Seminário Linguagens da indigestão e políticas visuais

Linguagens da Indigestão e Políticas Visuais é o título do seminário e da leitura performática de Daniel Sepúlveda. As noções de estética, linguagem e visualidade são atravessadas pelo patrimônio colonial branco, um fator que determina as maneiras pelas quais esses conceitos foram materializados ao longo da chamada história universal. O seminário “Línguas de indigestão e políticas visuais” é proposto como um local para colocar essas categorias em tensão, a fim de imaginar outras formas de percepção que, por sua vez, intervêm no campo de produção do sensório para desabituar / desabilitar o oculocentrismo e sua ditadura colonial (Valência, 2019).

 Este seminário tem a duração de 8 meses e será realizado pessoalmente e on-line com vários professorxs convidadxs e ações de intervenção no espaço público. Estamos chamando todxs xs artistas, pesquisadores e pessoas interessadas nos tópicos levantados pelo seminário. O primeiro bloco tem a seguinte forma: -linguagens visuais e colonialidade do ver -cartografias à colonialidade, oculocentrismo e sua ditadura colonial **@laryssamachada será nossa primeira professora convidada neste primeiro bloco

O Seminário Linguagens da indigestão e políticas visuais (@cipei_ ) juntamente com o programa #Capacete2019_2020, apresenta:

Oficina com Laryssa Machada* nos días 2 (de 17 às 20h) e 3 de dezembro (de 16 às 19hr)

ÀS VEZES PARA ACESSAR A TERRA PRECISAMOS CAIR
a ficção do fim já chegou; um dos caminhos passados através das folhas é dobrar tempo espaço. é tudo inventado agora, o mundo que vou te contar. ///
“ÀS VEZES PARA ACESSAR A TERRA PRECISAMOS CAIR” são rituais imagéticos (e energéticos) de reconexão com nossas [não]-memórias para adentrar o por vir a partir de um olhar crítico à historicidade colonial e ao trânsito de corpos não-hegemônicos pela cidade. através da construção de fotoperformances que incluam símbolos/objetos/gestualidades oriundas de populações ameríndias e afrodiaspóricas, a ideia é visitar o processo de cura que corpos racializados constroem cotidianamente a partir de suas [re]criações da realidade. Na ambição de redesenhar o futuro, é impossível fazê-lo a partir do esquecimento dessas violências. Evocamos, assim, rituais imagéticos para concretizar os axés de limpeza, descarrego de ebós negativos, de quizilas históricas.
a proposta de oficina é visitarmos as memórias dxs participantes buscando dobrar tempo-espaço, construindo novas referências imagéticas e reescrevendo a historicidade da terra que ascendemos. ||VAGAS LIMITADAS|| *@laryssamachada é artista visual, fotógrafa e filmmaker. constrói imagens enquanto rituais de descolonização e reinvenções da realidade. seus trabalhos discutem a construção de imagem sobre lgbt’s, indígenas, quilombolas, povo da rua. acredita no tempo e nas tempestades.
Este seminário é possível graças a @princeclausfund

 

O segundo bloco do seminário Línguas da Indigestão e Políticas Visuais começa na segunda semana de janeiro.
Em colaboração com @pencecoletivo @cipei_ e nossx residente Daniel Sepúlveda.

As noções de estética, linguagem e visualidade são atravessadas pelo patrimônio branco-colonial, um fator que determina as maneiras pelas quais esses conceitos foram materializados ao longo da chamada história universal. O seminário [Linguagens] da indigestão e políticas visuais é proposto como um espaço para colocar essas categorias em tensão, a fim de imaginar outras formas de percepção que, por sua vez, intervém no campo de produção do sensório para desabituar/desabilitar o oculocentrismo e sua ditadura colonial (Valencia, 2019) – Queimar após indigestão, primeiro encontro deste segundo bloco. El Consumo de Imágenes de Linchamientos, Raiford, Leigh.


Serpent Rain – uma conversa sobre tempo e os elementos

Nesta conversa, Denise Ferreira da Silva e Camilla Rocha Campos discutem temas levantados no filme Serpente Rain (Arjuna Neuman e Denise Ferreira da Silva, 2016). Embora esses temas visem expandir várias proposições apresentadas no filme, Denise e Camilla vão tentar expandir a elaboração do questionamento da temporalidade e as aberturas éticas e estéticas sugeridas pelas elementaridades, ou seja, uma imagem do mundo na qual a transformação seja contemplada como um movimento infinito de re/de/composição.

Denise Ferreira da Silva – Os escritos acadêmicos e a prática artística da Dra. Denise Ferreira da Silva abordam as questões éticas do presente global e visam as dimensões metafísicas e onto-epistemológicas do pensamento moderno. É professora e diretora do Instituto de Justiça Social (GRSJ) da Universidade de British Columbia, professora adjunta de Belas Artes da Universidade Monash (Melbourne, Austrália) e professora visitante de direito na Universidade Birkbeck de Londres. É autora de Toward a Global Idea of Race e co-editora de Race, Empire and The Crisis of the Subprime (com Paula Chakravartty). Seu trabalho relacionado à arte inclui textos para publicações vinculadas às Bienais de Liverpool e São Paulo 2016, Veneza 2017 e Documenta 14, além de colaborações como a peça O Retorno do Camponês Desaparecido, com Ros Martin, os filmes Serpent Rain (2016) e 4Waters-Deep Implicancy (2018), com Arjuna Neuman; e eventos (apresentações, palestras e sessões privadas) e textos relacionados à Poethical Readings e ao Sensing Salon, com Valentina Desideri.

