Conversa entre Benjamin Seroussi e Helmut Batista
Casa do Povo – São Paulo, Brasil
A Casa do Povo é um centro cultural que revisita e reinventa as noções de cultura, comunidade e memória. Habitada por uma dezena de grupos, movimentos e coletivos, a Casa do Povo atua no campo expandido da cultura. Sua programação transdisciplinar, processual e engajada entende a arte como ferramenta crítica dentro de um processo de transformação social. Sem grade fixa de programação e com horários flexíveis, a Casa do Povo se adapta às necessidades de cada projeto, de forma a atender tanto iniciativas do bairro quanto propostas artísticas fora dos padrões. Seus eixos de trabalho (memória, práticas coletivas e engajadas, diálogo e envolvimento com o seu entorno) são pensados a partir do contexto contemporâneo em relação direta com suas premissas históricas, judaicas e humanistas. Nessa empreitada, o público não é alvo, mas participante ativo que, além de visitar, também propõe atividades fazendo do espaço um local de encontro, de formação e de experimentação: um monumento vivo, um lugar onde lembrar é agir.
Benjamin Seroussi vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Atua como curador, editor e gestor cultural. Dedica-se ao projeto cultural coletivo da Casa do Povo, no Bom Retiro (em São Paulo/SP). Coordenou o programa de Fundação Suíça para a Cultura Pro Helvetia para a América do Sul (2017-2019). Foi curador do projeto Vila Itororó Canteiro Aberto na Bela Vista em São Paulo (2015-2018). Integrou a equipe de curadores da 31a. Bienal de São Paulo (2013-2014). É mestre em sociologia pela École Normale Supérieure e École de Hautes Études en Sciences Sociales e em Gestão Cultural pela Sciences-Po.
Convidado para o Seminário: Grupo Inteiro
Baseado em São Paulo, Brasil, desde 2014, O grupo inteiro tem se posicionado como uma encruzilhada. Busca, assim, multiplicar caminhos e estabelecer condições para diálogos públicos por meio de proposições estético-políticas informadas por diferentes redes, plataformas e projetos realizados por seus membros e colaboradores, abordando as multidimensões de infraestrutura e modos de convivência. Nosso objetivo é hospedar e colaborar com uma heterogeneidade de coletividades, por meio de instalações e exposições, processos baseados em pesquisa, gráficos, plataformas e aplicativos online, programas públicos e educacionais.
Entre as propostas e projetos mais recentes realizados pelo grupo artístico indisciplinar, destacam-se: “Condutores” (2016) no MASP e Sesc Interlagos, “Manejo” (2016) em colaboração com Jorge Menna Barreto na 32ª Bienal de São Paulo (2016) , “Campos de preposições” (2016) no Sesc Ipiranga, em parceria com a Central Saint Martins / UAL (Londres), “Biblioteca Casa do Povo – Arquivo vivo” (2019), “Obstáculo” e “Teia” para “A Marquise, o MAM e nós no meio ”no MAM São Paulo (2018),“ Correspondência ”para / com Pro-Helvetia / FAR ° / Collègede Marens (Suíça, 2018) e“ Campos da Invisibilidade ”no Sesc Belenzinho (2018-19) e a pesquisa DNOCS – “Drought, Nurturing, Orós, Caatinga, Sertão” com bolsa do Het Niewe Instituut (2020-21).