Gian Spina

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Gian Spina was born in São Paulo (Brazil) and lived, studied and worked besides others in San Diego (USA), Vancouver (Canada), Bordeaux (France), Berlin and Frankfurt (Germany).

Today he writes, periodically to the to the World Policy Institute and Arts Everywhere. As well as a guest professor at the Art Academy of Palestine, in 2017 take part at art residence program organized by the Dokumenta 14.

“Fabiana, Jarí, Raul, Gris, Jota, Rodrigo, Sol, Michelle, Nikos, Vasiliki, Helmut e Eliana mudaram a minha vida:

e deixei pra trás uma série de seres que fui.

+

vivi a luz do sol e a raiva de michelle, virei pasta e vergonha e vontade de sumir
jota me deu um novo e um soco de leve seguido de afago ou semente.
era para não ter ido por causa do amor
não sabia que o jarí existia, perto de omonia eu chorei com ele e vi que incomodava o mundo
fiz yoga, vomitei, caí de bicicleta e pensei
em desistência disfarçada de compromisso.
pra que isso ?
a fumaça que entrava dentro do quarto do segundo andar e eu na cama com a fabiana enquanto evitávamos falar de dor e amor.
as aproximadas trezentas e quarenta e sete músicas que ela sabia de cor e cantava dia sim dia não. instituição otta, lembrava a namorada da minha ex.
que força; esqueço todas as palavras quando penso no que foi ela,
o que me fez ela. não sabia que existia.
cinco dias por semana e depois mais dois foi gris e calma, agora gostaria de estar com ela rindo.
o fazer nada, a calma no corpo, esse marasmo infantil e quase anacrônico.
vontade de não largar nada disso nunca, parar aqui agora, segura esse espaço e deixa o sono de lado,
me corte para lembrar que vi e viví e voltei.
havia o heroi, que me fez amor, chorei de novo, talvez a última do ano,
tentei matar o homem em mim e não deu
vaso, vaso e vasilika abarca novamente e me abraça
o chão não é o mais mesmo, nem as varandas, hot, pedia mais amor e carne, para ir e voltar.
enquanto eu caía, sistematicamente por vinte minutos com o rodrigo eu caía, e pedia, logo após
um pouco mais.”

-


Gian Spina

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Gian Spina was born in São Paulo (Brazil) and lived, studied and worked besides others in San Diego (USA), Vancouver (Canada), Bordeaux (France), Berlin and Frankfurt (Germany).

Today he writes, periodically to the to the World Policy Institute and Arts Everywhere. As well as a guest professor at the Art Academy of Palestine, in 2017 take part at art residence program organized by the Dokumenta 14.

“Fabiana, Jarí, Raul, Gris, Jota, Rodrigo, Sol, Michelle, Nikos, Vasiliki, Helmut e Eliana mudaram a minha vida:

e deixei pra trás uma série de seres que fui.

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vivi a luz do sol e a raiva de michelle, virei pasta e vergonha e vontade de sumir
jota me deu um novo e um soco de leve seguido de afago ou semente.
era para não ter ido por causa do amor
não sabia que o jarí existia, perto de omonia eu chorei com ele e vi que incomodava o mundo
fiz yoga, vomitei, caí de bicicleta e pensei
em desistência disfarçada de compromisso.
pra que isso ?
a fumaça que entrava dentro do quarto do segundo andar e eu na cama com a fabiana enquanto evitávamos falar de dor e amor.
as aproximadas trezentas e quarenta e sete músicas que ela sabia de cor e cantava dia sim dia não. instituição otta, lembrava a namorada da minha ex.
que força; esqueço todas as palavras quando penso no que foi ela,
o que me fez ela. não sabia que existia.
cinco dias por semana e depois mais dois foi gris e calma, agora gostaria de estar com ela rindo.
o fazer nada, a calma no corpo, esse marasmo infantil e quase anacrônico.
vontade de não largar nada disso nunca, parar aqui agora, segura esse espaço e deixa o sono de lado,
me corte para lembrar que vi e viví e voltei.
havia o heroi, que me fez amor, chorei de novo, talvez a última do ano,
tentei matar o homem em mim e não deu
vaso, vaso e vasilika abarca novamente e me abraça
o chão não é o mais mesmo, nem as varandas, hot, pedia mais amor e carne, para ir e voltar.
enquanto eu caía, sistematicamente por vinte minutos com o rodrigo eu caía, e pedia, logo após
um pouco mais.”

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