Camilla Rocha Campos –  Artista, professora, pesquisadora, escritora e auto-revolucionária. Sua prática artística é colaborativa, construída através da contribuição de pessoas em contextos carregados de emoção e crítica. Nesse campo relacional Camilla propõe experiências de arte e não-arte. Participa de seminários, falas e projetos no Brasil e em outros países, construindo e compartilhando processos estéticos/artísticos a partir de lógicas não-hegemônicas. Em 2016, foi artista residente no Programa Internacional CAPACETE, no Rio de Janeiro, onde desde 2017 atua como diretora. Possui mestrado em Teoria e Crítica de Arte pelo Instituto de Artes da UERJ. Atualmente é professora no Programa de Formação do Parque Lage e da Escola Livre de Artes da Maré.

CAPACETE na SP – ARTE

 

 

O CAPACETE está na SP-ARTE 2019!

Com as vendas de livros e obras de artistas renomados o CAPACETE irá viabilizar o Programa CAPACETE 2019 // 2020, que inclui 6 artistas, entre os quais 2 brasileiros, que desenvolverão suas pesquisas por 1 ano.

Venham nos visitar!

Agradecemos a Andrea Fraser, Laura Lima, Falke Pisano, Ivan Navarro, Deborah Engel, Cildo Meireles, Angelo Venosa, José Bechara e Daniel Steeg- mann Mangrané por doarem suas obras.

 

***maiores informações entre em contato via e-mail: member@capacete.org


Pêdra Costa

 

 

Pêdra Costa é performer e antropóloga visual. Atualmente estuda na Academia de Belas Artes de Viena e trabalha com artistas queer internacionalmente. Seu trabalho perpassa pela estética do pós-pornô e por uma investigação anti-colonial.
Na residência CAPACETE o foco de sua minha pesquisa é o Conhecimento Invisível, que tem desenvolvido experimentalmente, baseado em estratégias anti-coloniais, pedagogias do auto-cuidado e epistemologias não-cartesianas. Apresentará a performance “de_colon_isation”, que faz parte de sua pesquisa na Universidade de Belas Artes de Viena. Fará o lançamento inédito no Brasil do livro “Anti*Colonial Fantasies – Decolonial Strategies” e realizará o trabalho “Anti-análise”, onde atende cerca de 6 artistas (individualmente ou em grupo) por dia, numa sessão gratuita de 50 minutos cada, orientando sobre arte, teoria crítica e pedagogia.

 

 


PROGRAMA CAPACETE 2019

 

 

O presente edital abre chamada para a seleção de 10 participantes para o programa CAPACETE 2019, com duração de 10 meses, de março a dezembro de 2019

A ficha de inscrição deverá ser enviada para o e-mail: opencall@capacete.org. O formulário de inscrição no programa poderá ser encontrado em nosso site abaixo. Junto a ficha de inscrição o candidato também deverá enviar currículo resumido e portfólio.

Data limite de inscrição e envio do material:  10 de junho de 2018.

A inscrição no programa é gratuita.

 

 

Download (PDF, 115KB)

Download (PDF, 85KB)

 


Blackout: a necropolítica da extração

 

Encontro com T.J Demos (Universidade de Santa Cruz, EUA)

Esta palestra aborda a extração – uma lógica crucial do capitalismo global – bem como a estética e a política das formas emergentes de resistência contemporâneas. Diante da crescente disseminação de zonas de sacrifício concedidas à extração de recursos naturais, facilitada por acordos de comércio internacional abusivos e pela servidão por dívida financeira, quais são hoje as formas de resistência e política culturais? Como os artistas – incluindo Angela Melitopoulos, Allora & Calzadilla e Ursula Biemann – materializam imagens e sons de emancipação e descolonização?

Biografia: T.J. Demos
Professor de história da arte e cultural visual da Universidade de Santa Cruz, Califórnia. É diretor do Centro de Ecologias Criativas da mesma instituição. É autor de Against the Anthropocene: Visual Culture and Environment Today (2017); Decolonizing Nature: Contemporary Art and the Politics of Ecology (2016); Return to the Postcolony: Spectres of Colonialism in Contemporary Art (2013), The Migrant Image: The Art and the Politics of Documentary (2013), The Exiles of Marcel Duchamp (2007), entre outros. Atua como curador de arte contemporânea.

Local: Capacete – Rua Benjamin Constant, 131 – Glória, RJ
Data: Sexta-feira (23/02), às 19 horas
O evento é gratuito e terá tradução 

 


Realização:
Capacete
Risco Cinema



GAE Expande #04

 

GAE – Grupo de Pesquisa em Arte e Ecologia é formado por professores e estudantes de Artes Visuais numa colaboração entre UFRJ e UFJF. Neste encontro de setembro faremos um Apanhadão dos encontros passados, e aproveitamos para refazer o convite para os até então interlocutores que passaram pelo GAE EXPANDE ( Ana Hupe, André Vecchi, Camilla Rocha Campos, Fabiane M. Borges, João Queiroz, Jorge Soledar, Malu Fragoso, Marina Fraga, Renata Zago, Ricardo Basbaum, Rundhsten V. de Nader)