, tradutor, artista, educador ou crítico.
———
Pedro de Niemeyer Cesarino
Humanidade, pessoa e multiplicidade
O seminário tratará de refletir sobre as variações e transformações da noção de “humano” em distintos regimes ontológicos, tendo em vista os problemas da multiplicidade, da conexão, das relações de vizinhança, de limite e de devir. Serão apresentados casos provenientes de estudos etnográficos sobre sociedades ditas tradicionais ou não-ocidentais, a serem articulados com reflexões produzidas sobre o contexto hipercapitalista contemporâneo. Pretende-se, em outros termos, oferecer elementos para a compreensão de determinadas configurações do corpo e da pessoa envolvidos em distintos estatutos de humanidade e seus respectivos regimes de criatividade e de expressão.
Pedro de Niemeyer Cesarino é graduado em filosofia pela Universidade de São Paulo, mestre e doutor em antropologia social pelo Museu Nacional/ UFRJ. Deselvolve pesquisas em etnologia indígena (com ênfase em estudos sobre xamanismo e cosmologia), tradições orais, tradução e antropologia da arte. Foi Professor-Adjunto de Antropologia da Arte no Departamento de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo. Atualmente, é professor do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, na área de pesquisa Antropologia das Formas Expressivas. É autor de Oniska – poética do xamanismo na Amazônia (São Paulo, Perspectiva, 2011) e Quando a Terra deixou de falar – cantos da mitologia marubo (Editora 34, 2013) e de diversos artigos publicados em revistas especializadas. Nos últimos anos, publicou também textos literários e trabalhos de dramaturgia.
———
Ricardo Basbaum
A produção do artista: conversas e exercícios acerca da produção de si mesmo como artista
Este workshop se propõe a organizar conversas e discussões coletivas acerca dos traços e tópicos que constituem a “imagem do artista contemporâneo” – e também, através de uma série de atividades de escrita em exercício, trazer o problema “como alguém se produz a si mesmo como artista”, enquanto questão prática. O ponto de partida é a compreensão do sistema de arte contemporâneo como uma composição complexa, composta de diversas camadas de mediação que necessitam ser experimentadas por qualquer um que deseja se mover em tal território; isto é consequência, por um lado, da ‘desmaterialização’ da prática artística própria dos anos 1960 e, por outro, do assim chamado processo de ‘globalização’, típico da nova ordem econômica que emerge desde os anos 1980. Em meio a tantos protocolos relacionais e institucionais, onde podem situar-se artista e trabalho de arte, sujeito e objeto de uma experiência ao mesmo tempo sensorial e conceitual? O workshop está organizado em torno de um conjunto de problemas, que englobam alguns dos aspectos envolvidos na prática da arte contemporânea – a partir do ponto de vista dos que a praticam, especialmente o artista: contexto, proposição, grupo, discursos crítico e histórico, questões curatoriais, etc. O que daí é gerado será trazido enquanto conversação acerca de como alguém se produz como artista em face ao contexto local/global. Para cada tópico, será estabelecida uma bibliografia específica. A dinâmica proposta inclui leitura e discussão de textos, mas também sessões onde que cada um dos participantes produz escrita em relação direta com cada um dos temas: os textos produzidos são então lidos em conjunto e discutidos, a cada encontro. Escritura e leitura são adotados como exercícios práticos na “produção de si como artista contemporâneo”, em um contexto e local específicos.
Ricardo Basbaum é artista, curador e crítico. Reside no Rio de Janeiro. Trabalha no Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor visitante na Universidade de Chicago entre outubro e dezembro de 2013. Pesquisa as relações entre arte, sociedade e cultura. Tem desenvolvido um vocabulário específico para seu trabalho, aplicado de modo particular a cada novo projeto. Projetos individuais recentes incluem re-projecting (london) (The Showroom, Londres) e Diagramas (CGAC, Santiago de Compostela), ambos em 2013. Entre outras participações em exposições estão: 30a Bienal de São Paulo, 2012; Bienal de Busan, 2012; A Rua: Rio de Janeiro and the Spirit of the Street, MuHKA, Antuérpia, 2011; e 7a Bienal de Shanghai, 2008. Em 2007, o projeto “Você gostaria de participar de uma experiência artística?” foi apresentado na documenta 12, Kassel. Em 2006, Basbaum foi co-curador do projeto On Difference #2 (Kunstverein Stuttgart) e pogovarjanja/conversations/conversas (com Bojana Piskur, Skuc Gallery, Ljubljana). Autor de Manual do artista-etc (Azougue, 2013), Ouvido de corpo, ouvido de grupo (Universidade Nacional de Córdoba, 2010) e Além da pureza visual (Zouk, 2007).
———
Cristoph Keller
Hidrologia para Artistas – Uma arqueologia e Futurologia de Intervenções Hidrelétricas na Paisagem Tropical
O workshop investigará métodos e tecnologias de indústrias hidrelétricas e seus efeitos a longo prazo sobre a paisagem tropical, clima e biodiversidade no Brasil e América do Sul.
Será oferecida uma introdução a uma “Hidrologia para artistas” fictícia, reunindo informações básicas e metodologias nas áreas de hidrologia, climatologia, oferta e demanda de energia e tecnologia de usinas hidrelétricas. A complexa situação da biodiversidade e climatologia na maior bacia amazônica será examinada, bem como a história da extração de energia por meio de empresas industriais na paisagem tropical. Convidaremos palestrantes que vão desde cientistas a mentores de direitos indígenas, assistindo a filmes e analisando material relacionado com o tema.
O objetivo é possibilitar que os participantes contribuam para o debate público em torno do tema, mediando com meios artísticos e a partir de uma perspectiva artística.
Christoph Keller é um artista de Berlim. Ele estudou Matemática, Física e Hidrologia em Freiburg, Berlim e Santiago do Chile, bem como na Universidade de Artes, Berlim, e na Academy of Media Arts, Colónia.
Exposições individuais selecionadas e projetos incluem: Expedition Bus and Shaman Travel, em Esther Schipper/ abc Berlim (2012); L’Institut des archives sauvages, Villa Arson, Nice (2012); Aether – between cosmology and consciousness, Espace 315, Paris (2011); Observatorium, Kunstverein Braunschweig (2008).
Em suas instalações, frequentemente referenciando configurações experimentais, o artista alemão Christoph Keller utiliza as possibilidades discursivas da arte para investigar os temas da ciência e suas utopias. Os Cloudbuster-Projects (desde 2003) envolvem reconstituições de experiências de Wilhelm Reich para influenciar a atmosfera com energia orgônica. Em Encyclopaedia Cinematographica (2001) e Archives as Objects as Monuments (2000), Keller enfoca a arqueologia do filme científico, a impossibilidade da documentação objetiva, e o problema do impulso arquivista de pôr ordem a um conhecimento abrangente. Apesar de toda a objetividade metodológica, um projeto seletivo e deliberado está sempre em trabalho aqui. Em Expedition-Bus and Shaman-Travel (2002), um ônibus de acampamento espelhado para viagens de pesquisa, o ponto de vista etnográfico da ciência é exposto como uma projeção de sua própria cultura. O espectador é arrastado para a instalação e torna-se um investigador de campo. Keller está, em última análise, preocupado em ligar os métodos e procedimentos do trabalho científico com uma experiência espacial, mas também psicológica e física da arte.

