Quarta-feira 29 de abril as 19:30
– Anarquia como antipolítica e experimentação ético-estética.
Acácio Augusto
Doutor em Ciências Sociais (Política) pela PUC-SP e pós-doutorando com bolsa CAPES no Mestrado de Sociologia e Política da UVV (Universidade de Vila Velha), pesquisador no Nu-Sol (Núcleo de Sociabilidade Libertária da PUC-SP) e no NEUS (Núcleo de Estudos Urbanos e Socioambientais da UVV). Autor de Política e polícia: controles, cuidados e penalizações de jovens, Editora Lamparina, Rio de Janeiro, 2013
A anarquia é uma força política que, na história moderna, rompeu os limites representativos colocados pelo e em torno do Estado. Suas lutas não visam toma-lo ou reformá-lo, mas abolir o Estado. Para isto, os anarquistas colocam a urgência de abolir o poder em nós. Mais que uma utopia política, trata-se de uma prática associativa que valoriza e revolta e a produção de experimentações ético-estéticas para uma vida em combate com as forças que buscam governar as condutas. Proponho uma conversação a partir da exposição de experiências educacionais, de feitura de jornais, associações culturais e vida de alguns militantes, colidas ao longo da história, para questionar em torno da pertinência da anarquia hoje como modo de vida, uma força antipolítica que habita a existência de corpos em revolta.
Textos sugeridos para leitura:
Acácio Augusto. Política e antipolítica: anarquia contemporânea, revolta e cultura libertária. Tese de Doutorada. São Paulo: PUC-SP, 2013.
Edson Passetti & Acácio Augusto. Anarquismos e educação. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2008.
Christian Ferrer. “Átomos soltos – a construção da personalidade entre os anarquistas no início do século XX” In Revista Verve. São Paulo: Nu-Sol, vol. 5, 2004, pp. 157-184.
Pietro Ferrua. “Jonh Cage, anarquista fichado no Brasil” In Revista Verve. São Paulo: Nu-Sol, vol. 4, 2003, pp. 20-31.