Keller frequentemente trabalha em temas nas fronteiras da ciência, tais como a relação entre hipnose e cinematografia em Hypnosis-Film-Project (2007) ou Visiting a Contemporary Art Museum under Hypnosis (2006) para os quais ele estudou e aplicou experimentalmente métodos hipnóticos: The Mesmer Room (2006). Em Chemtrails Phenomenon (2006) e The Whole Earth (2007), o tema é teorias da conspiração na Internet, que, como “construções científicas” são igualmente expressões de certo estado de consciência na sociedade. Em seu ciclo de trabalho Inverse Observatories (desde 2007), Keller inverte o ponto de vista: não é o universo que é observado, mas sim a própria observação. Em 2008 ele também fundou um grupo de pesquisa interdisciplinar para a representação de estados alterados nas artes na Universidade de Arte de Berna. Conduzindo aos limites da linguagem está a vídeo-instalação Interpreters (2008) na qual tradutores simultâneos traduzem em duas direções ao mesmo tempo em que refletem sobre o próprio trabalho. O vídeo Verbal/ Nonverbal (2010) mostra um grupo de cobaias na frente de um fundo branco neutro inalando um gás alucinógeno e em seguida falando sobre suas experiências.
Christoph Keller primeiro estudou matemática, física e hidrologia, antes de continuar seus estudos na Academia de Arte de Berlim e em Colônia. Suas obras estão presentes em muitas exposições internacionais, como a Bienal de Lyon (2011), Klimakapseln, Museum für Kunst und Gewerbe, Hamburgo (2010), Bienal del Fin del Mundo, Argentina (2009), Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2009), Dreamtime, Musée des Abattoirs em Toulouse (2009), Artfocus Jerusalém (2008), Made in Germany em Hannover (2007) ou a exposição individual Observatorium no Kunstverein Braunschweig (2008) ou LIAF Lofoten (2011). Æther – between cosmology and consciousness (2011), no Centro Georges Pompidou em Paris, foi o seu primeiro projeto artístico e curatorial em um contexto institucional.
Recebeu vários prêmios e subvenções para o seu trabalho como o Ars Viva-Preis para a arte e a ciência, o PS1 studio-grant, em Nova York, Residences Internationales aux Recollets, Paris, BM Suma em Istambul e Capacete em São Paulo, Brasil. Christoph Kelller é baseado em Berlim. Atualmente ensina como professor convidado de Media Art na Hochschule für Gestaltung, em Karlsruhe, bem como no departamento de artes visuais da Haute École d’Art et de Design, em Genebra.
———
Tutores (estão disponível o ano todo para os participantes)

Helmut Batista (também da um seminário)

Solvitur ambulando/Se soluciona andando
É uma oficina de discussões com duração de 10 meses onde questões de aceleração e redução de produção serão postos em pauta.
Helmut Batista (Rio de Janeiro 1964) estudou opera na ESAT e trabalhou na ópera de Vienna. Em 1998 funda o CAPACETE uma organização sem fins lucrativos direcionado ao pensamento contemporâneo. Realizou, produziu e organizou inúmeras palestras, seminários, odficinas e exposições no Brasil e no exterior. Como artista, até 1997, expôs na Gallery Schipper, Air de Paris, Massimo de Carlo, Von Senger entre outras. Em 2013 curou e organizou uma mostra no Portikus em Frankfurt.
———
Amilcar Packer (também da um seminário)
Conversas dirigidas – compoem um espaço mediador – por meio de perspectivas clínico-filosóficas – e poéticas – que tangenciam o curatorial – pretextos para deixar o tempo passar – juntos – durante alguns dias – nos contradizendo – e insistindo – em estados provisórios – e digestéticos – pele do pensamento – éticas da existência.
Amilcar Packer nasceu em Santiago do Chile em 1974 e mudou-se para o Brasil em 1982. Formado em Filosofía pela Universidade de São Paulo, é mestrando em Psicologia Clínica pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade da PUC São Paulo. Packer desenvolve uma prática que reconfigura os campos semânticos de objetos, arquiteturas e corpos humanos por meio de ações e intervenções, fotografías, vídeos, instalações, e apresentações em diversos formatos que estabelecem campos relacionais e que buscam subverter as gramáticas normativas dos espaços sociais e os mecanismos históricos de poder. Suas atividades visam neutralizar discursos dominantes, e contribuir para desinstalar dispositivos de opressão instituídos e cristalizados na partilha cultural do sensível – com sua correlata segregação do espaço –; na sedimentação de estruturas de poder – e sua naturalização na linguagem; e nos padrões sociais e socializantes de comportamento – que impõem políticas de homogeneização das subjetividades.
Packer colabora regularmente com iniciativas autogestionadas como o Como_clube, a Casa do Povo, e o CAPACETE, do qual, entre os anos 2011 e 2013, foi co-diretor do programa de residências artísticas de pesquisa. Tomando as artes como um território privilegiado para a experimentação ética, suas atividades se extendem em formatos discursivos, aulas e oficinas, encontros e conversas, almoços e passeios que estabecem espaços e estados provisórios para dinámicas coletivas menos hierarquizadas, onde predominam a construção da horizontalidade, o debate crítico, o aprendizado mútuo e a convivência. Nos últimos anos, se apresentou em programas de formação como Städelschule, Frankfurt, Alemanha, 2013; PIESP – Porgrama Independente da Escola São Paulo, 2013, Centro de Investigaciones Artisticas, Buenos Aires, Argentina, 2013; History Matter CCA – Lagos, Nigéria, 2012; Universidade de Verão, Rio de Janeiro, 2012 e 2013; the Harbor, Beta Local, San Juan, Puerto Rico, 2011; Novos Coreógrafos, CCSP, 2010; On Reason and Emotion, Sydney Biennial 2004 educational programs – Hobart School of the Arts, Launceston School of the Arts, Tasmania, Autrália, 2004.
———
Manuela Moscoso (tutor)
Moscoso é uma curadora que enfatiza principalmente o pensamento especulativo e ações no sentido de privilegiar a imaginação. Seja organizando exposições, iniciando um espaço, um programa de residências ou uma plataforma online, entende a colaboração como parte integrante da sua prática. Moscoso foi a curadora adjunta de la12 Bienal de Cuenca Equador 2014, e, recentemente curo Martha Araújo: Para um corpo pleno de vazios em a Galeria Jaqueline Martins em São Paulo;Yael Davis: a reading that writes an script Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro; Fisicisimos, Universidad Torcuato di Tella, em Buenos Aires; Quarter System, Universidad de Navarra, Pamplona; The Queens Bienal no Museu Queens, Nova York; ou Antes de Tudo no CA2M, Madrid, entre outras exposições. Ela está desenvolvendo um projeto de pesquisa de longo prazo para Casa del Alabado Arte Pré-Colombino em Quito envolvendo práticas artísticas contemporâneas, os primeiros artistas em responder a coleção são Asier Mendizabal e Osías Yanov. Desde 2010, juntamente com Sarah Demeuse é Rivet, um escritório de curatorial investiga noções de implantação, a circulação, exercício e ressonância. Sua pesquisa se concretizou em projetos em Nova York, Vitoria-Espanha, Los Angeles, Ghent ou Beirute. O ultimo projecto de Rivet se chama The Wilson Exercise sobre ficar apto ao trabalhar em conjunto com os artistas Marc Vives e Anna Craycroft e ainda seguindo o interesse individual. É uma forma de prestar muita atenção ao processo durante o desenvolvimento de um projecto multifacetado – compreendendo conversas pessoais, uma escola de verão em Stavangers, teleconferências, duas exposições em Los Angeles e Barcelona, e uma publicação Manual projetado pelo Project New York – entre os dois artistas e o duo curatorial. Rivet publicou recentemente Thinking about it com Archive Books e está a preparando a primeira monografia do artista Daniel Steegmann Mangrané com o diseñador Manuel Reader.
 Nos últimos anos, ela tem falado o dado workshops em Bulegoa Bilbao, no Worlds Biennale Forum em São Paulo, ArtBO na Colômbia, Open Forum em Buenos Aires, HKW Synapse em Berlim, No Mínimo em Guayaquil, Charlas Parásicas em Lima, SITAC XI México DF ou Videobrasil São Paulo, entre outros. Junto com Amilcar Packer desarrollo o programa curatorial Maquina de Escrever centrado em a escritura como uma ferramenta para construção do pensamento. Moscoso tem um mestrado de Center for Curatorial Studies na Bard College e BA em Belas Artes na Central Saint Martins Escola de Arte e Design.


Pedagogical team

The tutors are (visiting tutors along the whole year): Leandro Nerefuh e Helmut Batista (bios are at the end of this page, please scroll down)

The conferencist for 2016 are:


andrea fraser
Andrea Fraser
Andrea will lead a 4 day workshop focused on a range of psychoanalytic approaches to group relations, art engagement, and performance. The workshop will include a discussion of readings that will be provided; experiential self-study of group process; performance exercises; and group discussions of projects by participants applying various methods.
Andrea Fraser is a Los Angeles-based artist whose work has been identified with performance, feminism, context art and institutional critique. She was a founding member of the feminist performance group The V-Girls (1986-1996), the project-based artist initiative Parasite (1997-1998) and the cooperative art gallery Orchard (2005-2008). Her books include A Society of Taste, Kunstverein München, 1993; Report, EA-Generali Foundation, 1995; Andrea Fraser: Works 1985-2003, DuMont Buchverlag, 2003; Museum Highlights: The Writings of Andrea Fraser, MIT Press, 2005; and Texts, Scripts, Transcripts, Museum Ludwig Köln, 2013. The Museum Ludwig Köln presented a retrospective of her work in 2013 in conjunction with her receipt of the Wolfgang Hahn Prize. She is Professor of New Genres in the Department of Art at the University of California, Los Angeles and visiting faculty at the Whitney Independent Study Program.
———
Suely Rolink

Suely Rolnik
How to dribble the colonial unconscious?
Walking along a Mobius strip with Lygia Clark, some Tupinambá Indians and a few Frenchmen, Suely Rolnik will seek to bring to light and mobilize a political consciousness anchored in the production in thought, desire, and subjectivity. Politics of this sort were directly repressed by Occidental Europe in all of the cultures that were subjected to it (including those within its geographical boundaries) during the colonial period and its offshoots. This repression constituted the fundamental micropolitical operation of colonization.

The productive politics we propose is nowadays on the path to its actualization, injecting its corporeal knowledge into the logocentric veins of the Occidental modernity in crisis. Such a return of the repressed in the exercise of the thought relies on its strength and craftiness in order to dribble the Colonial Unconscious, one that still structures subjectivity and structures the play of desire in our time. Is it not the irruption of precisely such a return of the repressed that we see manifesting itself in the various movements that have been filling the streets and squares of cities worldwide? If that is the case, one should keep in mind that the task at hand is indefinite, and in need of constant renewal and attention.
Suely Rolnik / Psychoanalyst, is an art and culture critic and curator. Professor at PUC – SP in Postgraduate Clinical Psychology , and faculty member of the Program of Studies Independientes ( PEI ) at the Museo d’ Art Contemporani Barcelona ( MACBA ). Conducted the project “Obra-Acontecimento”, 65 films that research the memory effects of the poetics of Lygia Clark in the body of the respondents ( a version of the file containing 20 interviews and a booklet was chosen by the Art Forum in the top 10 projects art 2011 and received the first prize of the Brazilian Graphic Design Biennial 2013 ). She was co-curator of the exhibition with C. Diserens “Somos o molde. As you fit the breath . Lygia Clark, da obra ao acontecimento” ( Musée de Beaux Arts de Nantes , 2005 and Pinacoteca do Estado de São Paulo , 2006). Was a founder of the network  The South Conceptualisms (currently composed of 50 researchers from across the continent ); was member of the jury of the Premio Casa de las Americas (Havana , 2014 ) and currently is a member of the advisory board of the 31st São Paulo Biennial taking place from 06 /09 to 09/ 12 2014 . Author of the books “Geopolítica da cafetinagem”. Four essays on the pathology of the present ( SP , N – 1 , 2014; press) , Archive Mania ( dOCUMENTA 13 , 2011) , Anthropophagie Zombie ( Paris, 2012) , Sentimental Cartography . Contemporary transformations of desire ( SP 1989; . 6th ed southern fringes , 2014 ) . and co – authored with Felix Guattari , Micropolitics . Cartographies of desire ( SP 1986; . 11th ed 2011) , published in 7 countries . Author of over 200 papers published in several languages ​​.
———
Carla Zaccagnini

Carla Zaccagnini
Between 1993 and 1998 I worked in an educational travel agency that was called at, that time, “Pagu”. The agency had to change its name due to a complaint filed by Patricia Galvão’s heirs. In my work I used to guide 7th grade students through the historical cities of Minas Gerais: Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Tiradentes, and other ones. Abandoned when the gold-mining industry came to an end, these cities mantained most of their urban structure, the buildings and the characteristic objects of XVIII and XIX century society and culture. I feel that these buildings and objects now have an ambivalent status, between that of an art work, an architectural monument, and a hsitorical document.
We used to have enriching conversations amongst the group of historians and the students that accompanied me on these trips. We discussed the pendulum-like dynamic of testimonies from the past, as well as the social function of the arts, the definitive role of the observer, certain conceptions of Brazilian art, and the structure of our contemporary society. It makes me think then that it is maybe by means of a certain distancing that we can gain a perspective on the past, one that might help us see things clearly. Maybe, on the other hand, it can be by a certain kind of “dive” in those places that clues from this history can be perceived, a history that somehow still acts upon us and appears everywhere, surrounding us. Or perhaps, such perspectives were engendered by the fact that our group of people drifted through these places for several days, focusing on thinking about what these places inspired in us.
I propose that we make this journey together.
 Carla Zaccagnini (Buenos Aires, 1973 – Lives in São Paulo and Malmö) is an artist and writer with a Master in Poéticas Visuais at Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo. She is currently a grantee of the KfW Stiftung at Kunstlerhaus Bethanien Program (Berlim, 2013-14). She took part in the following group exhibitions 9th Shanghai Biennale (Xangai, 2012), 2nde Biennale de Benin (Cotonou, 2012), Planos de Fuga, uma exposição em obras (CCBB-SP, 2012),Modelos para Armar: Pensar Latinoamérica desde la colección MUSAC (Leon, Espanha, 2010) and28a Bienal de São Paulo (2008), among others. Recent solo shows include Pelas Bordas (Galeria Vermelho, São Paulo, 2013),Plano de falla (Ignacio Liprandi, Buenos Aires, 2011), Imposible pero necesario(Galeria Joan Prats, Barcelona, 2010) and no. it is opposition. (Art Galery of York University, Toronto, 2008). Her work has been featured in Cream 3 (London: Phaidon Press, 2003), Contemporary Art Brazil(Thames and Hudson, London 2012) and Art Cities of the Future, 21st-Century Avant-Gardes (London: Phaidon Press, 2013)and is currently represented by Galeria Vermelho (São Paulo) and Joan Prats (Barcelona).
——-

daniela

Daniela Castro & Anne Szefer Karlsen
The course address the impact that Neoliberalism has had on the social production of space and on artistic production. From an investigation about the political and economical transformations that influenced significant spatial changes in the last decades, we will show the mechanisms by which the city became the stage for the instrumentalization of culture in the age of financial capital.
The instrumentalization of culture as a symbiotic relationship with economy was a construction of the hegemonic power, one designated  as a response to the crisis of the world “stagflation” at the end of the 70s and beginning of the 80s.  This response culminated in the delegation of financial capital to the private sphere for the elaboration of public policies oriented towards establish the social and aesthetical contours of the city and of the arts.
Since the 80s, we have seen bureacucratic administration of the city move from the public sector to current models of private-public partnerships of urban enterpreneurism. In the arts system as well, the decline of state funding and the growing influence of corporate sponsorship (either directly or by means tax subsidies) have spread thoroughout the production, dissemination, and reception of contemporary art. The workshop will focus on the mechanisms by which this symbiotic relationship between economy and culture “naturalizes” the power exerted by the interests of private capital as an agent who defines the landscape of social life.
Daniela Castro (Brasil, 1976) Daniela Castro (1976, Brazil) is a writer and curator based in  São Paulo. Castro graduated in Art History from University of Toronto (2003/Canada). She has been awarded study grants and residency fellowships at the University of Hong Kong (2002/China), Peggy Guggenheim Collection Museum (2005/Italy), the Art Gallery of York University (2007/Canada), Hordaland Kunstsenter in (2010/Norway) and IASPIS (2010/Sweden). Conceived and curated the *Recombining Territories, *an itinerant and interchanging exhibition that’s travelled seven capitals of Brazil (2006-2010). Co-curated with Jochen Volz *The Spiral and the Square: exercises on translatability *at Bonniers Konsthall, Stockholm, which interchanged and travelled to Trondheim and Kristiansand, both in Norway (2011-12). Curated *A Radically Condensed History of Post-Industrial Life LADO A/LADO B*, an exhibition in LP format for the “Impossible Show” at El Spacio, Madrid (2010-11). Curated *Lights Out, *the inaugural exhibition at the Museum of Image and Sound – MIS (2008/São Paulo). She’s been publishing widely in national and international art publications, and taught workshops on art writing and curatorial practices throughout Brazil.  Published her first book, co-authored with Fabio Morais, titled *ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, assim mesmo, em CAIXA ALTA e sem notas de roda-pé *(Florianópolis: Par(ent)esis Art Book Publisher, 2010)
&
Anne Szefer Karlsen
Anne Szefer KarlsenNorway (2008-14). In addition to series of exhibitions and seminars for the Hordaland Art Centre, as well as further developing its residency programme, she has curated exhibitions for other art spaces and is teaching/lecturing in formal and informal education. Exhibitions curated and publication projects edited by Szefer Karlsen will generally host an international roster of artists and other contributors. Szefer Karlsen is curator for Skulpturbiennalen 2015 (The Sculpture Biennale 2015), and was curator for Lofoten International Art Festival – LIAF 2013 (with Bassam el Baroni and Eva González-Sancho) titled Just what is it that makes today so familiar, so uneasy?, September 2013 and created the project The Transmitter Show – Words At a Distance; 10 radio plays by artists and writers published in book form and recorded for radio, with philosopher and writer Aaron Schuster for Performa 13. She acted as Associate Curator for Biennale Bénin 2012 (Artistic Director Abdellah Karroum). She is series editor for Dublett and has edited Collected art criticisms by Erlend Hammer (Ctrl+Z Publishing, 2008), co-edited Lokalisert/Localised with Arne Skaug Olsen and Morten Kvamme (Ctrl+Z Publishing, 2009) and Self-Organised with Stine Hebert (Open Editions/Hordaland Art Centre 2013). She has conceived of several seminars and lecture series, and her interests are in artistic and curatorial collaborations as well as developing the language that surrounds art productionsof today, linguistically, spatially and structurally. She has taken on a number of positions of trust within the Norwegian art context and is increasingly invited to speak on contemporary art at home as well as internationally.

—-
Bik van der Pol

Bik van der Pol
Proposition for reclaiming a space
This seminar concerns the ability and responsibility of artists to be in charge of their own ‘context’, in terms of both production and presentation. The broader aim concerns the urgent question if and where art may be of service in producing a public sphere, also in the political sense of that term. Our hypothesis is that the increasing privatisation of public property, as well as the increasing use of private date for public ‘good’ under neoliberalist developments has lead to the loss of a somehow meaningful public space.
Our concern is that if this loss coincides with the loss of the position of the artwork in the eye of the public, how then can art as public space be disclosed-or somehow be useful- for its political potential. In a world where the value of art is challenged, it is timely to reinvest in its place in society. For a society to be, encounters have to happen, and in order to experience the potentiality of space to become public, its conditions have to be created to prepare the ground for an encounter to occur.
We embrace the qualities intrinsic to artistic practice, as a means to disclose – make public – what is at stake in public space. The issue of public space has long been articulated in close connection to democracy, and many theorists have argued that when democracy is under threat, so is public space. The discussion of public issues is therefore not exclusively of this time, but all the more relevant in light of the current increase of private ownership and privatization of public space.
With the term ‘public space’ we refer to any site of potential conflict over rights, information, relations, and objects – a space that requires articulation, so that a community can be formed, called to order, and enter the order of the political. ‘Publicness’ does not manifest itself in spatial matters only. In fact, recent debates over forms of common property such as knowledge and culture show that public space is to be understood in the broadest terms possible – as that which holds the fabric of experience-as-community together. Threatened by forms or acts of exclusion, privileged access, and disinformation, these sites of public property are just as precarious as natural resources, and need to be rearticulated time and again. However, if the economic paradigm forces us to retreat from the realm of publicness, then what is the public issue?
The model of the dialogue, understood as a constant negotiation between citizens in any form, will be investigated on its potential to establish and articulate collective space.

Bik Van der Pol work collectively since 1995. They live and work in Rotterdam.
 Website: www.bikvanderpol.net <http://www.bikvanderpol.net/>
Bik Van der Pol explore the potential of art to produce and transmit knowledge. Their working method is based on co-operation and research methods of how to activate situations as to create a platform for various kinds of communicative activities.

solo shows and projects (selection):
 Between a Rock and a Hard Place, Sudbury, Canada (2012);
 Accumulate, Collect, Show, new work for Frieze Projects, Frieze Art Fair, London; Musagetes Foundation, Sudbury (2011)
 Are you really sure a floor can’t also be a ceiling? ENEL Award 2010, MACRO museum, Rome (2010)
 It isn’t what it used to be and will never be again, CCA Glasgow (2009)
 I’ve got something in my eye, Marie Louise Hessel Museum/CCS Bard, Annandale-on-Hudson, NY; Plug In 28, Pay Attention, Act 1, 2, 3, Van Abbe Museum, Eindhoven (2008)
 Issuefighters, INSA Art Space, Seoul (2007). Workshopproject and publication (entitled +82, appeared feb.2007); Fly Me To The Moon, Rijksmuseum, Amsterdam (2007)
 Secession, Vienna (2005)
 Nomads in Residence/No.19, a mobile workspace for artists, Utrecht (2003, with Korteknie Stuhlmacher architects)
——–
Jorge Menna Barreto

Jorge Menna Barreto
Food activism, agroecology and site-specific practices are among the issues to be discussed and practiced in a colaborative and imersive 7-day workshop in the country side of Rio de Janeiro.
 Jorge Menna Barreto – Artist, translator, professor, educator and critic. MFA and PHD in Fine Arts from the University of São Paulo, Brazil. Presently doing a post-doctoral research at UDESC on the relationship between agroecology and site-specific practices in art.
———
PC1-1

Pedro de Niemeyer Cesarino
Humanity, person and multiplicity
The seminar will reflect upon the variations and tranformations of the notion of “human” in different onthological refrains, focusing on the problens of concepts such as multiplicity, conexion, neighborhood relationship, limit and becoming. I will present specific cases provenient from ethnographical studies about different societies taken as tradicional and non-Eastern. These cases will be articulated with reflections produced about the hipercapitalist capitalis context. I aim to, in other words, offer elements to the understending of specific configurations of body and person involved in different status of mankind and its respective regimes of creativity and expression.
 Pedro de Niemeyer Cesarino has graduated from the Universidade de São Paulo and has his máster and PhD in social ontropology through Museu Nacional/ UFRJ. He researches indian etnology (with emphasis on studies of shamanism and cosmology), oral traditions, translation and anthropology of art. Was Assistant Professor of Anthropology in the Department of Art History of Art at the Federal University of São Paulo. He is currently professor in the Department of Anthropology, University of São Paulo, in the field of Anthropology of Expressive Forms. He is the author of “Oniska – poetic shamanism in Amazonia” (São Paulo, Prospect, 2011) and “When the earth stopped talking” – Marubo corners of the mythology (Editora 34, 2013), and numerous articles published in professional journals. In recent years, also published literary texts and works of drama.
———
Ricardo Basbaum

Ricardo Basbaum
The production of the artist: conversations and exercises on the production of oneself as an artist
This workshop proposes to raise a collective conversation and discussion about some of the traces and topics that constitute the “image of the contemporary artist” – and also, through a series of written exercises, bring the problem of “how one produces oneself as an artist” as a matter of practice. The departure point is the comprehension that the contemporary system of art is a complex composition of several layers of mediation that needs to be experienced by whoever intends to make a move in such a territory; this is a consequence, by one side, of the 1960s ‘dematerialization’ of the art practice, and, by other, of the so-called ‘globalization’ process typical from the new economic world order which emerged since the 1980s. Among so many different layers of institutional and relational protocols, where can be located the artist and the artwork, subject and object of the sensorial and conceptual experience? The workshop is organized around a pre-prepaired set of problems that encompass some of the aspects involved in the contemporary art practice – from the practitioners’ point of view, specially the artist: the context, the proposition, the group, the historical and critical discourses, the curatorial knowledge, etc. What is generated from this is a conversation about how one produces oneself as an artist in face of the local/global context. For each topic, a specific bibliography is assigned. The dynamics includes the reading and discussion of texts, but also that each of the participants writes in direct relation to each of the themes: the texts are then collectively read and discussed at each meeting. Therefore, writing and reading are meant to be taken as practical exercises on the “production of oneself as contemporary artist” at a specif location and context.
 Ricardo Basbaum (São Paulo, Brazil 1961). Lives and works in Rio de Janeiro. He is an artist and writer, investigating art as an intermediating device and platform for the articulation between sensorial experience, sociability and language. Since the late 1980s, he has been nurturing a vocabulary specific to his work, applying it in a particular way to each new project. His work was recently included at Something in Space Escapes our Attempts at Surveying (Kunstverein Stuttgart, 2014), the 30º São Paulo Biennalle (2012), Garden of Learning (Busan, 2012) and Counter-Production (Generali, Viena, 2012), among other events. Exhibited at documenta 12 (2007). Recent solo-projects include re-projecting (london) (The Showroom, London,2013). An athology of his diagrams was presented at the Centro Galego de Arte Contemporánea, Spain (diagrams, 2013). He is the author of Manual do artista-etc (Azougue, 2013) and Além da pureza visual (Zouk, 2007) and contributed to Materialität der Diagramme – Kunst und Theorie (edited by Susanne Leeb, b_books, 2012). Professor at the Instituto de Artes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Worked as Visiting Professor at the University of Chicago (2013).
——–
Christoph Keller

Cristoph Keller

Anarcheology and Futurology of the Tropical Landscape – Hydrology for Artists
The workshop will offer an introduction into a fictitious “Hydrology for Artists”, assembling information and methodologies in the field of climatology, energy supply and demand, as well as an archeology of hydroelectric plants in South-America.

Christoph Keller is based in Berlin. He worked as a hydrologist before becoming and artist. Currently he teaches at the visual art department of the Haute école d’art et de design in Geneva.

In his installations and films frequently resembling experimental configurations he uses the discursive possibilities of art to investigate the themes of science and its utopias. The Cloudbuster-Projects (since 2003) involve reenactments of Wilhelm Reich’s experiments for influencing the atmosphere with orgon energy. In Encyclopaedia Cinematographica (2001) and Archives as Objects as Monuments (2000), Keller focuses upon the archeology of scientific film, the impossibility of objective documentation, and the problem of the archival urge to bring order to comprehensive knowledge.

His works are present in many international exhibitions like the Lyon Biennial (2011), LIAF Lofoten (2011) Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brazil (2009), the Bienal del Fin del Mundo, Argentina (2009), the first Berlin Biennial (1998), or the solo-exhibition Observatorium in the Kunstverein Braunschweig (2008). Æther – between cosmology and consciousness (2011) at Centre Georges Pompidou in Paris was his first large scale artistic and curatorial-project in an institutional context.
———
helmut

Helmut Batista (tutor and lector)
Solvitur ambulando/ It is solved by walking
Is a 10 month workshop with discussions arround questions of acceleration and reduction of production.
Helmut Batista (Rio de Janeiro 1964) studied opera at ESAT/France and worked at the opera of Viena. In 1998 funds CAPACETE, a non profit organization think tank for contemporary investigation. Has produced and organized innumerable talks, presentations, seminars and exhibitions in Brazil and internationally. As an artists, until 1997, he has exhibited at Gallery Schipper, Air de Paris, Massimo de Carlo, Von Senger among others. In 2013 curated an exhibition intitled “CAPACETE” at Portikus in Frankfurt.
——–
amilcar

Amilcar Packer (tutor and lector)
Guided conversations – compose a mediational space – through clinical and philosophical and poetical perspectives – that tangent the curatorial – excuses to let time go – together – for a few days – contradicting – and insisting – in provisional states – and digesthétics – skin of thinking – ethics of existence.
Amilcar Packer was born in Santiago de Chile in 1974 and moved to Brazil in 1982. Degree in Philosophy by the University of São Paulo, is finishing a Master in Clinical Psychology by the Center for the Study of Subjectivity of the PUC São Paulo. Packer develops a practice that reconfigures the semantic fields of objects, architectures and human bodies through actions and interventions, photographies, videos, installations, and presentations in various formats establishing relational fields, which seek to subvert the normative grammars of social spaces and historical mechanisms of power. Its activities aim to neutralize dominant discourses, and contribute to uninstall oppression devices that are crystallized in the cultural distribution of the sensible – with its correlate segregation of space -; in the sedimentation of power structures – and its naturalization in language; and in social and socializing behavioral standards – and its politics of homogenization of subjectivities.
Packer collaborates regularly with artist-run and autonomous intiatives such as Como_clube, Casa do Povo and CAPACETE, where, between the years of 2011 and 2013, he co-directed the international artistic research residency program. Taking the arts as a less hierarchical activity and privileged field for developping ethical experimentations, his activities are extended to discursive formats, classes and workshops, meetings and conversations, lunches and tours that establish spaces and provisional states for collective dynamics, where predominate building horizontality, critical debate, mutual learning and coexistence. In recent years, he participated in educational programs as Städelschule, Frankfurt , Germany, 2013; PIESP – Porgrama Independente da Escola São Paulo, 2013; Centro de Investigaciones Artisticas, Buenos Aires, Argentina, 2013; History Matter CCA – Lagos, Nigeria in 2012; Universidade de Verão, Rio de Janeiro, 2012 and 2013; New Choreographers, CCSP, 2010; the Harbor School, Beta Local in San Juan , Puerto Rico , in 2011; On Reason and Emotion, Sydney Biennial 2004 educational programs – Hobart School of the Arts, Launceston School of the Arts, Tasmania, Autrália, 2004.
———
manuela

Manuela Moscos (tutor)
Moscoso is a curator that mostly emphasizes speculative thinking and actions in order to privilege imagination. Weather organizing exhibitions, commissioning or initiating projects, she sees collaboration intrinsic to her practice. Moscoso was the adjunct curator of la12 Bienal de Cuenca Ecuador, and has recently curated  Martha Araújo: Para um corpo pleno de vazios at Galeria Jaqueline Martins em São Paulo; Yael Davis: a reading that writes an script in the Museo de Arte do Rio, Rio de Janeiro; Fisicisimos, Universidad Torcuato di Tella, Buenos Aires; Quarter System, Universidad de Navarra, Pamplona; The Queens Biennale in the Queens Museum, New York; or Before Everything in CA2M, Madrid among other exhibitions. She is now developing a long term research project for Casa del Alabado Precolombian Art in Quito involving contemporary art practices, the first artist to respond to the collection are Asier Mendizabal and Osías Yanov. Since 2010, together with Sarah Demeuse is Rivet, a curatorial office investigating notions of deployment, circulation, exercise, and resonance. Their research has materialized in projects in New York, Vitoria-Spain, Los Angeles, Ghent or Beirut. Their last project is The Wilson Exercises about staying fit while working together with Marc Vives and Anna Craycroft and still following individual interest. It is a way of paying close attention to process while developing a multifaceted project–comprising personal conversations, a summer school in Stavangers, conference calls, two exhibitions in Los Angeles and Barcelona, and one publication designed by Project Project New York — between the two artists and a curatorial duo. Rivet has recently published “Thinking about it” with Archive Books and is preparing the first monograph of artist Daniel Steegmann Mangrané with designer Manuel Reader.
Over the last years she has talked and give workshops at Bulegoa in Bilbao the Worlds Biennale Forum in Sao Paulo, ArtBO in Colombia, Open Forum in Buenos Aires, HKW Synapse in Berlin, No Mínimo in Guayaquil, Charlas Parásicas in Lima, Sitac XI México DF or Videobrasil Sao Paulo, among others. Together with Amilcar Packer developed the one year curatorial program Maquina de Escrever centered in writing as an tool for though production. Moscoso holds an MA from Center for Curatorial Studies at Bard College and BA in Fine Art from Central Saint Martins School of Art and Design.


Team

 

The 2015 and 2016 program were conceptualized and designed by the founder Helmut Batista

The team of CAPACETE 2015 is divided in 4 main groups:

1 – Out team of 3 tutors for 2015 will follow our candidates along the year of 2015; Amilcar Packer, Manuela Moscoso and Helmut Batista; for our 2016 program we will have: Amilcar Packer, Daniela Castro and Helmut Batista

2 – Our team of lectures 2015: Andrea Fraser (USA), Suely Rolnik (São Paulo), Carla Zaccagnini (São Paulo), Daniela Castro (São Paulo), Bik van der Pol (The Netherlands), Jorge Menna Barreto (São Paulo), Pedro de Niemeyer Cesarino(São Paulo), Ricardo Basbaum Rio de Janeiro) , Cristoph Keller (Germany), Amilcar Packer (São Paulo) e Helmut Batista (Rio de Janeiro);

Our team for 2016: Andrea Fraser, Pedro de Niemeyer Cesarino , Raimond Chaves, Leandro Cardoso Nerefuh, Teresa Riccardi, Max Hinderer, Falke Pisano, Julien Bismuth and Elfi Turpin.

3 – Our team for the Winter Program 2016 (launching april 2015); curator of the program is Manuela Mosocos (Equador/Colômbia)

4 – Our team of lecturs: this group is composed by more than 40 profissionals that are announced every single week if 2016

Webpage designd is by Anton Steenbock (antision@gmail.com)


About

CAPACETE is a new annual program in Rio de Janeiro dedicated to the parctice and research in the field of arts and critical thinking, which will receive 10-15 participants a year. The first edition started in March 2015. Thinking is action.

List of participants of the program CAPACETE 2016

Anna Bak
Aurélia Defrance
Caetano Maacumba
Camilla Rocha Campos
Ian Erikson-Kery
Jonas Lundt
Julia Retz
Marilia Loureiro
Soledad Leon
Thora Doven Balke

List of participants of the program CAPACETE 2015

Caroline Valansi (BRAZIL),
Daniel Jablonski (BRAZIL),
Giseli Vasconcelos (BRAZIL),
Lucas Sargentelli (BRAZIL),
Joen Vedel (DENAMARK),
Adeline Lepi (FRENCH),
Oliver Bulas (GERMAN),
Tanja Baudoin (HOLAND),
Félix Luna (MEXICO),
Andrew de Freitas (NEW ZEALAND),
Komarova Asia (RUSSIA),
Refilwe N Nkomo (SOUTH AFRICA),
Maricruz Alarcon (CHILE)

A Brief History of CAPACETE  CAPACETE grows out of the CAPACETE Entertainments residency program.  CAPACETE entertainments is a non-profit autonomous initiative for cross-disciplinary investigation, production and public debate, designed to promote a diverse range of initiatives, most of which were specifically related to Brazil and the Latin American context. Based in Rio de Janeiro since 1998, as well as in São Paulo since 2009, CAPACETE has networked with diverse actors and initiatives of local, national and international political-socio-cultural life, with the perspective of developing medium to long-term collaborations. Within private and public cultural institutions and the academic world, CAPACETE has sought to dissect forms of subjectivities inherent in contemporary life by producing different ways of thinking and new forms of action within its local context. CAPACETE has undertaken activities such as seminars, publications, national and international exhibitions, artists and authors’ research residencies, as well as multidisciplinary presentations of work that engage with a plurality of contemporary critical practices. The residency project will continue to exist by working to assist projects initiated by ex-residents. The new CAPACETE program outlined in this text will start its activities based on knowledge acquired from our longstanding experience with former residents and collaborators.   CAPACETE basic activities are the following  1 – Annual program (restricted to selected participants)  CAPACETE is a new one-year program in the city of Rio de Janeiro 13 international participants, selected by open call, dedicated to research and practice in the arts and critical thought. It will start its first edition in March 2015. This program is neither a school neither an art residence; it shall be an experimental program were all participants and contributors live an active space of horizontal discussions. The programs offers 10 seminars and more than 40 public talks, besides studio visits and other collective activities. Three tutors, Amilcar Packer, Manuela Moscoso and Helmut Batista will follow the group along the year. The mission of CAPACETE is to promote discussion and discourse among the society as a whole and to promote knowledge exchange in the field of visual contemporary culture.  2 – Wednesday public talks This program consists of talks and presentations by different professionals from different disciplines. The program of each month is designed in accordance with the given seminar of the month and is programmed one month ahead and made public on our webpage. These programs may also include book presentations, musical events, performances etc.   3 – Editions and bookshop and library We have a book shop which is open every Wednesday through Friday from 15 to 19:00. We sell our published books and others.


CAPACETE

CAPACETE é um novo programa anual, na cidade do Rio de Janeiro, dedicado à
prática e à pesquisa nas artes e no do pensamento crítico, e que receberá
até 12 participantes dentre brasileiros e estrangeiros. A primeira edição
irá iniciar em março de 2015. Pensamento é ação.

CAPACETE estimula colaboração, dialogo e discussão com aritstas, curadores
e outros agentes culturais.


Missão

 

O contexto

Nossos contextos globalizados estão estruturados pela desigual distribuição do trabalho e das riquezas, e são crescentemente moldados pela economia dos mercados especulativos. Atualmente, inúmeras das manifestações culturais são eventos de grande escala, e freqüentemente estão direcionadas para um público genérico ou restritas à elite. Tal situação reduz e neutraliza o alcance ético e político da arte, assim como o seu potencial em promover e inspirar outras formas de trabalho, pensamento, relacionar-se e viver.

Nossa intenção é constituir situações e desenvolver estratégias que forneçam uma alternativa concreta e real para este estado de coisas. Nosso programa é desenhado para refletir o caráter interdisciplinar das práticas estéticas contemporâneas, trabalhando com artistas e pensadores cujos esforços articulam o mundo teórico com apresentações artísticas em diversos formatos e dinâmicas, e para diferentes públicos. Ao desafiar o estado atual da cultura, economia e educação, nossa função será principal será elaborar auto-organização e gestão artísticas, participação e modos colaborativos de ação, como parte fundamental do conteúdo e da estrutura de nossas atividades.

Estas iniciativas somente podem ser desenvolvidas ao longo do tempo, por meio simultâneo de ativação e avanço de diversas formas de troca, distribuição e produção. Nossa intenção é manter atentos e fluidos ao longo deste processo, ajustando nossas estratégias, táticas, e objetivos à medida que nos desenvolvemos. Um dos objetivos integrais de nosso programa é expandir continuamente nossa plataforma de troca, trazendo novos participantes e interlocutores, fomentando as relações entre diferentes instituições e organizações, bem como aprofundando os laços e relações com colaborações estabelecidas.

CAPACETE age na intercessão de diversos campos sociais e profissionais, exigindo, portanto, que os participantes selecionados embarquem plenamente em um diálogo aberto e horizontal, se envolvendo ativamente nas atividades do programa, instigando que por sua vez, possam funcionar como plataformas para a disseminação da informação, promovendo respostas ativas e gerando o debate público.


Sobre

CAPACETE é um novo programa anual, na cidade do Rio de Janeiro, dedicado à prática e à pesquisa nas artes e no do pensamento crítico, e que receberá 10-15 participantes brasileiros e estrangeiros. A primeira edição teve ínicio em março de 2015. Pensamento é ação.

Lista dos participantes do programa CAPACETE 2016

Anna Bak
Aurélia Defrance
Caetano Maacumba
Camilla Rocha Campos
Ian Erikson-Kery
Jonas Lundt
Julia Retz
Marilia Loureiro
Soledad Leon
Thora Doven Balke

Lista dos participantes do programa CAPACETE 2015

Caroline Valansi (BRAZIL),
Daniel Jablonski (BRAZIL),
Giseli Vasconcelos (BRAZIL),
Lucas Sargentelli (BRAZIL),
Joen Vedel (DENAMARK),
Adeline Lepi (FRENCH),
Oliver Bulas (GERMAN),
Tanja Baudoin (HOLAND),
Félix Luna (MEXICO),
Andrew de Freitas (NEW ZEALAND),
Komarova Asia (RUSSIA),
Refilwe N Nkomo (SOUTH AFRICA),
Maricruz Alarcon (CHILE)

Visão

Nossos contextos globalizados estão estruturados pela desigual distribuição do trabalho e das riquezas, e são crescentemente moldados pela economia dos mercados especulativos. Atualmente, inúmeras das manifestações culturais são eventos de grande escala, e freqüentemente estão direcionadas para um público genérico ou restritas à elite. Tal situação reduz e neutraliza o alcance ético e político da arte, assim como o seu potencial em promover e inspirar outras formas de trabalho, pensamento, relacionar-se e viver.

Nossa intenção é constituir situações e desenvolver estratégias que forneçam uma alternativa concreta e real para este estado de coisas. Nosso programa é desenhado para refletir o caráter interdisciplinar das práticas estéticas contemporâneas, trabalhando com artistas e pensadores cujos esforços articulam o mundo teórico com apresentações artísticas em diversos formatos e dinâmicas, e para diferentes públicos. Ao desafiar o estado atual da cultura, economia e educação, nossa função será principal será elaborar auto-organização e gestão artísticas, participação e modos colaborativos de ação, como parte fundamental do conteúdo e da estrutura de nossas atividades.

Estas iniciativas somente podem ser desenvolvidas ao longo do tempo, por meio simultâneo de ativação e avanço de diversas formas de troca, distribuição e produção. Nossa intenção é manter atentos e fluidos ao longo deste processo, ajustando nossas estratégias, táticas, e objetivos à medida que nos desenvolvemos. Um dos objetivos integrais de nosso programa é expandir continuamente nossa plataforma de troca, trazendo novos participantes e interlocutores, fomentando as relações entre diferentes instituições e organizações, bem como aprofundando os laços e relações com colaborações estabelecidas.

CAPACETE age na intercessão de diversos campos sociais e profissionais, exigindo, portanto, que os participantes selecionados embarquem plenamente em um diálogo aberto e horizontal, se envolvendo ativamente nas atividades do programa, instigando que por sua vez, possam funcionar como plataformas para a disseminação da informação, promovendo respostas ativas e gerando o debate público.

Contexto

A complexa e paradoxal realidade brasileira foi moldada por estruturas coloniais de poder, como podem ser vistas em sua assimétrica estrutura de classes sociais, regularidade dos incidentes de violência do estado, e na lógica da exploração e lucro irrestritos. Esta disposições foram reiteradas por duas ditaduras militares, durante o século XX, e mais recentemente, por um neoliberalismo de estilo latino. Constantemente sujeito a mudanças econômicas e transformações políticas, a predileção do governo por políticas culturais de curto prazos somada à falta de investimento nas instituições culturais, acabaram gerando um contexto cultural frágil. Enquanto isso, as empresas têm investido e dominando fortemente a paisagem cultural, motivadas em grande parte pelas políticas de dedução fiscal por meio do uso de leis federais (cf. Lei Rouanet, 1995). Isso tem gerado empreendimentos e publicidade de alto lucro, mas muito pouco em termos de produzir uma discussão crítica e política contínuas, deste modo, enfraquecendo um ainda mais, um contexto cultural já frágil. Em um país que tem uma das maiores concentrações de riqueza do mundo, tal panorama vêm contribuindo para acentuar e manter as disparidades sócio-culturais.

Um dos resultados perversos de um cenário cultural frágil é o isolamento dos produtores culturais autônomos e autores que, apesar de desenvolverem uma prática forte e importante, não conseguem encontrar os meios para articular suas pesquisas e conhecimentos com outras áreas. CAPACETE pretende operar em uma escala micro, levantando diferentes modos de representação e de produção por meio de conexões íntimas. Sua abordagem interdisciplinar tem como objetivo desafiar e revigorar o contexto atual brasileiro e dar-lhe uma visibilidade diferente, por meio da criação de alternativas reais para as redes e formatos culturais existentes. Trabalhar em pequena escala será uma parte essencial do nosso esforço, como também foi o caso do Programa de Residências do CAPACETE Entretenimentos. Neste sentido, CAPACETE pode ser visto como a continuação e reativação de práticas e estratégias desenvolvidas pelo seu antigo programa de residência, ambas projetadas para adensar as práticas sócio-políticas e culturais , fornecendo uma base ativa para discussão, debate e reflexão cultural.




Building Brazil!

Cosmococo 2014_0002_UntitledBuilding Brazil! The Proactive Urban Renewal of Informal Settlements

Building Brazil!
The Proactive Urban Renewal of Informal Settlements

 

Edited by Marc Angélil & Rainer Hehl in collaboration with Something Fantastic.
Berlin: Ruby Press, 2011
English, 464 pages, 20 x 27 cm, paperback
ISBN 978-3-9813436-4-9
28 EUR

In Building Brazil!, the Master of Advanced Studies in Urban Design, ETH Zürich, turns its attention to the settlements blanketing the hills of Rio de Janeiro and São Paulo.

As cities strain under a growing population and demand for resources, Brazil will provide a test case for how politicians, architects and urban planners can work together with local stakeholders to improve living conditions in informal settlements without upsetting their social structures. Against the backdrop of recent and exemplary developments in Brazilian public policy and slum-upgrading practices, Building Brazil! suggests a proactive approach to the favela that opens up the existing urban fabric to architectural and urban interventions.

Shifting between micro and macro levels of analysis, Building Brazil! investigates the way forward for the favelas of Jardim Colombo, Heliópolis, Cidade Ipava and Rio das Pedras. Practical design solutions for informal, risk-prone areas are situated within overarching urban strategies; and context-specific projects are complemented by editorials on the spatial, social and financial dynamics of the informal Brazilian city

 

Download (PDF, 22.64MB)






CAPACETE

CAPACETE is a new one-year program in the city of Rio de Janeiro, Brazil, for 14 international participants dedicated to research and practice in the arts and critical thought. It has started its first edition in March 2015. Thought is action.
CAPACETE that stimulates collaboration, dialogue and discussion with other artists and curators or other cultural agents of different disciplines.